Geraldo Alexandre natural da cidade de Santo Antônio do Leverger no Estado de Mato Grosso. Sua mãe, dona de casa e seu pai funcionário de uma empresa de navegação ( Miguéis). Geraldo Alexandre pertence a uma família de sete(7) irmãos. Aos 10 anos de idade seus pais decidem mudar de cidade pa...Continuar leitura
Geraldo Alexandre natural da cidade de Santo Antônio do Leverger no Estado de Mato Grosso. Sua mãe, dona de casa e seu pai funcionário de uma empresa de navegação ( Miguéis). Geraldo Alexandre pertence a uma família de sete(7) irmãos. Aos 10 anos de idade seus pais decidem mudar de cidade para residirem na cidade de Corumbá. A chegando à nova cidade
foi marcada pelo trabalho e para ajudar sua família, Geraldo sai pelas ruas do município corumbaense com uma cesta de salgados, onde batia nas
portas das casas, das empresas para vender os salgados feitos pela mãe, bem como vendia picolé e doces. Sua primeira escola no município, foi a escola Nathércia Pompeo dos Santos, o entrevistado, revela que naquela época haviam poucas
escolas públicas na cidade,
posterior a essa escola é matriculado na escola
Marítimos, localizado na rua treze de junho, onde guarda grandes recordações dessa fase da vida escolar. Como morava perto da escola, reunia com um grupo de amigos para juntos irem a pé para escola. Na juventude costumava brincar de ovo na agulha, corrida de taco, jogo de bolita, jogo de bola,
bem como, tomava banho no Rio Paraguai. Nesta mesma época já com seus doze(12) ou treze (13) anos começa a se interessar
pela música, sonhava com a vida artística. Achava a música seu divertimento maior, porém em sua casa, não tinha rádio e ouvia muito a rádio do vizinho e esses momentos lhe faziam sonhar com o palco e com a música. Geraldo nos conta que só havia uma rádio na cidade, a ‘’Rádio Difusora de Corumbá”, onde era difícil ouvir música ou fazer algo relacionado a música, mas ele tinha um sonho, estar na música. Assim dividia seu tempo em ajudar seus pais nos afazeres da casa e o sonho de estar na música, seu maior divertimento. “A vida é uma coisa fantástica agente parece que nasce predestinado para alguma coisa. Eu nasci para a música” (Geraldo Alexandre). Assim Geraldo Alexandre participa dos primeiros festivais de músicas inéditas de Corumbá nos anos 60, 70 e 80, bem como do Festival da Canção e do Fesul. O festival como nos conta Geraldo era uma festa para descoberta de talentos, onde cantores, compositores tinham a oportunidade de mostrar o seu trabalho. Afirma
que o festival era uma arte pela busca por novos talentos e o lugar onde o músico, o cantor se descobre de fato. Já com dezessete(17) para 18(dezoito) anos, começa a trabalhar em uma agência de táxi aéreo, onde exercia a função de manter limpa e organizada a sede da empresa, assim como, comunicava-se via rádio com os pilotos dos aviões para saber a posição de chegada no aeroporto de Corumbá. É neste período que conhece sua futura esposa. Geraldo nos conta que ela trabalhava em uma outra empresa de táxi aéreo e quando se comunicavam com os pilotos dos aviões um acabava ouvindo a voz do outro e foi assim que começaram a se conhecer, primeiramente via rádio, depois pessoalmente até se casarem. Dessa união tiveram uma filha, onde descreve com emoção o que é ser pai ‘’É ser responsável,. É ter a consciência que você o conduzirá. É a coisa mais linda”. Nos conta que melhor do ser pai é ser avô. É amor que transborda. Geraldo foi casado por quase 40 anos, onde sua esposa veio a falecer. Nos conta também que a música nunca deixou de fazer parte de sua vida e tudo que adquiriu
em sua vida foi através da música. Na década de 1980,
tocava nas
Boates e
Danceterias do município Corumbaense.
Nos quase 50 anos de música, nos conta que tem uma banda chamada Mj6, onde já se apresentou em vários lugares, como Campo Grande, Aquidauana, Rio de Janeiro, Cuiabá, Paraguai e Bolívia, levando para seu público Flash Back dos anos 60, 70 e 80; Nosso entrevistado, nos revela que produziu as primeiras serestas do município de Corumbá na administração do então prefeito Ruiter Cunha e com o apoio da então secretaria de cultura, a saudosa Heloisa Hurt.. “Quando eu canto, eu viajo no tempo, eu volto para 20, 30 anos atrás ”(Geraldo Alexandre) Dentre as músicas que mais marcou sua vida, está uma composição de um autor Corumbaense chamado José Elói, ele compôs a música “Caminho eu, Caminho só “. Essa música marcou o nosso entrevistado por dois motivos. O primeiro refere-se à sua apresentação no festival de música de Corumbá no ano 1972 na categoria música inédita realizado no Clube Riachuelo. Na apresentação, o grupo MJ6 entra cantando essa música e se tornam vencedores do festival. Nesse mesmo ano, a música tornou-se conhecida em todo Estado do Mato Grosso de Sul. O segundo motivo é por
considerar essa música sensacional com uma letra lindíssima que vale a pena ser ouvida.
Geraldo nos contou que outra música também o marcou, música que também foi escrita pelo compositor José Elói “Flor de Abacate”
e que considera o hino do carnaval corumbaense, uma música muito conhecida
em todo estado do Mato Grosso do Sul. Representa o símbolo do carnaval de Corumbá.
Assim durante estes quase 50 anos dedicados á música e a vida artística, Geraldo nos contou que adaptar-se as mudanças no universo da música e aprender coisas novas
se faz necessário. Assim além de cantar em sua banda onde produz shows para um público que gostam de
Flash
Back dos anos 60, 70 ,
80 e da jovem guarda onde reúne em seus shows de 400 a 500 pessoas, nos revela ainda que em seus eventos ele não toca pagode e nem músicas sertanejas. Toca músicas para agradar o seu
público,
que gosta e curte de um bom
Flash Back, tornou-se também Produtor Musical, Produtor de Eventos e DJ. Casou-se novamente e assim declara: “Sempre estou estudando a música e me modernizando”. “A vida é uma coisa fantástica é uma predestinação”. (.Geraldo Alexandre)Recolher