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História
Personagem: Tácio Silva Neiva
Por: Museu da Pessoa, 13 de junho de 2017

Travessia de bois e a tradição da cachaça

Esta história contém:

Travessia de bois e a tradição da cachaça

Vídeo

É uma família muito grande. Do lado da minha mãe eram 12 irmãos, do lado do meu pai também 12 irmãos, nascidos e criados todos em Paracatu. A maioria era fazendeiro, todos lidavam com fazenda. Depois a família vai crescendo, vai dispersando, vai mudando muita coisa, mas tudo bem, a família continua unida.

Minha mãe era do serviço doméstico, e meu pai trabalhou 30 anos como condutor de boi, ele levava boi daqui de Paracatu pra Barretos (SP). Eu fiz algumas viagens com ele, umas duas ou três. Eram 30 dias de viagem, você ia a cavalo, no caso era montado em burro, e a gente levava de 1.000 até 1.200 bois tocado, todo dia fazendo uma marcha de mais ou menos 30 quilômetros até chegar em Barretos. Era cansativo, mas era divertido. Aqui era o lugar que criava o boi e lá em Barretos tinha o frigorífico que engordava, aqui era só criar, engordava lá.

Os primeiros dias eram os piores porque a boiada está bem descansada, bem fogosa, aí dá mais trabalho. Mas, depois, com 15 dias começava a cansar e aí já pegava aquele ritmo de viagem, já não era tão cansativo assim. Tinha alguns problemas, por exemplo, um estouro de boiada, mas felizmente isso não acontecia com muita frequência e sempre chegava no final tudo bem. A gente ficava doido pra chegar logo para voltar. E na volta vinha um peão trazendo a tropa, e a peãozada vinha de caminhão. Isso durante muitos e muitos anos, tinha muita gente aqui em Paracatu que foi condutor de boiada. Depois o gado começou a ser transportado por carretas, aí acabou com essa profissão, hoje não existe mais.

O que dava mais preocupação era quando você tinha que passar dentro da cidade porque o gado fica muito assustado, o pessoal quer chegar perto e aí pode acontecer o estouro. O estouro de boiada dentro da cidade é um prejuízo tamanho e normalmente pode levar a consequências piores. A gente segurava a boiada e nesse caso aí, quando entra dentro de cidade o gado quer correr pra frente. Então...

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Banhado à óleo!

Checar o avião sempre significava tomar um banho de óleo! Seu Neiva está ao lado do instrutor de voo Cleber (sem camisa).

período: Ano 1984
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Turma da Escola de Especialista de Aeronáutica

Quadro de artífice manutenção de motor de avião da Escola. Seu Neiva é o primeiro agachado da direita pra esquerda.

período: Ano 1959
local: Brasil / São Paulo / Guaratinguetá
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

A oficina

Na oficina em Lagoa Santa.

período: Ano 1960
local: Brasil / Minas Gerais / Lagoa Santa
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Oficina

Na oficina em Lagoa Santa.

período: Ano 1960
local: Brasil / Minas Gerais / Lagoa Santa
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Paixão pela aeronáutica!

Os aviões na imagem eram usados apenas como cenário, pois eles não podiam voar.

período: Ano 1960
local: Brasil / Minas Gerais / Lagoa Santa
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

A turma no avião

período: Ano 1960
local: Brasil / Minas Gerais / Lagoa Santa
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Posando no avião

O senhor Neiva é o segundo da direita para a esquerda, agachado.

período: Ano 1960
local: Brasil / Minas Gerais / Lagoa Santa
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

D25 em ação

Avião no qual o Sr. Neiva voava.

local: Brasil / Mato Grosso Do Sul / Campo Grande
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Voo do D25

Seu Neiva estava presente neste voo.

local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Companheiros de voo

Da esquerda para direita: Muniz, Lemos e Neiva em frente ao hangar no aeroporto de Cumbica.

período: Ano 1963
local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Neiva uniformizado

Chegando na Escola, em Guaratinguetá.

período: Ano 1959
local: Brasil / São Paulo / Guaratinguetá
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Paracatu das alturas

Fazenda em Paracatu vista de cima, com seu Neiva voando sozinho.

período: Ano 1984
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Neiva e seu esquadrão

Esquadrão Primeiro do décimo GAV (Grupo de Aviação). Atrás, um hangar em Cumbica e o avião B-25.

local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Casamento

Casamento do Sr. Neiva.

imagem de: Tácio Silva Neiva
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Tácio Silva Neiva

Entrevistado por Fernanda Prado e Luís Gustavo Lima

Paracatu, 13/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV18_Tácio Silva Neiva

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Seu Neiva, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Pra gente começar, eu gostaria de agradecer de o senhor ter recebido a gente aqui pra essa entrevista. E aí, pra valer e a gente de fato começar mesmo, eu queria que você falasse o seu nome completo.

R – Tácio Silva Neiva.

P/1 – Fala pra gente a data e o local do seu nascimento.

R – Nasci em Paracatu (MG), no dia seis de fevereiro de 1939.

P/1 – Fala o nome dos seus pais, seu Neiva.

R – João Ranolfo Neiva e Ildete Jordão Neiva.

P/1 – E o nome dos seus avós, o senhor se lembra?

R – Lembro.

P/1 – Da mãe ou do pai primeiro, só pra gente saber.

R – Vamos ver. Da minha mãe, Antonio Jordão de Carvalho, Maria Filomena Batista Jordão. Do meu pai era Joaquim da Silva Neiva e Isabel de Oliveira Neiva.

P/1 – E fala pra gente o que o senhor sabe da família dos seus avós?

R – É uma família muito grande. Do lado da minha mãe eram 12 irmãos, do lado do meu pai também 12 irmãos, nascidos e criados todos em Paracatu. A maioria era fazendeiro, todos lidavam com fazenda. Depois a família vai crescendo, vai dispersando, vai mudando muita coisa mas tudo bem, a família continua unida.

P/1 – E qual era a atividade da sua mãe e do seu pai?

R – Minha mãe era serviço doméstico e meu pai trabalhou 30 anos como condutor de boi, ele levava boi daqui de Paracatu pra Barretos (SP). Eu fiz algumas viagens com ele, umas duas ou três, eram 30 dias de viagem, você ia a cavalo, no caso era montado em burro e a gente levava de mil até mil e 200 bois tocado, todo dia fazendo uma marcha de mais ou menos 30 quilômetros até chegar em Barretos. Era cansativo, mas era divertido.

P/1 – Conta pra gente então como que era essa viagem, seu Neiva, como era...

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Título: Travessia de bois e a tradição da cachaça

Data: 13 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Personagem: Tácio Silva Neiva
Autor: Museu da Pessoa

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