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História
Por: Museu da Pessoa, 6 de junho de 2017

Mudança de direção ao ponto certo

Esta história contém:

Mudança de direção ao ponto certo

Vídeo

A primeira vez que eu pus a mão em um volante foi em um [caminhão] FeNeMê, daqueles grandões. O meu pai me levou lá para um lugar que eles falavam campo de aviação em Abaeté [GO], era onde todo mundo treinava, aí ele me pôs pra dirigir esse FeNeMê. Fomos algumas vezes lá, eu fui treinando nele lá, depois que meu pai casou, ele parou de me ensinar. Aí, eu parei também de aprender. [Já casada] Quando eu morava na carvoeira, eu pegava carro pequeno, caminhão de puxar lenha daqui pra ali, só, muito pouco. Depois que eu mudei pra Abaeté mesmo, de vez que eu aprendi a dirigir mesmo, da carvoeira, aí eu passei a dirigir um caminhãozinho que o meu marido tinha, era um [Mercedes-Benz] 608. Comecei a aprender nele e, depois que eu aprendi, ele comprou um caminhão só para ele que eu passei a pegar mais no caminhão grande. Aí, puxava carvão daqui, de Cristalina [GO] para Sete Lagoas [MG]. Eu mudei para Paracatu [MG], porque ficava mais fácil pra mim. Aí, eu tirei carteira pra caminhão, comecei a viajar com ele. A gente ia carregado de carvão e voltava carregado de tijolo. Teve época que eu ficava um mês dentro do caminhão com ele e os meninos. Na época das férias, a gente ficava o mês inteiro aproveitando. Meu pai também puxava carvão daqui, iam os dois caminhões juntos. Chegava em Sete Lagoas, descarregava e a empresa de carvão dava o vale-alimentação. E com esse vale-refeição, tinha um restaurante onde a gente almoçava, o que a gente fazia? Pegava o vale do meu marido e o do meu pai, sentava todo mundo e almoçava, dava pra todo mundo almoçar! E aí, ficou desse jeito. Às vezes, trazia tijolo pra Paracatu e, muitas vezes, eu dirigindo. Eu vinha dirigindo de lá, carregado de tijolo. Na subida, sobe devagar. Uma vez, passou um ônibus cheio de homem, de pescador, mas não ficou um sem pôr a cabeça pra fora. Naquela época, era novidade mulher dirigindo caminhão ainda mais aqui na [rodovia BR]040.

Na época,...

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Véio Antero e a família

Família do pai que, na época, ainda estava solteiro (José Eduardo, apelidado de Véio Antero): os irmãos com as esposas e filhos e a mãe (Aldina). Veio Antero é o segundo homem, da esquerda para a direita.

local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

Caminho de minas

Caminho de Minas: curso do Centro CAPE (Instituto de profissionalização). Ao fim, recebeu um selo de qualidade para poder qualificar o trabalho que estava sendo feito. Na capa, está escrito a política de qualidade do produto. Eles pediram que fosse feito um catálogo com os produtos de Neusa.

tipo: Documento

Artesanato em clima de copa

Trabalho que até pouco tempo, ainda estava no site da Corrente. Época da copa de 2012.

período: Ano 2012
tipo: Documento

Artesanato em clima de copa

Trabalho que até pouco tempo, ainda estava no site da Corrente. Época da copa de 2012.

período: Ano 2012
tipo: Documento

Caminho de minas

Caminho de Minas: curso do Centro CAPE (Instituto de profissionalização). Ao fim, recebeu um selo de qualidade para poder qualificar o trabalho que estava sendo feito. Na capa, está escrito a política de qualidade do produto. Eles pediram que fosse feito um catálogo com os produtos de Neusa.

tipo: Documento

Desfile de 7 de setembro

Quando Neusa estava na quinta série, em desfile no 7 de setembro. Ela é a sétima da primeira fila.

período: Ano 1972
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

Batizado

No batizado da irmã caçula, Aparecida (no colo), segurada pela madrinha Merces, abaixo Maria, José Eduardo Nené e Neusa.

período: Ano 1962
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

Primeira comunhão

Primeira comunhão na igreja Nossa Senhora do Patrocínio. Logo após a cerimônia, a família se reuniu para um almoço.

período: Ano 1976
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

Igreja matriz de Abaeté

Grupo de jovens Nava, de Abaeté, que se reunia na Igreja Nossa Senhora do Patrocínio. O frei Amarilio está ao fundo, de óculos.

