Vedacit - Moradia Digna
Depoimento de Eline Rosa do Nascimento
São Paulo/Campinas, 20/09/2021
Realização: Museu da Pessoa
Entrevista nº PCSH_HV1102
Entrevistada por Genivaldo Cavalcanti Filho e Grazielle Pellicel
Transcrita por Selma Paiva
Revisada por Genivaldo Cavalcanti Filho
P/1 – Boa t...Continuar leitura
Vedacit -
Moradia Digna
Depoimento de Eline Rosa do Nascimento
São Paulo/Campinas, 20/09/2021
Realização: Museu da Pessoa
Entrevista nº PCSH_HV1102
Entrevistada por Genivaldo Cavalcanti Filho e Grazielle Pellicel
Transcrita por Selma Paiva
Revisada por Genivaldo Cavalcanti Filho
P/1 – Boa tarde, Eline. Tudo bem?
R – Boa tarde. Tudo bem, Genivaldo!
P/1 – A gente vai começar com uma pergunta bem simples. Vou pedir pra você me informar seu nome completo, sua data de nascimento e em que cidade você nasceu.
R – Meu nome é Eline Rosa Nascimento. Nasci em dez de dezembro de 1983. Nasci em Recife, Pernambuco, mas moro em Campinas, São Paulo.
P/1 – Qual o nome dos seus pais, Eline?
R – Minha mãe se chama Silvana Rosa da Silva e meu pai, Pedro Gonçalves do Nascimento.
P/1 – Você tem irmãos?
R – Sim, uma irmã, que é a Rosa e um irmão, Mateus... Não, desculpa, (risos) Fábio _____ .
P/1 – E onde você está, nessa escadinha? Você é a mais velha, a do meio ou é a mais nova?
R – Sou a mais velha.
P/1 – E a sua família? Os seus pais são de Recife mesmo, ou vieram de alguma outra região pra Recife?
R – Sim, os meus pais moram em Recife, eles são de lá.
P/1 – Vamos conversar um pouquinho agora sobre a sua infância. Você se lembra da sua infância no Recife, como era a casa onde você morava, do que você gostava de brincar? Conta um pouquinho pra gente.
R – Lembro de tudo. Lembro de muita coisa, na verdade. Morava lá numa favela, num bairro chamado Jardim Brasil. Na época que eu morava lá era um bairro de infraestrutura muito pobre e quando chovia, alagava muito. Eu lembro muito disso porque alagava até a batata da perna e a gente ficava com os móveis todos na parte suspensa, nas cadeiras da casa.
P/1 – E do que você gostava mais de brincar, quando você era criança, nessa época?
R – Ah, eu gostava de brincar de boneca, gostava de brincar de bolinha de gude. A gente podia brincar na rua, então a gente brincava muito de bolinha de gude, de elástico, de boneca, esconde-esconde. Era o que mais brincava, na rua.
P/1 – Você tinha algum sonho de infância, Eline? Pra quando você crescesse, ser alguma coisa?
R – Ah, eu tinha.
P/1 – Desculpa, ficou um pouco baixinho e eu não ouvi. Mas pode falar.
R – Profissionalmente eu sonhava em ser engenheira civil. Sonhava profissionalmente, né? Na época eu não pensava muito em nada, eu só queria brincar, mas sonhava em ser engenheira civil, como profissão.
P/1 – Você gostava de ouvir histórias, quando você era criança, Eline?
R – Gostava. Eu lia histórias, eu gostava de ler. Eu gostava de ouvir também, conhecer coisas, mas era muito difícil essa comunicação na minha infância. Por mais incrível que pareça, a gente não tinha voz, né? (risos)
P/1 – Indo pra sua vida escolar, Eline, qual a primeira lembrança que você tem, de ir pra escola?
R – Ah, eu amava ir pra escola. (risos) Era um calor, mas eu amava demais. Conhecer as pessoas, ouvir os professores falarem, as matérias quando eles explicavam. Eu sentava bem na frente, eu lembro; sentava muito na frente e ficava quase babando no que os professores falavam. Eu gostava muito disso.
