Meu tio, irmão de minha mãe, morava conosco. Em seu quarto, em meio a alguns cadernos e livros, havia uma pilha de revistas, todas do mesmo formato e com capas parecidas. Quando ele estava lendo aquelas revistas, podia cair o mundo: nada o tirava da leitura.
Eu estava com 6 anos de idade e c...Continuar leitura
Meu tio, irmão de minha mãe, morava conosco.
Em seu quarto, em meio a alguns cadernos e livros, havia uma pilha de revistas, todas do mesmo formato e com capas parecidas.
Quando
ele estava lendo aquelas revistas, podia cair o mundo: nada o tirava da leitura.
Eu estava com 6 anos de idade e cursava o jardim da infância.
Um dia, ao voltar da escola, chegando em casa, vi um dos exemplares da revista sobre a mesa da sala.
Provavelmente, meu tio, depois de ler, esquecera lá.
Não pude deixar de aproveitar aquela oportunidade para saciar a minha curiosidade.
Comecei a folhear e fiquei maravilhado com o que via, principalmente com as propagandas com motivo da guerra.
Era o ano de 1943 !
Depois desse dia, sempre que podia, eu me apossava das revistas e, com o tempo passei a me interessar pelos assuntos, com preferência para a seção
de livros.
E foi através na seção de livros que tive o primeiro contato com a literatura, e nela descobri um mundo maravilhoso.
Não posso negar que devo à essa revista parte da minha formação, cujos primeiros números ainda guardo comigo, presente do meu tio.
A revista era Seleções, de Reader’s Digest...
Foi através de Seleções, também, que tomei conhecimento do tipo de Natal que se comemorava nos Estados Unidos, parecido como o que hoje temos no Brasil, e, que me deslumbrava.
Naquele tempo, pelo menos na minha família, o Natal se restringia reverenciar o nascimento do Menino Jesus com visitas aos presépios e orações.....
....E algumas castanhas, após o almoço de 25 de Dezembro......Recolher