local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

A espera

Grávida do segundo filho, Tiago. A foto foi tirada no dia do casamento de Geraldo.

período: Ano 1982
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

No supermercado

Quando Neusa trabalhava como caixa do supermercado Abaeté. Estava com Aninha, a vizinha do supermercado e sobrinha do dono, simulando uma compra para fazer a foto.

período: Ano 1977
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

BR 040

Época em que trabalhavam com caminhão, no trajeto Cristalina-Sete Lagoas, carregando tijolo. Na foto, os dois filhos, Mateus e Tiago, que sempre acompanhavam os pais. Segundo Neusa, hoje, eles “choram de rir dessa foto”.

tipo: Fotografia

Na zona rural

Caminhão carregando carga de carvão na carvoeira da família, com cargueiros contratados.

local: Brasil / Goiás / Cabeceiras
tipo: Fotografia

Enxoval do bebê

Grávida do Mateus, Neusa estava crochetando a manta do enxoval, que guarda até hoje. Ao lado, aparece a também Neusa, uma amiga da família. Na hora da foto, ela foi acudir o gatinho que chegou para brincar com a lã.

período: Ano 1979
local: Brasil / Minas Gerais / Abaeté
tipo: Fotografia

Na carvoeira

Quando morava na carvoeira. No local onde está a lona é o banheiro. Neusa está lavando vasilhas, numa área de fora, onde lavava a louça e deixava para secar. Detalhe da lata com a água.

período: Ano 1985
local: Brasil / Goiás / Cabeceiras
tipo: Fotografia

Igreja Nossa Senhora do Patrocínio

Casamento em 5 de maio de 1979, na Igreja Nossa Senhora do Patrocínio. A primeira daminha, Carla, é filha da vizinha. A cerimônia foi conduzida pelo frei Patrício.

período: Ano 1979
tipo: Fotografia

Um dia diferente

Ao invés de bordar na sala de curso, fomos bordar no museu. Em pé a aluna Ivani, sentadas está Odília no bordado, Delcina faz crochê, Dita, Tereza, Lavínia, Dalva, Maria do Carmo, Clarismunda e Clarinda.

período: Ano 2013
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Neusa Imaculada de Faria Pereira

Entrevistado por Fernanda Prado e Luís Gustavo Lima

Paracatu, 06/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV07_Neusa Imaculada de Faria Pereira

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Neusa, bom dia.

R – Bom dia!

P/1 – Primeiro, eu gostaria de começar agradecendo de você ter aceitado o convite para essa entrevista e aí, para valer mesmo e a gente começar, pra você fala o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Neusa Imaculada de Faria Pereira, eu nasci em Jussara, Goiás, em 31 de maio de 1959.

P/1 – Tá certo e fala pra gente, o nome dos seus pais, Neusa.

R – Meu pai era José Eduardo de Faria e minha mãe, Maria Imaculada de Faria.

P/1 – E fala pra gente da atividade deles, o que eles faziam?

R – Meu pai era caminhoneiro e a minha mãe costureira e, também, bordava um pouquinho mas era mais costureira. Era dona de casa e costureira.

P/1 – E você teve irmãos, tem irmãos?

R – Tenho. Hoje, eu tenho dois irmãos e um meio irmão, mas tem uma irmã que já faleceu, a minha irmã mais nova.

P/1 – E você tava em que lugar nessa escadinha?

R – Em nascimento, eu era a terceira filha. O meu irmão que era entre o mais velho e eu faleceu quando pequeno, aí eu sou a segunda.

P/1 – E conta pra gente, como era a sua casa de infância, o que você se lembra dela?

R – Nossa, a infância foi a época linda da minha vida, foi ótima, eu lembro de muita coisa. Meu pai era caminhoneiro, viajava muito, todas às vezes que ele chegava de viagem, ele trazia um brinquedo diferente. Aí, eu já morava em Abaeté [GO], vim de Jussara quando novinha, quando bebê ainda. Minha mãe costureira, meu pai caminhoneiro e ele sempre trazia um brinquedo novo para cada filho quando chegava das viagens, vinha de são Paulo, Belho Horizonte. Aí sempre trazia um brinquedo, a gente era pessoas humildes, vamos se dizer, pobre financeiramente, mas,...

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Título: Mudança de direção ao ponto certo

Data: 6 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Autor: Museu da Pessoa

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