Lembro apenas de flashes, um ônibus com pessoas muito revoltadas, incluindo eu mesmo, batendo no ônibus e gritando palavras de guerra. O motorista apenas observa a todos com serena perversidade. Não para no ponto que deveria, para dois a frente. Na hora deu descer ele me diz, baixinho mas bem aud...Continuar leitura
Lembro apenas de flashes, um ônibus com pessoas muito revoltadas, incluindo eu mesmo, batendo no ônibus e gritando palavras de guerra. O motorista apenas observa a todos com serena perversidade. Não para no ponto que deveria, para dois a frente. Na hora deu descer ele me diz, baixinho mas bem audível ainda que com considerável distância ""cuidado com a sua imagem hein"". Eu desço e vou seguir as instruções do meu irmão pra pegar uma imobiliária em algum lugar. Acho que na casa dele. Volto a minha casa. Escondendo no mini bolso, o porteiro me para, olha desconfiado e acena c a cabeça. Eu sigo pra minha casa, que estava aberta com tudo vasculhando e minha mãe dentro tomando banho. Ela diz que não sabe o que aconteceu. Me sinto numa ditadura. Acredito que tenha chegado um cara depois ""deles"" pra executar a tarefa de nos matar, mas me encontra com uma imobiliária apontada pra cara dele. E diz que está do nosso lado. Eu me desarmo e não lembro de mais nada. Clima de medo, revolta, iminência de tudo acontecer
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
O ônibus como símbolo do coletivo. O momento político em que o Bolsonaro tem aproveitado a pandemia para criar bases pro seu golpe paramilitar. Essa é minha associação.Recolher