IDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento Meu nome é Anderson Cavalcanti Reis. Eu nasci em Belo Horizonte no dia 01/10/1971.
TRABALHO Ingresso na empresa/Trajetória profissional Eu estou na Companhia há um ano e meio. Eu entrei após três processos seletivos. É muito ...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento
Meu nome é Anderson Cavalcanti Reis. Eu nasci em Belo Horizonte no dia 01/10/1971.
TRABALHO Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu estou na Companhia há um ano e meio. Eu entrei após três processos seletivos. É muito difícil entrar na Companhia. Ela exige bastante de cada um que está aqui. Você tem que estar na Companhia porque quer, porque a partir do momento que você entra, você tem que se dedicar, sempre, sempre, sempre. Sonhar grande faz parte do nosso dia-a-diya.
Eu trabalho como Técnico em Segurança do Trabalho. Trabalho aqui garantindo a saúde e a integridade física dos trabalhadores. É muito importante.
Eu só conhecia a AmBev por nome. Eu já vinha de uma empresa grande e falei: “É um desafio enorme pra qualquer profissional”. Troquei o certo pelo duvidoso e estou aqui até hoje. E na AmBev é assim, a gente tem que sonhar grande e imposível. É o que sempre falam pra gente.
Eu queria alguma coisa melhor pra mim e fiquei sabendo da oportunidade na AmBev. Enviei um currículo via e-mail e me convidaram a participar do processo seletivo. E, quando eu fui, já tinham ocorrido outros dois processos. Eu pensei: “Que empresa é essa que ninguém entra? Que desafio é esse que estão colocando? Vou lá, vou tentar”. E a AmBev é isso. A gente é muito espontâneo naquilo que faz. Tem que ser muito objetivo, muito rápido. Funciona assim. As coisas giram muito rápido aqui na AmBev. As pessoas que estavam recrutando eram pessoas bem qualificadas também. Enxergaram isso e eu vim pra cá. Comecei meu trabalho como terceiro, mas já sabendo que não podia ficar. Eles foram bem transparentes. Eu achei bacana também a transparência no negócio. E eu pensei: “Não, vou ficar, vou trabalhar”. Trabalhei muito e eles gostaram. Eu também trabalho de forma natural, não forço nada a acontecer. Continuei naquele ritmo que eu entrei até hoje. Não modifiquei nada. E aí vai, tocando o barco.
Quando meu contrato estava terminando - já tinha ficado noventa dias e depois foi renovado mais trinta - eu já sabia que esse era o prazo máximo. Aí o Gerente me chamou e falou que eu seria efetivado. Foi uma alegria enorme. Cheguei em casa até pulando, batendo a cabeça no teto de alegria. Eu não tinha esperança nenhuma de... esperança sim, acreditava que ia ficar, porque estava trabalhando na Companhia. Mas quando a pessoa te chama e reconhece o seu trabalho, nossa, é muito gratificante. Não tem dinheiro nenhum que pague isso: o reconhecimento do trabalho bem feito. E foi um grande desafio, porque não existia espaço, não existia vaga. Eles viram necessidade e falaram: “Vamos ficar com o cara”. Eu acho que as pessoas, desde o processo seletivo até a contratação, enxergaram bem isso. E até hoje a gente trabalha usando o tanque reserva também. Isso faz parte. O combustível acabou, mas usa o tanque reserva. Você tem que ter sempre uma sobra de energia. A AmBev é isso. Mas compensa, eu acho recompensador.
Ah, o meu dia a dia é ótimo, primeiro porque eu faço o que gosto neste trabalho. E, principalmente, quando a gente trabalha feliz, obtém o sucesso bem mais rápido; fica bem mais curto o caminho pra você obter seu sucesso. Eu entrei aqui como terceiro, pra ficar apenas noventa dias, e sabia do risco de continuar ou não na Companhia. Aí eu trabalhei de forma muito natural. Trabalhei bastante, como eu trabalho ainda. E estou aqui até hoje na Companhia.
MUNDO DO TRABALHO Cotidiano de trabalho
Eu cuido da segurança dos funcionários. Em primeiro lugar: garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. E segundo: estar mapeando e resolvendo os problemas relacionados às condições inseguras na fábrica, situações no ambiente de trabalho que podem desencadear acidentes. Então, nós tempos que trabalhar de forma preventiva, acima de tudo. Nosso trabalho é mais de prevenção.
O trabalho preventivo nada mais é do que antecipar os fatos. Ou seja, se você tem uma situação de risco na área e você conhece essa situação de risco, você tem que primeiro... Aqui na Companhia nós temos ações para garantir que sejam tratadas as condições inseguras nas áreas, que é uma prioridade da Companhia também.
Como que funciona hoje a AmBev? Voltando à área de segurança, a AmBev se preocupa tanto com as pessoas que nós realizamos aqui, a cada dois meses, uma visita de familiares na fábrica. As pessoas querem saber como é o ambiente de trabalho na AmBev, como é fabricado o produto, como é envasado. E aí, essa visita de familiares, funciona assim: as pessoas que fazem aniversário nos meses de maio e junho, por exemplo... faz-se um sorteio. As pessoas que fazem aniversário e trabalham na fábrica podem convidar seus parentes para visitá-la. Tem uma festinha de aniversário também. E a gente leva os familiares em toda a fábrica pra conhecer mesmo a fundo. As coisas são muito claras aqui na AmBev. E as pessoas, sempre que saem daqui, saem encantadas. Depois dessa visita na fábrica, tem uma confraternização na área de lazer com uma festinha. Não só os aniversariantes, mas todos os colegas acabam vindo, interagindo. É sempre uma festa, uma alegria muito grande.
UNIDADES DE PRODUÇÃO Juatuba
Nós temos aqui, mais ou menos, 520 funcionários próprios. E, somando os terceiros, deve dar em torno de 580 pessoas. Nós trabalhamos em três turnos, praticamente direto. Tem só as trocas de turno e aí vai direto, não pára. Não existe aquela pausa de troca de turno. Chega um, vai pra sala de troca de turno, onde tem o lema de segurança, e fala-se sobre o andamento da linha. Isso tem que ser falado todos os dias. Eles lêem todos os tópicos do lema, comentam se houve alguma ocorrência, incidente ou acidente na área, e aí, quem fica, pega o caderno, assina, e volta pra linha. Aí começa a segunda jornada.
A maioria das pessoas é da região de Juatuba, Mateus Leme, Azurita, Belo Horizonte também. Tem bastante gente de Belo Horizonte, mas a maioria é de Itaúna e Azurita.
Aqui nós trabalhamos com a linha de retornáveis da Brahma, Skol, Antarctica e Original. E temos uma linha de latas, que é uma linha mista, onde roda cerveja e refri. São nossos “top” de linha aqui.
CULTURA DA EMPRESA Valores
A Companhia preza pela mesma segurança e igualdade independente da pessoa ser terceira ou própria. É por isso que eu estou aqui: pela igualdade. Eu acho que ela preza muito isso. Então eu vejo que o tratamento que nós temos para os funcionários próprios são os mesmos que para terceiros, não existe diferença. A preocupação é igual pra todos. Porque em alguns lugares é comum você ver essa diferença.
A gente tem que ser muito pró-ativo. A AmBev fala isso. Eu aprendi muito aqui. Se você iniciar um trabalho, termine. Porque se você não terminar, você perde o foco. Você tem que trabalhar focado naquilo que está fazendo. Começou? Termina. E a gente aprende assim. Não é porque é AmBev, mas a cada dia que passa a gente aprende coisas novas. Eu trabalho por prazer aqui.
A Companhia incentiva e motiva os funcionários. Não só em questão de benefícios, mas o dia-a-dia aqui é muito bom. A nossa Gerência é bem flexível. Todos eles trabalham da mesma forma, você vê que é nivelado. Você tem seu banco de horas, mas você folga. Isso é muito respeitado. As férias aqui são de no mínimo trinta dias. Então isso tudo agrega valores pra gente, como empregado, e vê a Companhia de outra forma também. Isso já é um ganho pra gente e em termos de qualidade de vida também, porque você pode ficar com a sua família um tempo maior. E isso ela respeita. Ela não tem aquele negócio de: “Dos trinta dias de férias, vão ficar só quinze.” Não, é trinta dias no mínimo. Isso é bom.
