Facebook Info Ir direto ao conteúdo
História
Por: , 12 de janeiro de 2010

Marronzinho: o herói oculto

Esta história contém:

Marronzinho: o herói oculto

Vídeo

Eu era bem pequenininho e tenho os flashes. Eu cheguei a fazer a alfabetização com uma professora particular, de origem japonesa, que ficava ali na Avenida Águia de Haia. Lembro que a disciplina era um pouco mais rígida. E eu, claro, com seis anos, não parava quieto! Lembro até hoje que fiquei de joelhos, de castigo, porque estava perturbando a aula, porque ela dava aula em uma sala com várias crianças de níveis diferentes. E eu, por ser um garoto muito ativo, naquela época já merecia castigo por falação. Quando eu era menor, ficava na casa da minha tia-avó Aparecida Ruiz Cano enquanto minha mãe ia trabalhar... O meu apelido lá era tira-sono. “Ih, chegou o ‘tira-sono’”, ela falava, com aquele sotaque espanhol. Talvez pela entrevista vocês percebam que eu a-do-ro falar!

Em torno da Avenida Rui Barbosa, que hoje é Águia de Haia, havia uma chácara enorme de plantação de verduras com colonos japoneses que arrendaram o local. E nós crescemos por ali. Então, você imagina, com tanto espaço, o que não faltava era criança. Ali você podia brincar de rodar peão, tinha espaço pra isso, você batia figurinha, jogava bolinha de gude de tudo quanto era jeito, paulisteca, boxe, que era o buraco. Futebol pra todo lado. Pipa, então, era uma guerra! Era de morro pra morro, a turma da chácara contra a turma da Águia de Haia, a turma do Coimbra. E era um festival de pipas que você olhava pro céu e você não acreditava, você perdia a conta. E quando chegava época de festa junina, era uma fogueira a cada quarteirão. E você perdia a conta, você não via quantos balões tinha no céu naquele período. Era dia e noite, balões você via de tudo quanto era jeito ou formato, porque cada um desafiava, as equipes da região, Itaquera, Coimbra, Jardim Nordeste, Jardim São Nicolau, Três Marias, Ponte Rasa, São Miguel, Vila Ré, Artur Alvim, A. E. Carvalho, Jardim São Paulo, que é, no caso, ali dentro de Itaquera, Cidade Líder, toda aquela...

Continuar leitura
fechar

A travessia

Garoto atravessa a rua em frente à um ônibus da linha Cidade A. E. Carvalho - Penha. Fotografia tirada no ponto final, localizado na Praça dos Professores, no bairro Cidade Antônio Estêvão de Carvalho.

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

O radialista

Gerson Ruiz dos Santos (tio do Geraldo) em um dia de trabalho no Estúdio da Rádio Divulgadora, na Cidade Antônio Estêvão de Carvalho.

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Rainha do futebol

Primeira vez em que Odila Ruiz dos Santos (mãe de Geraldo) conquista o título de "Rainha do Urca Futebol Clube". O clube foi fundado por Gerson, tio de Geraldo.

período: Ano 1959
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

A felicidade da noiva

No dia de seu casamento, Odila Ruiz dos Santos e Geraldo Garducci (pais de Geraldo) posam em meio à José Rodrigues e Carmem Ruiz dos Santos (avós de Geraldo).

período: Ano 1959
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

O marronzinho

Fotografia de Geraldo durante o seu trabalho na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), enquanto registrava um acidente de trânsito no Paraíso, bairro paulistano.

período: Ano 2001
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Trabalho manual

Ao lado de Geraldo e do seu cachorro Blake, Carmem (avó) fabrica uma colcha artesanal.

período: Ano 1969
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Mercearia São José

Avós de Geraldo em meio à clientes de seu próprio bar, a Mercearia São José, localizada na Av. Águia de Haia.

local: Brasil / São Paulo / São Paulo

Bodas dos avós

Geraldo, Gisela e Rodrigo em uma fotografia tirada na casa da família em comemoração às bodas de ouro dos avós.

período: Ano 1983
local: Brasil / São Paulo / São Paulo

Casamento no Horto

Casamento de Geraldo e Cristina (ex-esposa), realizado no Horto Florestal.

período: Ano 1987
local: Brasil / São Paulo / São Paulo

As três gerações

Geraldo (pai), Geraldo e Gabriel (filho) em comemoração do aniversário de um ano da criança. A festa foi na casa de Geraldo em Mandaqui, bairro da Zona Norte de São Paulo.

período: Ano 1992
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
Palavras-chave:

Família em Penápolis

Fotografia da família na casa da mãe de Geraldo, em Penápolis. Esq.-dir.: Geraldo, Noemia (esposa), Gabriel (filho mais velho), Maiara (filha) e João Luis (enteado).

período: Ano 2005
local: Brasil / Rio De Janeiro / Penápolis
Palavras-chave:

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Geraldo, a gente começa perguntando o nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Geraldo Garducci Júnior, eu nasci no dia 24 de setembro de 1961, na Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Vivi praticamente a vida toda nessa cidade de São Paulo, tive algumas mudanças de residência para o interior de São Paulo e periferia, mas o principal foi aqui mesmo.

P/1 – Vamos voltar um pouco antes, no nome de seus pais e a atividade deles.

R – O nome da minha mãe é Odilia Ruiz dos Santos, ascendência espanhola. O meu pai, Geraldo Garducci, ascendência italiana. Meus pais nasceram no interior. Por parte de mãe, os meus avós eram Carmem Ruiz dos Santos e José Rodrigues dos Santos. A minha avó, descendente de espanhóis, também. O meu avô é baiano, conhecido na região, inclusive, como “baiano testa chata”, fala grosso. Por parte de pai, ascendência italiana, é o meu avô João Garducci e a minha avó, falecida, eu não a conheci, ela faleceu bem antes de eu ter nascido, chamava Dolores Colombari. Por conta disso, inclusive, eu estive há poucos dias no Museu da Imigração, porque eu me interessei em procurar a data de chegada deles. Estou para ir lá a qualquer momento pra fazer isso, que é uma pesquisa. Já fui uma vez para conhecer, tentar buscar esses fatos, mas havia um horário diferenciado e vou ter de voltar novamente no horário certo pra pedir a pesquisa pra eles. Eu sei que os meus avós, por parte de mãe, que eu tenho a ligação maior, vieram pra capital e nessa época eu sei que o meu avô, o José Rodrigues, conseguiu um trabalho na cozinha do Banco Brasileiro de Descontos, Bradesco, na Rua XV de Novembro. Posteriormente, acho que por conhecimento, ele conseguiu que minha mãe trabalhasse lá também como escriturária, ela trabalhava na tesouraria. Numa época em que acho que não existia tanto temor pela segurança. Ela me levou pra conhecer o cofre interno do banco, aquelas coisas que só aparecem...

Continuar leitura

Título: Marronzinho: o herói oculto

Data: 12 de janeiro de 2010

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Thiago Majolo
Entrevistador: Breno Alves

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Essa história faz parte de coleções

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios