PARABÉNS SÃO CARLOS
(José Augusto Pereira)
Sua história se compara ao correr das águas de um rio, com destino surpreendente.
Já foste morada de índios, de escravos de quilombo, de forasteiros, imigrantes e descendentes.
Caminhos de rios e córregos: Mogi Guaçu, Araras, Pântano, Gregório,...Continuar leitura
PARABÉNS SÃO CARLOS
(José Augusto Pereira)
Sua história se compara ao correr das águas de um rio, com destino surpreendente.
Já foste morada de índios, de escravos de quilombo, de forasteiros, imigrantes e descendentes.
Caminhos de rios e córregos: Mogi Guaçu, Araras, Pântano, Gregório, Monjolinho e Quilombo.
Águas que viraram luz, que movimentou o bonde, iluminou a cidade, acendeu a vila e o campo.
Quando São Carlos ainda era Pinhal, todas as manhãs o povo recebia na porta a carne o leite e o pão.
Mercadorias não faltavam no tempo da venda ou armazém, aromatizado por grandes sacas de grãos.
Atrás do balcão, de lápis atravessado na orelha, ficava dona Maria, seu Manoel e o filho João.
O pecado ainda não tinha sido inventado, tudo era anotado na caderneta, sem pressa de ter o dinheiro em mãos.
Sem páginas respingadas de sangue, os jornais contavam historias de amor.
Havia guardas-civis, que apitavam, para velar janelas abertas em noite de muito calor.
As noticias eram boas, e as musicas da época, ouvidas no rádio, alegravam multidões.
Os políticos eram honestos, a cidade sorria tranqüila, pois não existiam os ladrões.
Não havia poluição, as ruas eram um jardim botânico, onde as casas entre arvores se escondiam.
As avenidas eram imensas, ajardinadas, e sentiam cócegas quando por acaso um Ford-29 surgia.
Dispensava-se currículo, bastava o sobrenome, todo mundo era gente boa e que presta.
As mulheres sabiam costurar e bordar, fazer o próprio vestido para os dias de quermesse e de festa.
Podia chover enxurradas que lavavam as ladeiras, mas não alagavam as baixadas.
Ruas pavimentadas de pedras, entre as quais crescia o verde, sugava toda enxurrada.
Ninguém falava alto, nem o latido dos cães competia com o canto dos galos.
O azul do céu era lindo, o dia era feito de mel, adoçando a vida dos casais apaixonados.
Havia praças perfumadas com flores, bancos e coretos onde a banda sempre tocava.
Ela vestida de seda. Ele de palitó de linho e gravata, esperando a parentada na estação da Fepasa.
Não existiam pardais, mas havia sabiá e canário e bem-te-vis que nada viam.
Senhoras que cochichavam nas esquinas, entre o barulho das crianças, que brincavam e sorriam.
No ponto mais alto da praça, o povo ajudou e ergueu a igreja Matriz de São Carlos.
Onde os sinos anunciavam: rezas, domingos de missa, casamentos e batizados.
Na “Atenas Paulista”, o entardecer era lindo, pois ainda os edifícios não seqüestravam o horizonte.
A noite surgia calma, sorrindo aveludada, salpicada de estrelas brilhantes.
Hoje sua economia atiçou o progresso e a imagem que consagra a beleza da cidade
Seu povo trabalha na industria, comercio e agricultura, se educando em importantes escolas, universidade e faculdades.
Com a marcha do progresso, sobra gente que invade ruas e esquinas, onde carros e ônibus não param de circular.
Levando gente daqui, e gente de lá, gente apressada, que ensina, que estuda, gente que vai trabalhar.
A vida nasce cedinho e São Carlos corre e se espreguiça, ao ver o dia amanhecer.
O sol surge limpo, quente e brilhante, mas sempre tem edifícios, onde pode se esconder.
São empresas que surgem, novas casas, edifícios, hospitais, escolas, mais praças e ruas, novos filhos e irmãos.
São Carlos é Pólo de Alta Tecnologia, orgulho consagrado de seus moradores natos ou de coração.
Não existe mistério em tuas noites e dias, nada demais se esconde no teu sorriso maroto.
São Carlos hoje é adulto, mas na memória saudosa de seu povo, continua sendo um garoto
Berço de grandes famílias paulistas, de migrantes e imigrantes, gente que povoam as ruas e fazem crescer o progresso.
Hoje no seu aniversario, cumprimentamos a cidade pelo seu desenvolvimento e sucesso.
Parabéns população de São Carlos -
(José Augusto Pereira – Sta Eudóxia 04 de Novembro de 2009)Recolher