P/1 – E era perto da sua casa, a escola? Você ia a pé?
R – Não, era longe. Eram dois quilômetros a pé, mas eu ia com outra amiga, então a gente nem sentia. A gente ia conversando, nem percebia. Quando via, estava na escola, já. Mas era no sol quente. (risos)
P/1 – E nesse primeiro momento, do seu ensino fundamental, tinha alguma matéria que você gostava mais, ou algum professor que te marcou até hoje, por algum motivo?
R – Eu gostava de Matemática, minha professora de Matemática era maravilhosa! Eu amava. E ela me marcou muito, no ensino fundamental, ela era muito carinhosa.
P/1 – E costumava ter outras atividades na escola? Festinhas? Alguma coisa que você gostava de frequentar?
R – Eu gostava da aula de Artes, porque englobava música e teatro e eu fazia muitos bonecos de papel machê, a professora ensinava muito pra gente. E educação física eu gostava muito também. Brincar com a bola na quadra, correndo, brincando.
P/1 – E até quando você ficou em Recife? Você passou também o seu ensino médio em Recife, ou você veio pra São Paulo mais cedo?
R – Eu concluí o ensino médio todo em Recife, foi todo lá, minha escola foi toda lá.
P/1 – Tá certo, então me conte um pouco como foi o seu ensino médio. O que mudou do seu ensino fundamental pro ensino médio? Você mudou de escola, foi estudar mais perto, mais longe? Conte como foi essa parte.
R – Mudei pra uma escola mais perto da minha casa. Era muito, muito perto e eu achava o máximo. Eu não precisava demorar tanto pra me arrumar. (risos) E era legal, porque era tipo um chalezinho a escola, parecia que cada um estava nesse chalé. Eu ficava viajando naquele chalezinho. Era tipo um hotel, parecia um hotelzinho de chalé e era muito legal. Eu lembro que, nessa escola, eu ia muitas vezes a pé.
P/1 – E uma coisa sobre os seus pais que eu não tinha perguntado: qual a atividade dos seus pais, com o que eles trabalham?
R – Meu pai foi porteiro por muito tempo, mas eu não tive muito contato com meu pai. Minha mãe se separou dele [quando] eu estava muito nova, então o que eu ouvia falar é que ele era porteiro.
A minha mãe, quando eu era muito pequena, trabalhava cuidando de casa, faxina. Depois ela ficou como porteira, num hotel, e depois ela voltou a ser dona de casa. Quando eu estava um pouco maior, ela ficou cuidando de casa, como faxineira.
P/1 – Certo. Nesse seu período de ensino médio, você já era adolescente; o que mudou? Você começou a trabalhar ou começou a sair mais com os amigos? O que você gostava de fazer, nessa época?
R – Até a oitava série eu só estudava e ajudava a minha mãe com algumas faxinas que ela fazia. No primeiro ano, quando eu fui pro ensino médio mesmo, da oitava pro primeiro ano, aí já comecei a trabalhar. Tinha uma casa que eu fazia faxina, que foi minha mãe que arrumou. Eu estudava de tarde e pela manhã eu ficava na casa dessa pessoa.
P/1 – Entendi. Assim que você terminou o seu ensino médio, como foi sua vida, dali pra frente? Você continuou trabalhando como faxineira, ou você arranjou algum outro emprego? Conta pra gente.
R – Quando eu terminei o ensino médio, primeiro eu tentei uma escola técnica, pra poder melhorar um pouco mais o meu currículo, mas naquela época era muito difícil e o sistema te informava coisas diferentes do que a escola pedia, do que a escola técnica pedia. Como eu não consegui, fui trabalhar com um cunhado meu, que trabalhava numa empresa [como] promotor de vendas e tinha uma vaga pra mim, nessa área. Eu fiquei trabalhando nessa empresa, de promotora de vendas. Foi o meu primeiro emprego de carteira assinada.
P/1 – E você se lembra desse seu primeiro emprego, o que você fez com seu primeiro salário? Além, lógico, de pagar as contas, ajudar em casa, alguma coisinha que você queria comprar e falou: “Acho que agora dá”?
