Oieee!! Prazer pessoinhas do mundo, eu sou a Vitória, tenho 18 anos e uma mente muito fértil que me permite ir longe quando se trata de escrever, por isso já aviso que o que está escrito a seguir não é uma grande história, apenas a minha vida com um pouco demais de detalhes! Desde que me co...Continuar leitura
Oieee!! Prazer pessoinhas do mundo, eu sou a Vitória, tenho 18 anos e uma mente muito fértil que me permite ir longe quando se trata de escrever, por isso já aviso que o que está escrito a seguir não é uma grande história, apenas a minha vida com um pouco demais de detalhes!
Desde que me conheço por gente eu sou apaixonada! Pela vida, pelas coisas, pelas pessoas, por tudo. Cada detalhe sempre me fez bem, e desde muito pequena também sou sensível ao mundo, ao ambiente, sempre fui atenta ao que acontecia ao redor. Minha intuição e sensibilidade sempre fizeram parte de quem eu sou. Conto isso porque sinto que, juntamente da música e da escrita, é uma parte essencial de toda a minha vida, das minhas relações e principalmente de quem eu sou hoje, da minha essência. Enfim, começando pela minha infância, sempre morei em um único lugar com os meus pais, sendo filha única, brincava muito sozinha em casa, não gostava tanto de descer no prédio e não tinha muitos amigos lá, além da minha vizinha que eu brincava às vezes. Eu adoraria ter irmãos, pedia desde bem pequena, mas infelizmente nunca deu certo, acho que por isso sempre fui muito apegada com os meus amigos, por sentir que eles estariam lá por mim, como irmãos geralmente estariam. Hoje em dia eu tenho a minha melhor amiga que é quase que literalmente minha irmã de tanto que sabe sobre mim e me entende melhor que ninguém e a minha "irmãzinha", que é a irmã do meu melhor amigo de infância; como nossas famílias são muito próximas, acabei desenvolvendo com eles uma relação de irmãos também, e hoje eu sou grudada nela como se fosse minha irmã de sangue.
Fora isso, meus pais sempre foram ótimos, fazem e fizeram de tudo por mim, me apoiam demais e sabem da minha vida inteira, pois desde pequena tenho uma relação muito aberta com eles, e apesar dos apesares, de eu considerar minha família inteira um pouco complicada demais, as brigas um pouquinho frequente demais, eu agradeço muito por eles, e sou feliz por tudo, porque no final sempre dá tudo certo, de maneiras bem bagunçadas, mas dá certo.
Agora sobre a escola, a minha vida inteira estudei em um só lugar, a mesma escola em que minha mãe estudou e trabalhou, então aquele lugar sempre foi uma segunda casa para mim, já que a maioria das pessoas de lá me conheciam desde bebezinha, e como cresci lá, com o tempo eu conhecia todo mundo e todos me conheciam também. Apesar de eu amar aquele lugar, tive muitas fases. Quando era bem pequena eu falava demais na sala, eu era super carinhosa e adorava abraçar, (até demais). Depois eu comecei a crescer e ficar mais quietinha na sala, mais tímida, provavelmente quando começou minha insegurança para ser quem eu sou, muito por conta de “julgamento” dos outros e medo de não gostarem de mim. Depois, com uns 12 anos, foi quando finalmente encontrei meu grupinho e descobri como me encaixar nesse mundo meio louco. Porém eu continuava meio tímida com outras pessoas, embora eu tivesse facilidade para me comunicar quando davam abertura, o julgamento que parecia ter por grande parte dos meus colegas de sala me deixava muito insegura ainda, principalmente porque eu sempre fui meio diferente da maioria, tinha um estilo diferente e sentia que sempre me julgavam por isso. Mas, nos anos seguintes, foram com aqueles amigos do 7º ano que passei o fundamental e ensino médio, me aproximei muito de cada um, conheci mais pessoas, e fui estendendo meu círculo, algo que eu não estava acostumada quando mais nova, mas senti que me fazia muito bem, por isso até hoje, a maioria dessas pessoas não só são bem frequentes em minha vida, como muito importantes também.
