Morrer com memórias, não com sonhos

Não tenho medo do futuro. Já vivi mais de 50% da minha vida. Agora, meu trabalho interior é deixar de ter medo de me arriscar na vida: mudar de emprego, ter um relacionamento, viajar mais, entre outras coisas. Vivi até o momento "presa" na condição de mãe solo e única provedora. Portanto, nÃ...Continuar leitura

Não tenho medo do futuro. Já vivi mais de 50% da minha vida. Agora, meu trabalho interior é deixar de ter medo de me arriscar na vida: mudar de emprego, ter um relacionamento, viajar mais, entre outras coisas. Vivi até o momento "presa" na condição de mãe solo e única provedora. Portanto, não podia arriscar. Tinha que viver com o que tinha de certo, concreto e que dava segurança. Hoje não preciso mais, mas ainda não consegui me "atirar" no novo. Tenho trabalhando o assunto na terapia. Meu trabalho não me atrai e nem me satisfaz. Já me aposentei. Meu filho tem emprego, termina a faculdade neste ano e o que me impede de viver sem amarras? Eu mesma. E agora também o isolamento, a pandemia. Mas, faço planos, observo pessoas que mudaram de vida. Quero ser impulsiva em alguns fatores. Quero morrer com memórias e não com sonhos. Memórias de uma vida vivida plenamente: com amigos, afeto, carinho, encontros, viagens, hobbie, fazer o que gosto, família, fotos, albuns de fotografias, conhecer o mundo, aprender um idioma, ser minha melhor companhia, fazer um trabalho voluntário fora da minha cidade, conhecer o sertão, conhecer o Brasil. Não sei como será o mundo, nem reflito muito a respeito. Espero que seja mais humano, menos corrupto. Creio que se neste mundo, todos, sem exceção, dissermos bom dia ao próximo (olhando nos olhos), um por favor, obrigada, já estaremos em um patamar melhor. Acrescentemos Fé. Que meu desejo não seja uma utopia.Recolher