R – (risos) Eu comprei uma calça, no tempo era chamada boca de elefante. (risos) Ai, meu Deus! [Era] horrível aquela calça. (risos) Foi a primeira coisa que eu fiz. (risos) Mas o dinheiro que eu ganhava… Diferente de todas as minhas amigas, eu não ajudava dentro de casa. Minha mãe sempre dizia pra mim que o dinheiro era pra mim, pra eu cuidar de mim, mas eu não precisava dar pra ajudar em água, luz. Ela sempre deu um jeitinho, isso é verdade.
P/1 – E o que você gostava de fazer pra se divertir, nessa época?
R - Eu era muito boba. (risos) Ai, meu Deus do céu! (risos) Eu ia pro shopping, experimentar as roupas. Eu experimentava as roupas, depois devolvia as roupas na arara. Era só pra experimentar. Isso era diversão pra mim. Eu ficava assim, ia pro shopping pra isso. Eu não ia pro cinema, eu não ia pra nada. Eu ia, entrava na loja, pegava umas roupas, provava, me olhava no espelho e depois: “Não, não vou comprar, não”. E colocava lá de volta. Era uma diversão pra mim.
P/1 – E por quanto tempo você ficou nesse seu primeiro emprego, com vendas?
R – Dois anos. Dois anos trabalhando nessa empresa.
P/1 – E depois você saiu pra ir trabalhar com vendas de novo? Como foi?
R – Sim, eu trabalhava por uma agência que terceiriza os serviços. Comecei a conhecer várias agências, então quando saía de uma agência, eu já entrava em outra, automaticamente. Quando tinha uma ação, a agência já me ligava e eu voltava a ficar empregada. Fiquei muito pouco [tempo] desempregada, nessa época.
P/1 – E quando foi que você veio pra Campinas?
R – Vim pra Campinas em março de 2010, cheguei aqui.
P/1 – E você veio por trabalho ou por algum outro motivo?
R – Na época eu trabalhava numa empresa de call center. Eu fazia acordos por telefone e cartão de crédito.
Conheci uma pessoa no antigo Orkut. (risos) Meu Deus do céu! (risos) Eu conheci uma pessoa no Orkut e a gente ficou conversando. Ele falou que era de Campinas, a gente ficou conversando por uns bons tempos e aí chegou um tempo que ele falou pra mim: “Vamos nos encontrar?” Eu falei: “Vamos!” Ele vinha pra Recife e eu acabei desistindo e eu vim pra Campinas. Quando eu cheguei em Campinas, a gente ficou junto e eu não voltei mais pra Recife.
P/1 – Entendi. E foi difícil pra você se adaptar a Campinas? Foi muito diferente do que era Recife? Conte como foi esse choque de morar em outra cidade.
R – Não. A falta de Campinas é praia. Fora isso, eu não estranhei, acho que as pessoas que me estranhavam. (risos)
P/1 – E chegando em Campinas, você continuou trabalhando com call center? Como foi isso?
R – Sim, eu não tinha muito conhecimento aqui. Fui procurar call center. Fiquei mais ou menos um ano e meio no call center, até realmente conseguir conhecer a cidade e conhecer os canais de trabalho, aqui em Campinas.
P/1 – E quando foi que você entrou na Vedacit, Eline?
R – A Vedacit é a melhor parte! (risos) Eu tinha acabado de me separar, em 2018. Tinha cinco, seis meses separada e eu estava desesperada. Eu não conseguia nem colocar currículo. Mandei e-mail pra uma vaga que eu vi, depois eu consegui fazer a entrevista.
Antes de eu entrar foi uma parte muito difícil pra mim, porque eu tenho dois filhos hoje e a gente já não tinha mais nada. [Pensei:] “Nossa, é essa a vaga”, mas não acreditava que eu ia ficar. Foi bom. (risos) Acreditaram em mim.
P/1 – E nessa época que você entrou na Vedacit, você foi já pra área de vendas?
R – Sim, a vaga era pra ser promotora de vendas. Uma pessoa tinha sido colocada em outro cargo e eu ia ficar no lugar dessa pessoa, então já entrei pra ser promotora de vendas.
