Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa, 18 de abril de 2010

Minha missão é rezar

Esta história contém:

Minha missão é rezar

Vídeo

Quando eu nasci, a parteira já falou pra minha mãe: “Ah, nasceu uma grande mulher, uma rezadeira, que talvez vá salvar muitas vidas.

” Isso porque eu tinha uma cruz vermelha tipo de sangue na minha cabeça.

De criança, eu falava coisas pros outros que diziam que eu nem sabia o que falava, mas dava certo.

Foi assim que eu comecei a arrumar essas pessoas que até hoje são como meus seguidores.

Já tratei dos pais, já tratei dos filhos, já fui pros netos, já estou pra ir pros bisnetos daqueles.

Mas de pequena eu sentia muita vontade de estudar.

Eu via na minha comunidade as crianças e as pessoas muito doentes, e eu gostaria de ter estudado pra ser uma médica.

Não deu.

Então eu tenho o meu lema: eu ajudo você e, se você acha que deve me ajudar, você me ajuda.

Eu acho que eu gosto das pessoas de graça.

A prática é a verdadeira escola com quem eu aprendi.

Foi sozinha.

Continuar leitura
fechar

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida. Está gesticulando e sorrindo. Ao fundo, há um tecido também florido.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida. Está gesticulando e sorrindo. Ao fundo, há um tecido também florido.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida. Ao fundo, há um tecido também florido.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida e um chapéu preto. Está de pé. Ao fundo, há um tecido também florido.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida. Está sentada em uma cadeira azul e está sorrindo. Ao fundo, há móveis de uma sala de estar.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia

Domingas Coimbra de Souza

Mulher usando uma camisa florida. Está sentada em uma cadeira azul e está sorrindo. Ao fundo, há móveis de uma sala de estar.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF
Tags: pais, infância, família, vida rural, escola, brincadeiras, rezadeira, conflito, dom, ervas, casa, casamento, sonhoEntrevistada por Thiago MajoloEntrevista de Domingas Coimbra de SouzaJuruti, 18 de abril de 2010 Realização Museu da PessoaEntrevista MB_HV_102Transcrito por Andiara PinheiroRevisado por Soloni RampinP/1 – A gente começa perguntando sempre o nome completo, o local e a data de nascimento.R – Domingas Coimbra de Souza. Eu nasci em 11 de julho de 1948, Paraná, Dona Rosa. É nesse município perto daqui, Juruti.P/1 – Domingas, eu queria que você contasse um pouco dos seus pais.R – Olha, meus pais eram pessoas humildes, mas eram muito bons. Levei muita sorte. Meu pai era uma pessoa muito especial. Não era alcoólatra, em primeiro lugar. Lutava muito pra criar a gente com sacrifício, trabalhando na juta com o gado, mas não tínhamos vida de rico, mas nunca passamos fome, como pobre. Vida humilde, todo mundo trabalhava. Desde pequena, dos meus sete anos, por aí, eu já comecei a ajudar minha mãe a cuidar dos meus irmãos, porque eu sou a primeira filha deles, né, do casamento deles. Então, quando nasceu a minha segunda irmã, que eu gostaria que ela tivesse aqui, mas não está, eu já ia fazer quatro anos. Nessa época meu pai adoeceu muito, quase que morreu, mas mamãe dizia sempre que foi Deus que ouviu a minha oração, que eu ficava o maior tempo orando por ele e ele ficou bom. Depois, nasceu mais os outros filhos. Vieram os meninos, que não tinha nenhum, vieram quatro meninos mais uma menina, mamãe ainda perdeu um menino. Mas a minha vida não era de rico, era de pobre. Mas era feliz. Eu cresci com o adubo do amor, sempre quis amar muita gente. A família do meu pai eles eram em poucas pessoas e da minha mãe era uma família muito... era numerosa, sabe? Muitos irmãos, muitas pessoas. Só que minha avó, do meu pai, era muito católica, ela era muito crente, assim, de ajudar as pessoas, era uma pessoa muito amável,... Continuar leitura

Título: Minha missão é rezar

Data: 18 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / Juruti

Transcritor: Andiara Pinheiro
Entrevistador: Thiago Majolo
Revisor: Soloni Rampin
Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios