FRUITA? "Nossa, mais um erro", dirão os exaltados críticos, porém não necessariamente corretos.
Sim, a frutinha jabuticaba é também conhecida pela designação de FRUITA, lá pelo interior paulista, portanto não esta errada a escrita inicial. É o coloquial, o falar e escrever popular.
Como...Continuar leitura
FRUITA? "Nossa, mais um erro", dirão os exaltados críticos, porém não necessariamente corretos.
Sim, a frutinha jabuticaba é também conhecida pela designação de FRUITA, lá pelo interior paulista, portanto não esta errada a escrita inicial. É o coloquial, o falar e escrever popular.
Como se diz, ...os apressados comem cru, ou melhor, mastigam o fruto ainda verde, sem gosto e sabor característico.
" a jabuticaba, jaboticaba ou jabuticabeira - Myrcia cauliflora Berg.; ou Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia trunciflora; Myrtaceae - é uma árvore frutífera brasileira nativa da Mata Atlântica, principalmente da mata pluvial e das sub matas de altitude; ocorre desde Mato Grosso do Sul e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul"; ..."a principal espécie de jabuticabeira é Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg, conhecida como SABARÁ, mas outras espécies, como a Myrciaria cauliflora (DC.) Berg. ou jabuticaba Paulista, Assú ou Ponhema. É muito conhecida aqui no Estado de São Paulo.
Árvore pequena de até 15 metros de altura, com tronco liso e claro e folhas simples. São pequenos os seus frutos, com casca negra e polpa branca aderi dá única semente, crescem no tronco e ramos, dando uma característica peculiar à árvore. São deliciosas para serem consumidos in natura, (o bom é comer jabuticaba trepado no pé) e delas se faz licor, geléia e aguardente. É por isso muito cultivada em pomares domésticos. Floresce duas vezes por ano. Sendo uma planta ornamental, se presta ao paisagismo, além de atrair a avifauna.
Tudo isso para dizer que quando criança, ainda coroinha da Igreja de Santa Teresa de Jesus, junto com o frei Constâncio, vigário na época, eu disputava com outros colegas, a indicação para ir ajudar a missa na capela do Sanatório Bela Vista.
A escala era semanalmente, (no sábado ou domingo pela manhã), afixada em um quadro de avisos, na parede esquerda de quem entrava, ao lado do primeiro degrau da escada interna à nave, da então igreja provisória, ainda na rua Tabapuã, aonde hoje temos a cozinha industrial do Buffet Fasano.
O grande interesse em ir "AJUDAR A MISSA" no sanatório era que depois da mesma os coroinhas tinham o direito de ir catar e comer as docinhas FRUITAS pretinhas, coladas ao tronco branco de aspecto descascado, entre outras frutas ali existentes num grande pomar.
Nessa ocasião não necessitávamos roubar, ou melhor, pular, o alto muro do sanatório e semi-escondidos ir surrupiando unidade por unidade, antes que o VIGIA nos visse.
Era sempre assim, a maioria das vezes pulávamos o muro sem autorização dos proprietários (que Deus me perdoe) e outras poucas vezes éramos abençoados.
Coisas de criança ITAHYENSE, quando o bairro era cheio de chácaras, quintais e pássaros. O chão era de terra, as vezes seco e outras enlameado.
Hoje, depois de muitas décadas dessas aventuras infantojuvenis, pratiquei mais um ato não autorizado.
Emocionado, injuriado, invadi o terreno da área tombada pelo CONDEPHAAT, desde 1980, antes que o segurança me encontrasse.
O meu objetivo era contar quantos pés de jabuticabeiras ainda restavam, depois que por quase 30 anos esse espaço de memórias e parte importante das história da região do Itaim Bibi e de São Paulo, sofreu ou sofre agressões e desrespeitos diversos, com a total derrubada do edifício, a Casa Bandeirista, de "PAU A PIQUE", construído pelos da tropa de Fernão Dias e depois por componentes aventureiros , desbravadores e seguidores de Borba Gato. Ao todo
foram paulatinamente destruídos mais de 12
cômodos e criminosamente derrubadas as dezenas ou quem sabe centenas de árvores frutíferas ou não.
E as jabuticabeiras? ??
Desta vez, 06/07/07-SP- 13:46h.,
consegui contar apenas 6 mirradas árvores. Fui avistado e perseguido pelo senhor segurança que entre os seus ostensivos gritos dirigidos à mim, ia se comunicando com alguém, em um rádio comunicador.
Anteriormente, em novembro de 2005, e com mais calma havia contado 8 pés de jabuticabas. Também, na ocasião não fui expulso aos berros.
Desta vez o homem "do Direito", seguindo ordens e sem qualquer conhecimento do significado da área me disse: "isso aqui é propriedade particular, é um estacionamento e para tirar fotos só com autorização da prefeitura. Palavra do segurança da área de uma grande quadra pertencente ao Patrimônio Público, rua Iguatemi, rua Aspásia, Av. Brig. Faria Lima e Av. Horácio Lafer-Itaim Bibi. Juro.
Que o CONDEPHAAT, o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a PMSP, etc, cobrem e comprovem a prometida reconstrução.
Amigos, é só ir ver e ler os inúmeros registros e protocolo, decretos e etc. e tal, todos listados nos quatro quadros brancos agora expostos, colocados em cada uma das calçadas do quarteirão objeto, cerca de alguns meses atrás.
Vejam só. O pior que não vi e desta vez não pude comer nenhuma FRUITINHA. Mas eu voltarei.
HELCIAS BERNARDO DE PÁDUA
BIÓLOGO E MEMORISTARecolher