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Por: Museu da Pessoa, 2 de outubro de 2018

Trabalhamos para que a criança possa ser só criança

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Trabalhamos para que a criança possa ser só criança

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Meu filho tem dermatite atópica discreta e tinha bronquite, rinite e tinha que fazer natação para melhorar a capacidade pulmonar. Quando pequeno, ele passou a pertencer a um grupo de intercâmbio no mundo inteiro, que fazia convivência entre crianças de várias nacionalidades; crianças que não falavam a mesma língua, mas que viajavam para um país juntas e se entendiam, mesmo com todas as diferenças. A gente viu que se a criança entendia as diferenças, ela podia assimilar muito mais as semelhanças e podia ter uma convivência normal.

Começamos a pensar se isso não poderia ser trazido para a dermatologia e tivemos a ideia de fazer um acampamento igual ao que nosso filho ia, mas com crianças que tivessem doenças de pele, a fim de se conhecerem. A ideia era fazer alguma coisa para unir essas crianças.

A ideia era levar as crianças sozinhas, sem as suas famílias, para que elas estivessem juntas com outras crianças, que pudessem conhecer pessoas com problemas semelhantes em graus variados, e que, por meio disso, pudessem perceber que, com cuidados, é possível melhorar a vida. A gente chamou isso de Dermacamp, o acampamento dermatológico. Começou em 2001 e veio se repetindo desde então, todos os anos. Começou com crianças de oito a 12 anos.

O acampamento não é necessariamente com barracas, mas acontece em uma fazenda, onde a gente tem lago, piscina, quadra de esportes, pedalinho, bicicleta, cavalo, lago para pesca. Onde a criança pode ser apenas criança, pode esquecer do problema dela.

Vão junto pessoas que ajudam a cuidar, ajudam a fazer com que a criança esteja disponível na hora que vai ter uma brincadeira, existem os monitores que fazem essas atividades. As atividades que a gente faz são brincadeiras, atividades lúdicas, sempre voltadas à autoestima, ao autoconhecimento e para aprender a lidar com as diversidades.

Isso começou pequenininho, mas agora nós já estamos no décimo oitavo ano, atingindo a maioridade....

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Programa Conte Sua História

Depoimento de Samuel Henrique Mandelbaum

Entrevistado por Denise Cooke

São José dos Campos, 2 de outubro de 2018

Entrevista número PCSH_HV661

Realização: Museu da Pessoa

Revisado e editado por Bruno Pinho

P/1 - Boa tarde doutor, muito obrigada por estar aqui contando a sua história para a gente. Fala para a gente o seu nome.

R - Boa tarde, é um prazer enorme estar com vocês. O meu nome é Samuel Henrique Mandelbaum.

P/1 - Em que ano e onde o senhor nasceu?

R - Eu nasci em 1950, 21 de outubro, na cidade de Assis, interior do estado de São Paulo, na região da antiga Sorocabana.

P/1 - Conta um pouco para a gente a história dos seus pais. Como eles se chamavam?

R - O meu pai se chamava Summer Mandelbaum, ele nasceu na Polônia, numa cidade pequena, chamada Sandomierz, ele nasceu em 1917. Ele veio para o Brasil muito novo, com 19 anos. A família da minha mãe, minha mãe nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Quatá, também na região da Sorocabana, e a família dela é de origem portuguesa, a mãe e o pai vieram para o Brasil de navio em 1896. O meu pai nasceu na Polônia, nessa cidade pequena, e veio para o Brasil antes de começar a segunda guerra mundial, quando ele percebeu que a situação política da Europa estava extremamente complicada, ele resolveu vir para o Brasil, onde já estava morando o irmão dele, e o restante da família não quis sair da Polônia. O papai veio para o Brasil numa viajem bastante interessante, e se isso não tivesse acontecido, provavelmente ele não teria sobrevivido à segunda guerra mundial.

P/1 - O que aconteceu com a família dele que ficou lá?

R - A família dele que ficou lá, a cidade da Polônia, que foi o primeiro país invadido na segunda guerra, foi invadida pelos alemães e a família toda foi assassinada na segunda guerra, com exceção de uma irmã dele, que foi para o campo de concentração de Auschwitz, e sobreviveu, em condições terríveis, e ao final,...

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Título: Trabalhamos para que a criança possa ser só criança

Data: 2 de outubro de 2018

Local de produção: Brasil / São Paulo / São José Dos Campos

Revisor: Bruno Pinho
Editor: Bruno Pinho
Entrevistador: Denise Cooke
Autor: Museu da Pessoa

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