Prazer! Me chamo Jamile Andriele Lopes Machado Lopes (mas meu apelido é "Mila"), nasci no dia 10 de agosto de 2004 às 11:30 da manhã de um rigoroso inverno, em Cachoeira do Sul, RS. Sou cristã, evangélica desde quando nasci e até a terceira geração da minha família são cristãos. Moro com ...Continuar leitura
Prazer! Me chamo Jamile Andriele Lopes Machado Lopes (mas meu apelido é "Mila"), nasci no dia 10 de agosto de 2004 às 11:30 da manhã de um rigoroso inverno, em Cachoeira do Sul, RS. Sou cristã, evangélica desde quando nasci e até a terceira geração da minha família são cristãos. Moro com minhas duas irmãs, meu pai e minha mãe.
Minha mãe conheceu meu pai quando ela tinha 13 anos e meu pai 25, mas começaram a namorar só dois anos após se conhecerem, e nesse mesmo ano que ficaram juntos, como surpresa para meus pais e para todos que acompanhavam a relação ,minha mãe teve uma gravidez precoce de mim no auge dos seus 15 anos de idade, foi então que tudo começou ter que tomar um rumo diferente. Os pais da minha mãe nunca foram ruins, eram de classe baixa mas nunca faltou nada para os dois filhos, porém eram pais ausentes, trabalhavam o dia todo e não tinham tempo para conversar, ajudar nos e ficar por dentro do que os filhos estavam pensando e fazendo durante a semana. Mas uma coisa eles exigiam da minha mãe, se ela engravidasse ela precisaria se casar. E assim aconteceu , minha mãe se casou com meu pai três meses antes do meu nascimento. Nós três ficamos morando na casa dos meus avós enquanto meu pai trabalhava todos os dias no interior, ele voltava todos os dias para casa para poder dar um apoio para a minha mãe, e sim, meu pai sempre ajudou ela em tudo, sempre foi companheiro nas horas boas e ruins.
Quando eu fiz 1 ano de idade nós nos mudamos para Santa Cruz do Sul, RS para tentar uma vida nova, arrumar um serviço melhor para o meu pai, alugar uma casinha só para nós três e tentar mudar nossa situação financeira.
Quando chegamos nessa nova cidade, nesse novo ciclo das nossas vidas meu pai conseguiu um emprego de vendedor ambulante (sacoleiro) com um homem da igreja onde íamos começar frequentar , na época ele ganhava um salário mínimo de em torno R$230,00, conseguimos alugar uma casinha que gastava basicamente metade do salário do meu pai. A casinha que alugamos era precária, era de madeira bruta, com espaços enormes entre elas, sempre chovida dentro e molhava os poucos móveis que tínhamos, era de dois cômodos e o banheiro era na rua comunitário com mais três casas, mas a dona morava em uma casa na frente e sempre deixava minha mãe me dar banho no banheiro dela pois eu era muito frio para mim, pois eu era muito bebê. Eu e minha família ficamos morando nessa casa por dois anos para então conseguir nos mudarmos para um lugar um tanto menos precário, e permanecemos em Santa Cruz do Sul por mais seis anos ,vivendo uma vida humilde mas Deus cuidou de nós todos os dias e não deixando faltar nada.
Depois de em média 8 anos voltamos morar em Cachoeira do Sul,RS. Alugamos uma casa, meu pai conseguiu arrumar um serviço melhor, então graças a Deus conseguimos guardar um dinheiro e construir nossa casa própria e viver cinco anos nela, tranquilos.
Comecei meu primeiro relacionamento, aos 14 anos, muito precoce por sinal. Estávamos namorando em média uns três meses porém, meu pai recebeu uma proposta de emprego melhor em Santa Cruz do Sul então botamos nossa casa alugar e nós todos nos mudamos, inclusive meu namorado.
Pra mim, esse novo ciclo em Santa Cruz foi um dos mais difíceis e dolorosos, mas também foi um dos que mais me ensinou.
Meu namorado começou a ser possessivo e abusivo. Comecei apanhar dele todos os dias, por 10 meses. Ele me machucou muito! eu queria morrer todos os dias. Enquanto eu estava namorando com ele, nunca contei para minha família o que estava acontecendo.
Mas um certo dia a gente estava na casa de alguns amigos, e ela percebeu que meu namorado estava me tratando estranho, então ela tomou o direito de ela mesmo terminar nosso relacionamento, até por que eu era de menor.
Quando tudo isso passou, nos mudamos para Vera Cruz, RS, onde ficamos morando em média 3 anos. Comecei meu segundo relacionamento, que durou em média 1 anos e 6 meses, onde foi ele quem me ajudou a contar sobre me relacionamento abusivo supracitado.
O ano era de 2020 onde terminei meu relacionamento por questões de que: não tinha tempo mais para mim e minha família, mas eu estava bem e foi um término tranquilo.
Minha mãe foi diagnosticada com um "câncer maligno" no colo do útero, e ao mesmo tempo descobriu que estava grávida de dez semanas.
Quando a gente soube dessas notícias citadas acima meu mundo parecia que iria desabar sobre os meus pés, foi uma turbulência de emoções, fiquei feliz por ter mais uma irmãzinha, na realidade nossa família estava precisando da alegria de um criança em casa, mas fiquei com medo e triste pelo câncer que minha mãe teria que enfrentar. Eu tinha muito medo de perder ela, perder a alegria do sorriso lindo e escandaloso que só ela tem, medo de não poder mais abraçar ela do nosso jeitinho aconchegante, muito receio de não saber seguir em frente e viver sem ela, medo de talvez não conhecer o rostinho da minha irmãzinha, que no exato momento em que soubemos que minha mãe estava grávida nós já amávamos ela. Eram tantos medos que eu quase não vivia mais.
Quando descobrimos o câncer da minha mãe ele já estava com 10cm, já era um estágio bem avançado, grave e arriscado para ela e para o bebê, os médicos diziam que era impossível os dois sobreviverem, os medicamentos matariam o bebê, mas os médicos também queriam que minha mãe abortasse pois se não começasse o tratamento de quimioterapia e radioterapia logo o câncer aumentaria e a mataria.
Portanto, a minha mãe sempre teve uma coisa que admiro muito, a Fé. Para alguns poderia parecer loucura, mas sim minha mãe continuou com a gestação normalmente e adiou o tratamento para depois que a bebê nascesse. E assim aconteceu, Deus cuidou das duas perfeitamente pois ele é perfeito, mesmo quando pensamos que algo é impossível e irreversível, para Deus é possível. Basta termos fé que tudo pode melhorar.
Minha irmã nasceu prematura de 35 semanas, e novamente Deus cuidou…ela não precisou nem ir para incubadora. Minha mãe começou o tratamento 1 mês após o nascimento da minha irmã.
Hoje, as duas estão bem. Minha irmã esperta e espoleta , minha mãe curada e liberada pelos médicos, graças a Deus.
No ano atual, 2022, eu e minha família nos mudamos para Cachoeira do Sul novamente, estamos estabilizados enfim. Estamos gostando desse novo ciclo, aos poucos nos acostumando novamente com a cidade, mas felizes!Recolher