A Companhia preza primeiro a segurança das pessoas. Depois vem a qualidade dos produtos... É segurança, qualidade e produtividade. Como eu falei, a segurança das pessoas estará sempre em primeiro lugar. Depois vem a qualidade do produto, depois vem a produtividade. Nós, como Técnicos da segurança ou membros da CIPA, nós temos total autonomia de parar máquinas e equipamentos. Isso já aconteceu aqui, de parar uma linha de produção, e que em outras empresas não acontece. Aqui é respeitado. Se não houver condição e o trabalhador estiver exposto a algum risco, você parar o equipamento. Claro, que comunicando aos responsáveis legais da Companhia. Primeiro: se tem risco de acidentar, pára mesmo. Não tem esse negócio. Nós temos total autonomia do Gerente Fabril e do Gerente de Segurança Corporativa. E os treinamentos que nós sempre participamos fora da Unidade, agrega muitos valores também. Você passa a ter uma visão prevencionista muito maior. Então, você traz aquela bagagem rica lá de fora para dentro da Companhia. E isso ajuda bastante a gente no dia-a-dia. Passamos a ter uma visão muito maior, bem mais aberta sobre seu trabalho, que é um trabalho bem preventivo.
Por que nós trazemos os familiares aqui? Para mostrar pra eles que é importante usar EPI - Equipamento de Proteção Individual. Não pode ficar sem os óculos na área, não deixar de usar luvas. Porque, na parte de retornáveis, o vidro corta. Se ficar sem luvas, sem óculos, o risco é muito grande de acidentar. Então, é uma forma que a Companhia adotou de mostrar também o outro lado. É comum você sair do treinamento e a esposa ou o filho falarem: “Pai, usa a luva, usa o óculos. É perigoso.” Eu acho que eles têm essa noção. Eu acho que a família é a base de tudo. Então a gente quer aproximar a família da empresa e mostrar pra eles o que que a gente faz aqui dentro, qual a atividade que a gente exerce. E também é um prazer a pessoa mostrar pra família o que ele faz, com muito orgulho, seja qual for a função exercida aqui dentro.
O recado que eu deixo para os nossos colegas é de evitar acidentes, não cometer atos inseguros, usar todos os EPIs. Isso eu acho importante. A Companhia investe muito na área de segurança e acredita no potencial de cada um. O desejo dela é que cada um venha trabalhar e retorne sem nenhuma lesão, sem nenhum acidente. As pessoas tem que se conscientizar disso. Nós queremos muito chegar ao acidente zero. É nosso sonho. Estamos trabalhando duro pra isso e chegaremos lá.
PROCESSOS INTERNOS DA EMPRESA Responsabilidade Social
Passa um rio, um ribeirão ao redor da fábrica. E ela capta essa água para seu uso interno, para fabricar seus produtos. Mas a água é devolvida ao meio ambiente melhor do que foi quando foi captada. Existe uma preocupação muito grande em relação a isso, do que ela está pegando da natureza e devolvendo. A nossa área de meio ambiente é bem rígida no quesito de descarte. Se houver um descarte, a ETE tem que ser comunicada. Existe todo um procedimento. E isso é cumprido. A Companhia trabalha com padrões internos, então nós seguimos essa linha, pra todo mundo chegar no objetivo lá na frente sem acidentes, sem problema nenhum. Ela é uma Companhia diferente. As nossas metas são totalmente coletivas. Não é aquela Companhia em que cada um faz a sua parte e pronto. Através do PEF, que é o prêmio de excelência fabril, a Companhia busca unir todos os setores, ou seja, todo mundo junto buscando um só objetivo. E todo mundo tem sua meta. Então, a gente tem que tomar todo cuidado. As pessoas que trabalham na operação, que manuseiam produtos químicos, precisam informar como que vão descartar esse produto.
Tudo é muito controlado. Todo mundo fala: “Na AmBev falamos uma língua só.” A gente sabe mais ou menos o que o outro faz. Isso é importante. Não existe: “Você não precisa saber da minha atividade porque eu tenho medo de você ficar no meu lugar”. Pelo contrário, a gente tem o maior prazer de passar pras pessoas o que nós fazemos, qual a nossa atividade diária. E da mesma forma é com o outro setor. A gente aprende assim. Porque é comum uma pessoa de uma área passar pra outra, por uma questão de promoção, ou por uma questão do cara, por exemplo, se identificar melhor com aquele setor. Não quer dizer que se você for Técnico de Segurança hoje vai ficar a vida toda no mesmo cargo. Pelo contrário, ela dá muita oportunidade de crescimento pras pessoas. Isso é muito bom. A gente cresce muito rápido aqui.
