Na noite de 11 de setembro de 2019 fui apresentado ao Museu da Pessoa por volta das 21h 30m no laboratório de informática da Faculdade SESI SP, pois sou aluno do sexto semestre da licenciatura em matemática. Era quarta feira e nesta noite a disciplina era ministrada pela professora Patricia Lacom...Continuar leitura
Na noite de 11 de setembro de 2019 fui apresentado ao Museu da Pessoa por volta das 21h 30m no laboratório de informática da Faculdade SESI SP, pois sou aluno do sexto semestre da licenciatura em matemática. Era quarta feira e nesta noite a disciplina era ministrada pela professora Patricia Lacombe. Após navegarmos pelo web site por alguns minutos fomos incumbidos em contarmos nossa história. Eu estava sem inspiração e fui pego de surpresa com tal pedido, logo indaguei:
"a história tem que ser verídica?" E de bate pronto a professora responde, com certeza sim "baby". Sei que quando a professora usa essa expressão "baby" ela esta com uma mistura de fofura e ironia ao mesmo tempo.
Para ajudar os menos inspirados como eu, o lado fofura da prô se aflora e ela diz: "pode contar sua história até o dia 18/09/2019". Ufa, foi o sentimento momentâneo, mas as coisas tinham tudo para piorar, porque faltei no dia 18/09/2019 e não publiquei minha história, porém melhoraram, pois o prazo de entrega foi estendido até o dia 25/09/2019 e como bom brasileiro deixei tudo para a última hora, pior ainda, só fiquei sabendo que ainda poderia contar minha história no limite do prazo mesmo. No momento me sinto irresponsável e desinformado. Na lista de presença desta noite fatídica, além do nome, a professora pediu o título da nossa historia para ela ler todas com calma no sábado de manhã. As vezes, eu tenho um humor que atrapalha e ainda sem criatividade tentei argumentar, sem fundamento algum, sobre se teria algum problema não contar a história e concluí: hoje eu me fodi. Por isso esse título na minha história.
Sabe, eu gosto de contar histórias, eu gosto de participar das aulas, e fazer as tarefas são bem legais quando consigo me dedicar a isso, mas a rotina não está fácil e o ânimo não está ajudando. Amanhã acordo bem cedo para ir para a residencia educacional, é um tipo de estágio que fazemos no decorrer do curso, mas graças a minha desorganização na administração do meu tempo estou pagando a duras penas, tendo que fazer na última hora o que tive 14 dias para fazer. E por estar lutando para ser licenciado a dar aulas para crianças e jovens do nosso país, a consciência pesou e estou aqui registrando esse momento, que parece bobo e inocente, mas não é, a mensagem que passo para um futuro leitor de fato é que o cotidiano é muitas vezes insano, o sono e a preguiça estão constantemente me assombrando, penso muito, e a queda no meu rendimento me assusta, tenho medo de não dar conta. Vejo muitas noticias sobre depressão e tenho medo que essa doença surja em minha vida, aqui tem relatos depressivos, mas tenho certeza que estou bem e nessa jornada que estou seguindo o fardo esta pesado, mas sei que vou conseguir, não penso em desistir ou fraquejar. A luta contra o sistema é vista todos os dias dentro das salas de aula, eu quero ajudar o próximo, ajudar no que puder, a frase parece clichê e o sistema nos oprimi e hoje não consigo fazer nada que necessito para me realizar, acaba sendo hipocrisia escrever uma história inocente carregada de angustias e sentimentos e concluo agradecendo a todos os professores que passaram pela minha vida e precisamos acreditar nas pessoas, acreditar no próximo, muitas pessoas vão nos decepcionar, mas a maioria vai nos surpreender, espero ter surpreendido você que acabou de ler. E não, eu não me fodi na aula da Lacombe, na aula eu nunca vou me f... lá eu sempre vou sair diferente do que entrei, sempre melhor e maior humanamente e com mais bagagem de conhecimento e vivência. É isso que eu espero de vocês após essa leitura.Recolher