Mas foi só depois da minha viagem de formatura para Barra Bonita que comecei a pegar mais “segurança”, fiquei um pouco mais extrovertida e comecei a me importar um pouco menos com o que pensavam do meu jeito, foi quando arrisquei cantar no show de talentos da escola (porque em Barra tive a experiência surpresa de cantar no palco na última festa, do nada e eu amei e quis tentar de verdade). Dali pra frente, meu ensino médio até que foi bom em relação a tudo isso, no 1º ano eu já ignorava as provocações do meninos da minha turma e comecei a descobrir que não era todo mundo que me odiava como eu pensava, porque por muito tempo eu pensava que não gostavam de mim, porque eu tinha a fama de ser “infantil” por ser muito pura, não sair tanto sozinha para festas, por exemplo, não assistir muitas séries mais adolescentes e pesadas como a galera de lá gostava e afins. e durante um bom tempo foi algo que me incomodou, porque eu me retraí muito por isso e só hoje vejo as consequências disso. E um detalhe é que como a maior parte das vezes quem fazia esses comentários eram os meninos, até acho que foi por isso que eu sempre fui mais tímida para fazer amizade com eles, isso, e o fato de que todo garoto que eu chegava perto, por ser muito carinhosa também, muitas meninas especulavam o tempo todo se eu tinha algum interesse neles e sinto que isso me bloqueou muito para fazer amizade com garotos, que é uma coisa que eu sempre achei linda e muito fofa por conta de séries, filmes e livros que eu gostava.
Enfim, foi no ensino médio que eu realmente criei todos os meus principais vínculos que tenho até hoje, se tornou ainda mais fácil do que já era, para mim, fazer amigos, então conheci muita gente incrível nesses 3 anos. Infelizmente, parte do meu colegial foi perdido para a Pandemia, o que me afetou muito, mas só depois fui perceber, quando estava no último ano. Depois de voltar presencial obrigatório, comecei a ter muitas crises de ansiedade, porque naquele ano, as minhas melhores amigas mesmo, estavam no A e apesar das minhas outras amigas estarem comigo no B, minha relação com elas era diferente, eu nunca conseguia ser tão eu quanto com as outras, eu senti que elas me julgavam muito, ainda que de “brincadeira” coisas que elas falavam, me deixavam muito mal, do tipo “ai, porque você é sempre tão melosa, tão animada”, essas frases me afetava mais do que antes, porque comecei a me sentir sozinha em um ambiente que sempre consegui me encontrar.
A pandemia me deixou MUITO mais sensível, porque o toque físico, interagir e sair com meus amigos sempre foi o que mais me deu força, então quando perdemos tudo isso, sinto que me afetou mais do que eu realmente percebi no momento, porque é isso que me energiza, como falei no começo, estar, ficar ou me sentir
sozinha sempre foi um dos meus maiores medos, pois sinto que parte da minha essência é exatamente isso, o contato com quem eu amo, estar ali e sentir essa energia, isso sempre fez eu me sentir muito melhor.
Além disso, no meu último ano tive que lidar com o fato de que em 4 meses teria que deixar a escola, o lugar que sempre foi meu porto seguro apesar de tudo, minha zona de conforto, e boa parte das pessoas que estudavam comigo estavam lá há anos, quase tanto tempo quanto eu e ainda que não fossem todas que eu era próxima, uma boa parte só sabia meu nome e olhe lá, eu sentia que cada um fazia parte de mim, mesmo as pessoas com quem eu não tive tanto contato, eu tinha uma consideração única por elas, só por estarem lá e, de certa forma, terem feito parte de toda minha vida escolar, então ter que dizer adeus a tudo isso foi super difícil para mim, foi quando começou minha próxima fase, pouco antes de eu chegar na Cásper.
