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Personagem: José Bernardo Pessoa
Por: Museu da Pessoa, 6 de outubro de 2007

Maracatu: a brincadeira de Mestre Zé Duda

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Maracatu: a brincadeira de Mestre Zé Duda

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A minha infância em Buenos Aires (mas essa não é Buenos Aires lá de fora, é daqui do interior mesmo) foi muito boa. No começo até que eu pensei que não. Mas graças a Deus, quem pensa em Deus tudo tem. Sempre eu tive o sonho de alguma coisa. Eu nunca saía de casa porque eu era privado, a minha mãe não deixava. Me deram o tempo para estudar, eu não quis. Não quis. Lutaram para mim estudar, eu digo: "Eu não quero aprender ler." "O que é que você quer?" Eu digo: "Eu não quero nada." Foi depois botei na cabeça de acompanhar maracatu. Mas ela não deixava eu sair de casa para ir olhar maracatu.

Mas um dia e teve um maracatu distante da minha casa e eu fui dormir. Quando eu acordei uma faixa de 10 horas da noite eu vi tocando, a zuada pelo mundo. Eu abri a porta devagarzinho, saí, fechei, joguei a chave por baixo, fui embora. Quando eu chego no maracatu estavam dois mestres sambando. Cheguei entre um e outro fiquei. E ali só saí quando terminaram de manhã. Eu decorei tudinho no juízo. Quando eu cheguei em casa estava tudo brabo me procurando, porque eu não estava em casa. A rede estava armada mas eu não estava. Aí me procurando, aí vou chegando. Já com medo de apanhar. Porque a véia era malvada para mim. "Você estava aonde?" Eu digo: "Eu estava no maracatu." "Sozinho?" Eu digo: "Não, estava meio mundo de gente e eu estava no meio." "Isso é bonito?" Eu digo: "É bonito e eu sei cantar." Aí disse: "Sabe nada, meu filho." Eu digo: "Eu sei, eu sei cantar." E fiquei com aquilo no juízo: "Eu sei cantar o maracatu." Pela tarde lá nesse lugar ia ter maracatu novamente. Tomei um banho, tomei um cafezinho, me deitei mas não pude dormir, choqueado. Pedindo a Deus que chegasse meio-dia para eu ir para lá. E pedindo a Deus ela deixar eu ir. Pai, deixa eu ir." Ele disse: "Eu quebro o galho, vá-se embora." Quando eu fui saindo ela me freiou: "Prá onde?" Eu digo: "Eu vou para o maracatu." Ela disse: "Ó o dedinho." "O pai deixou."...

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