Todo mundo tem alguma história de amor com São Paulo e eu, fazendo parte do "todo mundo", também tenho uma história. Na verdade é um amor platônico, por que eu não moro na capital, moro numa cidade do interior (60 km de SP) chamada Jundiaí e nem fui tantas vezes assim pra SP pra ter o que co...Continuar leitura
Todo mundo tem alguma história de amor com São Paulo e eu, fazendo parte do "todo mundo", também tenho uma história. Na verdade é um amor platônico, por que eu não moro na capital, moro numa cidade do interior (60 km de SP) chamada Jundiaí e nem fui tantas vezes assim pra SP pra ter o que contar, por isso é platônico.
Eu sempre tive uma ideia sobre SP bem diferente do que todos dizem, eu tenho muitos amigos que moram lá, e todos eles dizem que é uma cidade bem corrida, até tenho uma amiga que ficou impressionada com o sistema de transporte de Jundiaí, por que aqui, sempre que um ônibus para no ponto nós conseguimos entrar, lá não, ela disse que às vezes espera vários ônibus ou metrôs pra conseguir um que dê pra entrar. Mas, nada disso pra mim tinha importância (até por que sempre peguei o metrô relativamente vazio). Pra mim o que importava – e ainda importa – é que SP é a cidade das oportunidades, da diversidade, das grandes coisas, dos artista, das grandes movimentações.
Talvez eu pense assim por que não moro lá, por que não vivo a vida louca das pessoas de lá, mas mesmo assim, ainda acho que essa cidade tem um ar diferente, uma movimentação artística que não vemos por aqui, pessoas que não vemos por aqui. Uma coisa que gosto de fazer quando estou no trem e no metrô é observar as pessoas, gosto de notar nas roupas que usam, nos livros que leem, tento imaginar o tipo de música que estão ouvindo, gosto de fazer isso na estação também e nas ruas. Não consigo fazer o mesmo aqui por que, pelo menos pra mim, as pessoas são todas iguais.
São Paulo também me lembra de minha conquista pela liberdade. Sim, liberdade! Foi quando aconteceu a Bienal do Livro em 2012 e fui com uma amiga de trem, nada de mais, mas como tenho uma mãe super preocupada, ir para São Paulo se torna uma tarefa mais complicada, por que cidade grande, aos olhos de minha mãe é uma selva de pedra!! Mas quando disse que ia, ela respondeu apenas “tudo bem, sabe como ir, como chegar?” e eu respondi “Claro, mãe, relaxa”. Só por curiosidade eu decorei o mapa metropolitano da CPTM para ocasiões como essa.
Acredita que pra mim esse simples sim foi a coisa mais incrível do mundo? Também foi a primeira vez que entrei na estação Barra Funda e Tietê! Ah, também vi um violinista tocando na Barra Funda e achei lindo!
E tem mais, o ano passado prestei vestibular em duas faculdades de São Paulo e fui de trem por que era mais fácil, foi a primeira vez que andei de metrô. SIM, a primeira vez!!!! Imagina a minha cara de impressionada!! Parece bobo, mas eu acho metrô a coisa mais incrível do mundo!!!
Todos os estudantes torcendo pra passar na prova e eu torcendo pra não me perder!! Além de estar boba com tudo né!! Grandes prédios, lugares bonitos, colocar o pé na faixa de pedestre e os carros pararem! Na verdade, descobri que a parte de por o pé na faixa de pedestre aconteceu só comigo, mas ainda acho que São Paulo é mais organizada que muita cidade pequena. Foi a primeira vez que andei sozinha por ruas totalmente desconhecidas, meus guias foram as placas, uma mulher com cara de desconfiada que me deu uma informação de como chegar na Mackenzie e uma senhora que ouviu minha conversa com a tal mulher e me guiou até a rua certa. Nessa hora ninguém se lembra do GPS. Mas as placas, essas são minhas amigas fiéis.
Sem contar as inúmeras pessoas que conheci
e amigos que fiz indo em eventos que acontece pela cidade todos os anos e o ano todo. Parece tudo muito bobo, mas eu realmente gosto dessa cidade, das pessoas diferentes, dos grandes lugares, até do cinza, visto de fora parece lindo.Recolher