Janice Ferreira da Silva, mais conhecida como Preta Ferreira (Bahia, 1984), é uma defensora dos direitos humanos, ativista por moradia, multiartista e escritora brasileira. Foi presa em 2019, por mais de 100 dias, por ser atuante no Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e na Frente de Luta por Moradi...Continuar leitura
Janice Ferreira da Silva, mais conhecida como Preta Ferreira (Bahia, 1984), é uma defensora dos direitos humanos, ativista por moradia, multiartista e escritora brasileira. Foi presa em 2019, por mais de 100 dias, por ser atuante no Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e na Frente de Luta por Moradia (FLM) da cidade de São Paulo, Brasil.Tornou-se um símbolo da criminalização dos movimentos sociais e defensores dos direitos humanos no Brasil.Sua prisão mobilizou Angela Davis e Papa Francisco em sua defesa pública.Recebeu o Prémio Dandara da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (2019) e prêmio de atuação no Festival de Cinema de Gramado.
Tornou-se ativista aos 14 anos, altura em que foi morar com a mãe em São Paulo e entrou em contacto com o Movimento Sem Teto. Juntamente com a mãe e o irmão lidera a Frente de Luta por Moradia.
Em 2019, após a derrocada do edifício Wilton Paes de Almeida que havia sido ocupado pelo Movimento de Luta Social por Moradia, vários lideres de movimentos de moradia são presos. Entre eles, Preta Ferreira que, no dia 24 de Junho, foi detida, acusada de extorsão e associação criminosa, pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil. A mãe, Carmen Silva, líder do Movimento Sem Teto do Centro, e o irmão, Sidney Ferreira da Silva, também são presos.
No tempo em que esteve detida nunca foram apresentadas provas que comprovassem a sua culpa.
Ficou 108 dias presa na Penitenciária Feminina de Sant\'Anna, durante os quais escreveu seu primeiro livro, Minha Carne, sobre a sua experiência na prisão.
Preta Ferreira é autora do livro Minha Carne - Diário de uma prisão.
A obra contou com textos escritos por Angela Davis, Conceição Evaristo, Maria Gadú, Erica Malunguinho, entre outros, além de uma carta de Papa Francisco.
Preta e sua mãe, Carmen Silva, são personagens do livro de ficção heterotópica de Julián Fuks, A ocupação.Recolher