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Personagem: Erich Burger Netto
Por: Museu da Pessoa,

Recicleiros

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Meu nome é Erich Burger Netto. Eu nasci na cidade de São Paulo, em 3 de junho de 1982. Meu pai é Eduardo Burger e a minha mãe Anna Beatriz Antunes Razzo. Meus pais são separados definitivamente desde que eu tinha uns 12 anos.

Meu pai é engenheiro civil, mas na minha lembrança de moleque, da profissão do meu pai, não era da Engenharia Civil. Ele já era um cara que tinha se formado e resolvido empreender, as primeiras lembranças que eu tenho do meu pai é com uma injetora de plástico que fazia peças de pequenos materiais.

Com 23 anos viajei para a Austrália tentando realizar o sonho de aprender a falar inglês, que eu vi que era uma coisa que eu precisava, então eu peguei tudo que eu tinha de economia, eu trabalho desde os 16 anos, no Banco Itaú de office boy.

Um dia conversando com a minha tia, advogada do Banco Itaú, “um amigo meu foi pra Austrália, vai ficar um ano lá pra aprender falar inglês, parece que lá tem trabalho, então não precisa ter muita grana pra ir, consegue sobreviver lá lavando louça”. “Vende seu carro, eu te ajudo a pagar a passagem, vai pra Austrália”. Eu fui! Fico lá um ano.

Meu pai me pega depois de um ano no aeroporto e a primeira notícia: “Sua tia morreu”. Aquela tia que eu estava louco pra voltar e trocar uma ideia em inglês. Era o meu projeto, chegar e falar: “Olha como valeu a pena!”

Eu admirava demais o meu pai e eu penso muito, eu tenho um filho homem, eu tenho o Emanoel, que tem dez anos de idade e eu me preocupo pra caramba com o relacionamento que eu construo com ele, falo: “Puta, eu dei uma bronca, será que ele vai me interpretar mal, vai falar: ‘O pai é o maior vacilão’”? Aí eu lembro da minha admiração pelo meu pai e falo: “De jeito nenhum, cara”. Moleques tendem a idolatrar demais o pai.

Minha mãe sempre foi a mãe do carinho, do carregar no colo. Nunca me bateu, nunca encostou a mão em mim. Ela é um talento...

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Dados de acervo

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P1 – Olá, Erich, tudo bom?

R1 – Olá, como vai?

P1 – Tudo bom? Prazer, Rosana.

R1 - Tudo bem, Rosana? Muito prazer!

P1 – Joia. Prazer. A Ane falou que você entrou um pouquinho antes. Desculpa, eu estava numa outra reunião e não vi, senão eu teria adiantado.

R’ – Não, imagina, eu acho que eu fiz confusão na hora de agendar, aquela correria de ‘vou jogar logo na agenda, pra não perder’, que a gente faz e acho que tinha acabado jogando no horário errado. Não tem problema nenhum.

P1 – Você sabe que eu também tinha pensado que era às seis? Hoje eu olhei, falei: “Não, ela falou que era às seis e meia, mas eu tinha achado também que era às seis”. Vai ver que é o inverso, né?

R1 – Eu fiquei com isso na cabeça também.

P1 – Tudo bom? Obrigada por ter aceitado o nosso convite pra compartilhar a sua história no Museu da Pessoa.

R1 – Imagina! Uma honra! Muito legal! Adoro o projeto de vocês! Como eu te falei, eu ouço falar dele há muito tempo pelo Von, então pra mim é também um momento de realização colaborar e poder contar um pouquinho aqui da história. Super honra!

P1 – O Museu é uma ONG, nós temos trinta anos de existência, ano que vem a gente vai fazer trinta anos e é o primeiro museu digital de história de vida do mundo. E a gente já tinha uma vocação pra ser da internet antes da internet. A gente fazia CD-ROM, não sei se você lembra disso.

R1 – Opa, claro! Eu não sou tão jovem assim, eu vi muito CD-ROM rolando por aí.

P1 – Você tem cara de jovem. Por isso que eu não se você viu. Aí a gente fez do São Paulo Futebol Clube; fez do Sesc, do Memórias do Comércio; aí, quando veio a internet, o Museu conseguiu conectar as suas histórias e, desde o começo, a missão do Museu é conectar as pessoas, a partir de suas histórias de vida. E a gente acha que todo mundo tem uma história pra contar, um saber pra compartilhar e, se a gente entender o outro a partir da sua história de...

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