P/1 – E como tem sido essa experiência pra você, na Vedacit? Como tem sido trabalhar com as pessoas na Vedacit?
R – Totalmente diferente de tudo que eu já trabalhei. Tudo.
A gente passa por uma pressão de vendas muito forte nessa área. A gente escuta muita coisa que machuca muito e eu vim muito com isso na minha cabeça, por muitos anos. E, ao entrar na Vedacit, eu consegui mudar muito meu pensamento, pela forma que eles abordam, pela forma que eles trabalham com as pessoas. Não é só o salário no fim do mês, não é só vender. Tem a questão deles quererem fazer você realmente ser um cidadão confortável e que você passe credibilidade pra você mesmo. Você mesmo sentir confiança em você. Isso é muito bom.
P/1 – E como você ficou sabendo desse projeto da Vedacit, o Ano Novo, Casa Nova?
R – (risos) Na verdade, quando entrei na empresa já tinham feito um projeto, já tinham escolhido a casa. Eu vi, na reunião, todo o aparato que eles fizeram, todos os vídeos e eu falei: “Nossa, que legal”. Eu achei super da hora. Quando eles abriram inscrição dessa vez, eu nem pensei; eu disse: “Ah, não vou fazer. Tem muita gente na empresa. Muita gente em São Paulo precisa.” Eu não estava olhando nem os outros estados que a empresa tem, mas eu nem me preocupei tanto, porque estava preocupada já com outras coisas minhas próprias. Nem me preocupei tanto com esse projeto.
P/1 – Mas depois você acabou decidindo se inscrever. Como foi isso?
R – Quem me inscreveu foi uma amiga de trabalho. Ela que me inscreveu e depois mandou a mensagem, dizendo que tinha me inscrito e eu falei: “Não, pelo amor de Deus! (risos) Não, você é louca?” Ela: “Inscrevi. Manda foto, preciso de uma foto.” E eu fiz: “Meu Deus do céu, e agora?” “Não, pode mandar.” E eu: “Meu Deus do céu!”
Ela ficou insistindo acho que uma semana pra eu mandar as fotos, pra ela colocar.
O projeto é reformar um cômodo da casa. Eu ficava olhando pra minha casa e pensava: “O que eu vou mandar? O que eu preciso fazer?” Porque até então, eu achava que eu não precisava. (risos) Eu dizia: “Gente, eu não preciso. Consigo fazer as coisas aqui, aos pouquinhos eu vou fazendo. Meu Deus, o que eu vou mandar fazer, meu pai?” Depois dela insistir muito, acho que umas duas semanas insistindo, eu mandei a foto do quarto dos meus filho pra ela.
P/1 – E qual seria, então, a reforma? O quarto dos seus filhos tinha alguma infiltração? Como ele estava?
R – No meu pensamento era tirar a infiltração que tinha no rodapé [e] colocar uma pintura nova, porque eu tinha colocado uma pintura que achava que era muito forte pras crianças, e colocar uma janela. Falei: “Nossa, está ótimo.” Foi isso que eu pensei, pra eles. Pelo menos, só melhorar a infiltração, porque a minha filha tem problemas respiratórios; [isso] já resolveria muitos problemas aqui em casa. Era esse meu pensamento.
P/1 – E os seus filhos tinham algum problema com isso? Ficavam, por exemplo, gripados? Tinham algum problema respiratório? Você acha que essa infiltração prejudicava a saúde deles?
R – Muito, muito. A minha filha tomava dois tipos de medicamentos, por causa do problema respiratório dela. Fora o problema de alergia que causava nela, o meu filho estava começando a ter problema de alergia também, dentro do quarto. Praticamente, eu vivia em hospital e com inalador em casa, o tempo todo, com eles.
P/1 – E quando você recebeu a informação que tinha sido aprovada sua inscrição, que iria ser feita essa reforma no quarto das suas crianças, como você ficou?
R – Ai, gente! (risos) Nossa, meu Deus, eu não acreditei, até porque na primeira visita eles não deram certeza. Eles falaram: “Eline, tem outras pessoas e a gente vai analisar.” Eu falei: “Tudo bem.”