Depois que eu terminei a escola, eu sentia tanta coisa que não sabia explicar, orgulho, alegria, tristeza e medo por ter que deixar tudo aquilo e principalmente ter que lidar com um “monstro” muito forte que sempre tive, o “medo de crescer" de fazer 18 anos e ter que fazer tudo sozinha… essa parte sempre me assustava, e em 2019 quando perdi meu avô, de certa forma inesperada, esses medos que eu sempre tive começaram a crescer e eu mal conseguia pensar em 5 anos a frente sem “viajar” para uns 50 anos, pensando como seria… e isso sempre me atingiu demais, pois deixava minha ansiedade a mil e um aperto insuportável no fundo, por isso eu evito de todas as formas ter que pensar no futuro, para eu não esquecer do presente sem querer.
No entanto, ao sair da escola começam a te perguntar o que você quer fazer, e eu até tinha planos, bem diferente dos que eu tinha com uns 10 anos, de ser professora, e no fim do ensino médio, diferente dos que eu tinha de cursar psicologia quando tinha 14 anos, em um certo momento do meu último ano, eu senti que apesar de adorar a ideia da psicologia, eu precisava explorar mais minha criatividade, meu lado emocional, intenso e comunicativo, foi quando comecei a cogitar mais jornalismo e letras, porque eu estava determinada a escrever. Mas, como eu disse, depois da formatura era cada vez mais difícil pensar em alguma coisa, eu não tinha ânimo para nada, nem para ler ou ver séries, coisas que eu amo. Foi quando comecei a usar as férias como desculpa, que eu iria pensar nos meus planos em Janeiro, que eu começaria a trabalhar com o meu pai depois, que eu iria atrás do meu curso de escrita criativa no ano seguinte. Só que eu não conseguia, depois que virou ano me sentia pior ainda, conforme os dias passavam eu me sentia péssima comigo mesma, pelos meus pais que estavam preocupados comigo, porque eu mal dormia e comer menos ainda, levantar da cama era quase um sacrifício, a única coisa que me dava energia era sair com as minhas amigas e ir no Supera (treinamento cognitivo), até atingir um limite.
Quando as aulas começaram a voltar, eu me sentia mal porque sentia falta da escola, sabia que algumas amigas também estariam indo para a faculdade em breve, e ainda que não estivesse nos meus planos entra em uma naquele ano, eu não aguentava mais me sentir tão mal por tanta coisa, então um dia, tive uma conversa bem franca com os meus pais, sobre meu medo de fazer 18 anos de novo, sobre tudo. E assim foi o processo que me levou até à RTVI; minha mãe queria que eu tentasse entrar na Cásper, porque se Jornalismo era uma opção, essa era a melhor oportunidade.
Depois daquele dia, eu comecei a me forçar a sair da cama, fazer as coisas em casa (porque além de tudo eu ficava sozinha o dia todo por conta do trabalho dos meus pais) e ir atrás do que eu realmente queria, procurando o próximo vestibular da Cásper, que a princípio eu jurava que seria para o 2º semestre (porque eu não sabia que era anual). Salvei o link sobre as inscrições que iriam até o dia do meu aniversário, 21 de fevereiro, com prova agendada.; o problema é que sempre esquecíamos de acessar, então dois dias antes do último dia, quando lembramos de fazer a inscrição, eu descobri que seria para vagas remanescentes e que não tinha jornalismo, e como Rádio e Tv já havia sido uma opção que eu considerei por um tempo uns 3 anos antes, eu pensei que tudo bem me candidatar ali. Porém, como eu ainda achava que era para o 2º semestre, não fiquei ligada no meu e-mail, pois pensei que a data da prova só sairia mais para frente, e como era a semana do meu aniversário, eu mal conseguia pensar em outra coisa, até a noite antes da minha festa, que minha mãe quis ver se já havia informações sobre a prova e descobrimos que ela havia acontecido naquela tarde. Eu até pensei que tinha perdido a chance, mas depois de falar com a faculdade, minha mãe conseguiu reagendar a prova pra semana seguinte e eu fiz, mas, ainda achando que seria um resultado para ingressar mais tarde, não esperei que o resultado seria tão breve, e ele chegou no dia seguinte, que eu só vi por insistência dos meus pais de quererem saber se havia alguma notícia. Ao descobrir que eu tinha passado fiquei super nervosa, principalmente quando entendi que seria naquele momento, matrícula e início, isso me assustou, demais.
