Fazenda de Nelson Ângelo, que Bituca gravou no álbum Gerais, me remete aos tempos de infância no sul de Minas. Quando passava agradáveis momentos nas fazendas de nossos tios e amigos. A Fazenda “Couro do Cervo”, por exemplo, de nossos saudosos tios, Tia Neta & Dr. Veiga, situada em Carmo da Cachoeira, foi inspiração para a canção “Morro Velho” de Milton Nascimento & Fernando Brant.
Na realização do show conhecido como “Woodstock Mineiro”, ocorrido em julho de 1977, em Três Pontas, no local denominado “Paraíso”, onde íamos freqüentemente desfrutar o visual proporcionado, participei voluntariamente de sua produção. Sob a coordenação de Nelson Motta, fui credenciado como segurança.
Tantas foram às vezes em que tive a oportunidade de estar ao lado destas pessoas maravilhosas e desfrutar do carinho que elas têm por mim. Bituca e Wagner me chamam carinhosamente de “Chiquinho Pretinho”, apesar de eu ser branquinho. Em uma apresentação do Wagner, na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, por volta de 1981, quando estava procurando a minha poltrona na platéia, lá de longe eu ouço uma voz: “Ô Chiquinho Pretinho”, era o Bituca me chamando. O Wagão, então, nem se fala da tamanha atenção que tem por mim.
Por tudo isto, fica difícil dizer qual a obra do Clube marcou a minha vida. Eu diria todas e não só as obras, mas as mensagens que elas transmitem. As convivências que tive com Wagão, Bituca, Fredera, Beto, Lô e muito especialmente com meu guia e irmão do peito Jacaré, foram marcantes no norteamento de minha vida.