Eles falaram: “Ah, dá pra mexer aqui na sala.” E eu falei: “Eu não quero mexer na sala, quero mexer no quarto”. E eles: “Mas a gente pode mexer na sala?” E eu falei: “Meu Deus, que povo teimoso!” (risos) Aí coloquei um monte de empecilhos: “Não, não quero mexer aqui. Tem isso, tem aquilo, eu quero fazer outra coisa. Mexe no quarto.” Aí eles: “Tá bom, a gente vai analisar.”
Quando eu recebi a Diana, da nossa [área] social lá, ela falou: “Você está sentada?” “Tô, mas eu queria deitar.” (risos) Aí ela mandou pra mim a planta do projeto e eu não acreditei. Mas eu chorei, meu Deus, eu chorei tanto, tanto! Meu Deus, eu não acreditava que ia ser feito tudo que eu vi na planta.
P/1 – E quando começou a reforma, Eline?
R – Demorou um pouco, porque até ter toda a documentação, pra poder liberar, pra poder juntar todo o pessoal… Foi uma coisa muito voluntária também, junto com outro projeto, então acho que demorou um pouco. Acho que passou um mês pra começar a obra.
P/1 – E ela foi feita em que mês? Foi esse ano, no final do ano passado? Quando foi?
R – A obra começou em maio desse ano, justamente quando eu fiz uma cirurgia no joelho. E justamente quando eu fiz a cirurgia no joelho, começaram a quebrar as coisas, a reformar. Eu falei: “Meu Deus, como é que eu vou andar dentro de casa?” (risos) Mas passou. Foi bom, foi corrido.
P/1 – E você acha que, depois da reforma, quando você viu o resultado… Como é que você e as crianças reagiram?
R – Eu vou falar pra você que, durante a reforma, eu não acreditava. Eu nem acreditava que estava acontecendo e nem acreditava que ia dar certo, porque todo dia aparecia uma coisa diferente e eu ficava: “Meu Deus, esse negócio não vai acabar.” Mas quando disseram assim: “Amanhã você tem que sair de casa, pra gente entregar a casa pra vocês”, aí que começou a cair a ficha de que, realmente, a reforma tinha sido feita.
P/1 – E como foi, pra você e essas crianças, essa reforma durante o período da pandemia, vocês dentro de casa? Vocês tiveram que sair muito? Como foi?
R – Nem dava pra sair. (risos) A gente ficou sem escada por um tempo, não dava pra sair. Até evitava sair, pra poder não ter transtorno pra entrar, depois. Mas não foi fácil, não é fácil. Eu acho que não foi fácil pra mim ter um monte de gente em casa no meio da covid e também não foi fácil pra eles fazerem a obra com pessoas dentro de casa.
P/1 – E pensando agora no resultado, Eline, quais você acha que foram as mudanças mais importantes que essa reforma trouxe pra vocês, no bem-estar, no conforto? Diga como ficou depois.
R – Com certeza o conforto e o bem-estar, porque só tem um mês de reforma, mas não vejo meus filhos espirrando, não vejo tossindo. O bem-estar deles é outra coisa, a saúde deles, em um mês, mudou completamente. É inacreditável. E psicologicamente mudou muito, a gente se sente mais seguro, porque a gente tem um teto, de verdade.
P/1 – Então você acha que a reforma teve um impacto direto na saúde das crianças?
R – Imediatamente. É incrível. Eu fico olhando e eu percebo, fico olhando como a alergia deles diminuiu em diferença de um mês. Terminou a obra, a gente veio pra casa; até ontem, em um mês, não vejo minha filha com aquelas crises que eu precisava estar com ela no inalador.
P/1 – E nesse tempo você acha que também reduziu a ida aos hospitais? A saúde também do seu filho, que você falou que ele estava começando a ter alergias também...
R – Sim, tanto que eu tenho uma consulta com a pediatra, pra retorno, com um monte de exames que fiz antes e agora, há pouco tempo. Não parece que eles tinham aquela doença toda da alergia, de problemas respiratórios, não parece. O que a impermeabilização mudou a minha vida em casa, os meus filhos conseguem mostrar isso.
