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História
Personagem: Gilson do Rego
Por: Museu da Pessoa, 15 de julho de 2016

Mercado do Zico

Esta história contém:

Mercado do Zico

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Gilson do Rêgo, bairro São Pedro, nove de fevereiro de 1956. [Mais conhecido como] Zico porque era muito piruleta quando era moleque.

Minha casa de infância era de pau a pique, tinha daquelas telhas grandes que a minha vó falava que os escravos faziam na coxa, o molde das telhas de barro era… Tinha um molde que fazia nas coxas, assim, punha o molde e fazia nas coxas. E casinha de barro, humilde e telhado. Tinha dois quartos, sala, cozinha, banheiro, chão batido, a sala era mais sofisticada que era assoalho. Tinha uma casa de farinha, também, farinha de mandioca, tinha forno à roda, coxo, e os tipiti, né, enfim, a prensa para prensar a farinha de mandioca, fazer a farinha de mandioca. Tinha a roca, tinha milho, a gente ralava, fazia o cuscuz, fazia polenta, plantava feijão também, tinha feijão. Meu pai tinha uma criação de porcos, também, chegou a ter 35 porcos assim. Galinha, tinha galinha também no sitio, era farta a infância. E eu ajudava ralando a mandioca, embrulhava o milho pras galinhas, pra criação que tinha, ralava o milho, limpava as mandioca pra ralar, minha vó ralava na roda pra fazer a farinha de mandioca.

O fundador [do mercado] foi o irmão da minha vó, né? Aí, ele faleceu, ficou para o meu pai de criação, seu Santinho. O seu Santinho era enfermeiro aqui, era barbeiro, entendeu? Ele fazia os remédios, pessoa tinha muito problema desses borrachudos, fazia umas feridas do borrachudo, ele fazia umas pomada e curava os borrachudos, dava injeção no pessoal, entendeu? E depois, eu assumi o comércio.

os produtos vinham de barco, de Santos, querosene, sabão e sal. Sal pra quê? Sal pra salgar o peixe e fazer o tempero. Sabão usar pra lavar a roupa, né, e o querosene para iluminação, para as lamparinas. Era os três básicos que vendia no armazém. E fumo de rolo. Tinha que ter o fumo de rolo pro pessoal fumar. Vinha tudo de barco, do porto, a gente carregava tudo até aqui. as costas (risos). Nós subíamos já quase...

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No mercado

Dados da imagem Zico e clientes no mercado. Baiano (Vanderlei de Souza) e morador do bairro de São Pedro; Cebola, tem casa no Veloso mas é morador de Santos; e Alfredo, morador de São Paulo que também tem casa no veloso.

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Gilson do Rego

História:
Mercado do Zico

Tipo:
Fotografia

Zico e clientes no mercado. Baiano (Vanderlei de Souza) e morador do bairro de São Pedro; Cebola, tem casa no Veloso mas é morador de Santos; e Alfredo, morador de São Paulo que também tem casa no veloso.

História de pescador

Dados da imagem Zico com a garopa de 7 quilos, pescada no Porto do Frades com o sobrinho (ao fundo), na lanchonete do Zico.

Período:
Ano 1998

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Gilson do Rego

História:
Mercado do Zico

Tipo:
Fotografia

Zico com a garopa de 7 quilos, pescada no Porto do Frades com o sobrinho (ao fundo), na lanchonete do Zico.

Casa de caiçara

Dados da imagem Na casa de Sergio. Mario Sergio Oliveira, Cristiano, Renato (com a bola), e Zico. Maikon e Larissa (filha de Zico), crianças.

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Gilson do Rego

História:
Mercado do Zico

Tipo:
Fotografia

Na casa de Sergio. Mario Sergio Oliveira, Cristiano, Renato (com a bola), e Zico. Maikon e Larissa (filha de Zico), crianças.

Inauguração do asfalto

Dados da imagem Na lachonete, com o ex-governador Mario Covas. Final da avenida Pacheco do Nascimento e início da avenida Mario Covas Jr.

Período:
Ano 1996

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Gilson do Rego

História:
Mercado do Zico

Tipo:
Fotografia

Na lachonete, com o ex-governador Mario Covas. Final da avenida Pacheco do Nascimento e início da avenida Mario Covas Jr.

Fachada antiga

Dados da imagem Quando ainda tinha lanchonete no mercado. O início das atividades da lanchonete foi em 1989/90 e ela funcionou até os anos 2000, quando Zico decidiu aumentar o mercado.

Local:
Brasil / Ilhabela - Sp

Imagem de:
Gilson do Rego

História:
Mercado do Zico

Tipo:
Fotografia

Quando ainda tinha lanchonete no mercado. O início das atividades da lanchonete foi em 1989/90 e ela funcionou até os anos 2000, quando Zico decidiu aumentar o mercado.

Dados de acervo

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P/1 – Beleza seu Zico, boa tarde.

R – Boa trade.

P/1 – Primeiro, eu gostaria de agradecer de você ter aceitado o convite para essa entrevista. E pra gente começar, eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Gilson do Rêgo, bairro São Pedro, nove de fevereiro de 56.

P/1 – E como é que você ficou com esse apelido?

R – Zico porque era muito piruleta quando era moleque (risso).

P/1 – E fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Severiano de Alcindo do Rêgo e Regina Cesar do Rêgo.

P/1 – E conta pra gente, da onde que eles eram? Onde que eles moravam?

R – Meu pai era do Veloso, bairro do Veloso, e minha mãe é nascida aqui, no São Pedro.

P/1 – E o que você sabe da origem da família deles, dos seus avós?

R – Meus avós eram descendente de espanhol.

P/1 – Todos os dois?

R – Todos dois.

P/1 – E como que eles vieram parar aqui na Ilhabela?

R – Eu acho que por intermédio dos navios. Os imigrantes, já.

P/1 – E o que os seus pais faziam?

R – Meu pai trabalhava na roça, minha mãe também trabalhava na roça. Depois, meu pai, pescador, depois meu pai passou a ser funcionário público do DR [Departamento de Estradas e Rodagens].

P/1 – E você tem irmãos?

R – Tenho. Gerássimo do Rêgo, mora em Guarujá (SP), Maria do Rosário do Rêgo, mora no bairro do Veloso.

P/1 – São vocês três?

R – São três.

P/1 – E você tá em que lugar dessa escadinha?

R – Eu sou o terceiro.

P/1 – Conta pra gente como é que era a sua casa de infância.

R – Minha casa de infância era de pau a pique, tinha daquelas telhas grandes que a minha vó falava que os escravos faziam na coxa, o molde das telhas de barro era… Tinha um molde que fazia nas coxas, assim, punha o molde e fazia nas coxas. E casinha de barro, humilde e telhado. Telhado era a telha dos escravos que eles faziam as telhas.

P/1 – E como é que era lá dentro da casa, assim?

R –...

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