Mas meus pais não deixaram eu perder a oportunidade, meu pai disse que nada era por acaso, então se eu passei eu devia tentar, ainda que eu trancasse a matrícula depois, era uma chance e eu não podia desperdiçar. Foi assim, morrendo de medo que eu finalmente estava prestes a começar uma nova etapa… o que não tornou nada mais fácil. O meu medo não era só a novidade, ter que começar a andar sozinha, aprender a ser esperta para sair, era pior. Era eu me sentir deslocada, perdida e sem rumo de novo, porque eu não sabia a quanto tempo as aulas tinham começado, eu achava que já fazia 1 mês e que eu estaria super atrasada, não só com as matérias, mas que os grupinhos estariam formados e seria difícil fazer amizades, e essa era a minha maior preocupação, ficar sozinha de novo e não me encontrar, eu tive tanto medo, tanta ansiedade, que durante a primeira semana de aula eu mal conseguia comer, tentando digerir a ideia de tudo aquilo. E para minha surpresa, no primeiro dia de aula tudo foi diferente, eu não só descobri que eu nem tava tão atrasada assim porque as aulas mal tinham começado, como fiz amigos, conheci pessoas que de cara eu me identifiquei, fiz o que faço de melhor, observar e sentir; eu observei as pessoas a minha volta, identificando as que eu mais queria me aproximar, senti a energia do ambiente e parecia mágico, quase impossível de ser real. Em uma semana eu
já queria abraçar todos eles e dizer o quanto eu estava feliz por eles serem tão legais, tão gentis… mas me contive, porque eu ainda tinha medo de “ser eu demais da conta” e estragar tudo, afastar eles com meu jeitinho fofo e espontâneo de ser, intensa em cada sentimento e meu Deus, como doeu eu
ter que me segurar tantas vezes com medo de me mostrar, eu chegava em casa radiante por ter encontrado meu lugar e chorava, por sentir que eles eram tão incríveis que eu também queria ser, mas não sabia se seria.
E aos pouquinhos fui me soltando, sendo eu, sendo amorosa e doce, tentando entender tudo, como era possível não ter planejado nem um terço daquilo e ainda sim ser a melhor coisa que estava me acontecendo, sendo a turma que eu sempre sonhei, unida, amigável, divertida… eram os meus sonhos se tornando reais bem na minha frente e eu mal acreditava.
Infelizmente, por muitos acontecimentos anteriores, ainda me sinto insegura, mesmo vendo que eles estão me incluindo, uma parte minha ainda se sente um pouco de fora, por não ter tido as primeiras conexões, a semana de integração, e tudo isso me deixa tão aflita, porque eu já to dando tudo de mim como sempre faço, me apaixonando a cada dia mais, por tudo e principalmente pelas pessoas, e sinto tanto medo de eles não me aceitarem assim. Depois de eu já ter me entregado tanto, o que eu mais quero é criar amizades e conexões para eu levar para vida! Tudo isso porque, se tem uma coisa que eu posso dizer com total segurança é que depois de 1 mês estudando lá, com toda essa energia e vivendo parte do que eu considerava um sonho, é que eles salvaram a minha vida. Eles podem não saber, mas cada um que falou comigo, em algum momento, que se preocupou minimamente em me incluir, salvou a minha vida de mil formas diferentes, porque é essa energia, esse sentimento de me sentir parte, de encontrar meu lugar e de me encaixar novamente, é o que me move, desde sempre. Essa sensação de tudo estar voltando para o seu devido lugar e que eu finalmente posso me sentir eu de novo, é uma das melhores sensações do mundo e eu sinceramente adoro sentir ela todos os dias, fazendo eu me sentir viva e apaixonada como antes. Enfim, um pouco mais longa do que eu esperava, mas o mais sincera que eu poderia ser, simplesmente eu, a história de uma garota mergulhando intensamente em tudo
que faz e tentando se encontrar e se apaixonar!Recolher