P/1 – E você pretende realizar futuramente alguma outra reforma, na sala, por exemplo? Você tinha comentado que eles queriam reformar a sala e não o quarto. Você pensa em mudar alguma coisa no futuro, fazer alguma reforma?
R – O projeto era fazer o meu quarto, era esse o meu sonho - quer dizer, o quarto deles. (risos) A Vedacit fez a casa toda. Ela fez meu quarto, que eu não tinha; ela fez uma lavanderia; ela fez minha sala, minha cozinha, minha área de lazer; a escada da minha casa; minhas gramas, eu não tinha, minhas plantinhas. Fez o quarto dos meus filhos e meu banheiro.
P/1 – Então, na verdade, foi uma reforma da casa toda?
R – Eles fizeram tudo, tudo. Eles fizeram a casa inteira. Tudo: porta, janela, essa pintura aqui atrás foram eles que fizeram. Aquela _____ (33:49) aqui em cima, foram eles que colocaram. Pintura, os móveis, as portas, as janelas, a impermeabilização, a Vedacit fez.
P/1 – Então, na verdade, foi uma outra casa, né? Você está morando, praticamente, em uma outra casa.
R – Se você olhar a casa antes, você não acredita. Exatamente isso: tiraram você de uma casa e colocaram você em outra casa. Ninguém acredita.
P/1 – E, pra você, agora que já passou por isso, qual você acha que é a importância de uma casa salubre, para a vida de uma família?
R – O engraçado é que sempre falei isso pros clientes: que eles precisavam ter um ambiente saudável, pra conseguirem continuar a viver saudáveis. Não necessariamente uma alimentação saudável, mas o bem-estar que ia causar. E até então eu achava que eu tinha uma vida saudável. (risos)
É incrível como muda a sua estrutura do corpo, de saúde mesmo. Você já começa a respirar melhor, começa a dormir melhor. Na sala você não fica espirrando, não fica tossindo. Nossa, é muito bom. Os móveis não se desgastam com facilidade, aqui em casa, mas é outra visão da impermeabilização numa residência. É outra casa.
P/1 – E, mudando um pouco de assunto, como foi pra você, ser mãe?
R – Olha, na minha adolescência, eu não queria ser. (risos) Eu dizia que eu nunca ia ter filhos, mas aí eu tive o primeiro e foi maravilhoso.
Eu falo que é difícil, não é fácil, mas é maravilhoso. É muito bom, é o amor de verdade. O amor que a gente imagina que a gente sabe, a gente só sabe quando tem filho.
P/1 – Quais os nomes dos seus dois filhos e a idades deles, Eline?
R – Mateus, que é o mais velho, tem treze anos. Mateus Costa e Melissa Rosa, que tem dez anos.
P/1 – Quais são as coisas mais importantes pra você, hoje em dia?
R - Hoje são meus filhos, a primeira coisa mais importante são eles. E depois a minha saúde. Ah, eu só tenho essas duas coisas. (risos)
P/1 – E quais são seus sonhos pro futuro, Eline?
R – Ah, eu ainda quero realizar meu sonho de infância, tentar ser engenheira.
P/1 – Tá certo, nunca é tarde pra sonhar, né? E tem alguma coisa que você gostaria de falar, que a gente não abordou aqui nesse bate papo?
R – O que foi abordado foi muito bom. Lembrado, falado de uma forma muito leve. É que eu sou chorona. (risos). Mas foi muito bom!
P/1 - Acontece com várias pessoas. Fique tranquila, você não é a única.
Agente vai pra nossa última pergunta, Eline: como foi pra você contar a sua história de vida pra gente, hoje?
R – Um pouco estranho. Eu nunca contei nada pra ninguém, só contei história de livros, mas que seja um incentivo pra quem ouvir, não desistir. Ter fé, acreditar e não parar.
P/1 – Então, a gente agradece, eu agradeço em nome do Museu da Pessoa o seu depoimento. Foi muito legal conversar com você hoje, Eline!
R – Legal, eu também amei.Recolher