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História
Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2008

Falou que não pode, eu quero.

Esta história contém:

Falou que não pode, eu quero.

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Projeto Memórias da Literatura Infanto-Juvenil

Depoimento de Sônia Marta Junqueira

Entrevistada por Thiago Majolo

São Paulo, 25/09/2008

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MLIJ_HV027

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Fernanda Regina

P/1 – Sônia, pra começar a gente sempre pergunta o nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Sônia Marta Junqueira, mas eu não uso esse Marta, eu uso só o Sônia Junqueira, eu não gosto do conjunto. Eu nasci em Três Corações, sul de Minas, dia 19 de abril de 1945.

P/1 – Conta o nome dos seus pais, o que eles faziam...

R – Meu pai é Rui Mendes Junqueira, morreu em 1986, ele era funcionário público. Era pescador, adorava pescar, ir pro mato. Se ele tivesse sido jovem mais pra frente, ele teria sido hippie, ele adorava mato, bicho, essas coisas. Levava muito a gente pra pescar, meu irmão pra caçar. Enfim, era um cara bem da natureza, bem da terra. Então, gente passou a infância muito ligada... Uma vez ele construiu um barco, a gente desfilou pelo Rio Verde, e esse Rio Verde forma três corações em volta da cidade. A gente navegou pelo Rio Verde, ele montou um trono pra mim, era engraçadíssimo. Ele era bem doido. Às vezes ele acordava a gente no meio da noite porque ele ia caçar rã, aí trazia aquela fieira de rã pra gente comer no meio da noite. Era bem assim. E minha mãe, dona de casa. Minha mãe é filha de árabes, ela nasceu no Brasil, mas, como eu digo, ela é puro sangue. E sempre cuidou da gente, da casa, da família. Minha mãe era uma pessoa alegre, gostava de cantar, cantava muito. Ao mesmo tempo, muito preocupada com filho, com perigos, com não sei o quê. Ela tinha umas coisas engraçadas, ela morria de medo de chuva e trovoada. Quando ameaçava uma tempestade ela botava nós todos sentados perto dela, eu tinha que tirar colarzinho, pulseirinha, sei lá o quê. Ela cobria os espelhos e a gente não podia rir, não podia falar, não podia se mexer, de...

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Título: Falou que não pode, eu quero.

Data: 25 de setembro de 2008

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Thiago Majolo
Transcritor: Karina Medici Barrella
Autor: Museu da Pessoa

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