TRABALHO Momentos marcantes
Com menos de um ano de Companhia, houve um problema numa linha e eu tive que pará-la. E foi uma decisão difícil, porque em outras empresas, se você fala em parar a linha de produção, obviamente que é demissão. Eu falei: “Não, vou parar porque não tem condição.” E pensei: “Se mandarem embora, fiz meu trabalho. Estou consciente daquilo que fiz”. Prefiro fazer assim, não ser omisso, nem negligente. Então parei. Esperei dar manutenção, colocar as proteções e só saí do posto de trabalho após a máquina estar 100%. Comuniquei toda a gerência, toda a supervisão, todo mundo que era de interesse. Foi realmente uma decisão difícil mas é que a AmBev põe muito na gente. A gente tem que ter audácia, coragem, sonhar grande e impossível. A gente ouve falar muito nisso e a gente faz isso no dia-a-dia sem perceber. E nesse desafio que a gente tem no dia-a-dia é que vê do que é capaz. Isso está na cultura da empresa, as pessoas acreditam no seu trabalho. Isso é importante: as pessoas acreditarem. A partir do momento em que nosso colega acredita no nosso trabalho, fica mais fácil. O trabalho seu fica mais fino, mais requintado.
PROJETO MEMÓRIA VIVA AmBev Importância da história/Importância dos depoimentos
Esta fábrica é de 1971. E um dia desses eu vi uns colegas nossos mexendo nos arquivos. Eu entrei no arquivo, e comecei a ler alguma coisa da AmBev. Pô, só tinha esse prédio, não existia Juatuba em si. Era mato, terraplanagem, aquela coisa toda. Então é bonito ver o processo de construção da fábrica. É uma coisa que até emociona. A gente que está começando aqui, pensa: “1971. Como é que construíram um prédio desse tamanho?” É um prédio alto, grande. Você entra lá dentro hoje e é um prédio até bem luxuoso, confortável, pela época. Com elevador, tudo bacana. Falei: “Gente, isso aqui quando construíram devia ser um luxo, né?” Então, a AmBev está sempre tocando e renovando seus equipamentos. A gente não tem nada obsoleto, é tudo moderno. E aí a gente vê a evolução. A gente vê os recortes de jornais e é muito interessante. Eu acho bacana fazer construir um acervo. É importante você saber a cultura e o passado de onde está. Nós temos o nosso passado e por que não a empresa na qual trabalhamos? Então é interessante. É bonito ver isso e entender o processo de evolução. Eu tive o prazer de ver esse acervo de documentos. É muito bonito. Eu li muito. É até emocionante ler a história. Quantas pessoas que trabalharam aqui e já se aposentaram Ou, às vezes, não estão mais entre nós, mas contribuíram para o crescimento da Companhia. É muito bonito esse trabalho de vocês.
PROGRAMAS DE QUALIDADE Projeto Fênix/Programas de Excelência
Eu acho que é um desafio enorme saber que você não ia ficar e ficou. Teve um ano, acho que de 94 pra 95, que teve o PEF, que é o Plano de Excelência Fabril, e eu via o pessoal comemorando e pulando na maior alegria, recebendo um bônus bom. Eu aplaudi também. E no ano seguinte eu tive o prazer de estar lá também, junto com as pessoas, na mesma alegria, compartilhando, sendo funcionário da AmBev. É muito bom. Dá orgulho de trabalhar na AmBev.
ENTREVISTA Avaliação
Achei normal dar a entrevista. Como eu trabalho muito com pessoas lá embaixo, é comum. Às vezes o pessoal pergunta como é a atividade da gente, o que a gente faz no dia-a-dia. Então, às vezes, eu também vou pras outras áreas e pergunto pra eles: “Vem cá, como é que você faz as suas atividades?” “Por que que você faz assim?” Eu também aprendo com eles. Adoro aprender as coisas. Estou aqui porque quero aprender. E eles nos ensinam muito, a gente aprende muito. É uma troca de informação que no final desse funil é muito bom. Você já sabe chegar na área, já sabe porque ele faz a atividade daquela forma, porque ele está fazendo daquele jeito, porque não está realizando, porque a máquina parou. Você já tem esses porquês na ponta da língua. Você já não tem muita dúvida sobre o processo de trabalho. Ou, às vezes, se eles estão com dificuldades também, eles vêm até a gente. E a gente, quando está com dificuldade, recorre até à operação, supervisão, gerência. Mas é muito tranqüila a fábrica. Muito boa.Recolher