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Por: Marcelo de Oliveira Souza, 16 de fevereiro de 2019

O Conselheiro Luiz Vianna

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O Conselheiro Luiz Vianna

Na nossa sociedade a escola deveria ser a extensão da família, pois em casa aprendemos a ter noção de respeito, amor pelo próximo e até cidadania, onde o ambiente educacional só vem a acrescentar e trabalhar as primeiras noções de cidadania. Quando adentrei ao Colégio Estadual Luiz Vianna, ele oferecia para a comunidade o ensino médio e fundamental, tinha um ambiente arborizado, quadras e até um campo de futebol. A educação pública ainda dava os seus primeiros passos ao declínio, a começar pelo diretor, um contumaz paquerador, rodeado de estudantes, ele só queria papo com as meninas, com os garotos era implacável.

Na sala de aula, existia um garoto chamado Dedé, todos pensavam que era porque ele era cearense, por causa do humorista Renato Aragão," mas esse humorista não é Didi? " O nome dele era Andrade, ficou o apelido da última sílaba e permaneceu mais ainda a confusão, ele era bastante tímido, quietinho no cantinho da sala. Como os quietos são os mais perseguidos, o nosso colega Roberto começou a operação para perder a arcada dentária, infernizou tanto o menino, chegando a ponto de colocar o nome do “trapalhão” no quadro emendando um monte de impropérios, cinicamente ele chamou o coitado cearense e mostrou a sua arte. O outro menino surpreendentemente saltou da cadeira e mandou o incauto apagar aquelas palavras ofensivas, mas a resposta foi negativa, mais surpreendente mesmo foi o soco desferido, cujo garoto delinquente assustou-se e segurou a boca com a mão, esvaindo –se de sangue, com a outra apagou prontamente a lousa. Depois disso o tímido garoto desabrochou e começou a querer mandar na sala de aula, era tido como o mais valente e tinha um desafortunado rapaz da arcada dentária torta que não deixava ninguém esquecer, ocorrendo uma mudança de comportamento: O tímido ficou valente e o gaiato ficou tímido.

O meu melhor amigo era uma comédia, levava tudo na brincadeira, até a...

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