Evaldo Tillmann e Emma Franz se casaram em Blumenau, onde viviam rodeados de imigrantes alemães, e moravam no Salto Weissbach. Evaldo tinha pelo menos dois irmãos: Emilio, que depois se estabeleceu em Presidente Getúlio e Alvim, que migrou para Taió e enviuvou, quando tinha alguns filhos pequeno...Continuar leitura
Evaldo Tillmann e Emma Franz se casaram em Blumenau, onde viviam rodeados de imigrantes alemães, e moravam no Salto Weissbach. Evaldo tinha pelo menos dois irmãos: Emilio, que depois se estabeleceu em Presidente Getúlio e Alvim, que migrou para Taió e enviuvou, quando tinha alguns filhos pequenos. Com este infortúnio ele deixou a cidade e pouco se sabe sobre seu destino. Evaldo sempre trabalhou na agricultura, assim como a família de sua esposa, Emma Franz.
Aproveitando as oportunidades, Evaldo resolveu mudar-se para Taió, acompanhando a onda migratória que subia pelo Rio Itajaí, deixou Blumenau e acabou fixando residência na localidade de Ribeirão Pinheiro, que naquela época era um lugarejo considerado de boas proporções. Havia diversas casas de comércio e indústrias, como madeireira, açucareira, laticínios, farinha e cerâmica. A estrada que ligava Rio do Oeste à Taió era muito movimentada e tudo passava por Ribeirão Pinheiro. Evaldo, além da sua lavoura, também trabalhou muito com Wiegand Decker, no transporte de mantimento e mercadorias diversas.
Os 4 filhos do casal foram criados dentro dos princípios evangélicos, e a família sempre participou da comunidade da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. As crianças cresceram ajudando na lavoura, na lida de leite, gado, suínos e plantio de milho para subsistência, e mandioca para comercializar na fécula dos Odebrecht. Fides que se casou com Erna Pasold; Guido que se casou com Ema Westphal; Ágata que se casou com Alvin Radoll e Valmor, se casou com Celma Gutjhar.
Quando chegou a idade, o filho Guido foi servir o Exército Brasileiro em Blumenau, época que estava no auge a II Guerra Mundial e o Brasil havia declarado a Alemanha como nação inimiga. Convocado para integrar as forças brasileiras, Guido veio visitar e se despedir da família, tendo a esposa com duas filhas pequenas, (Marina e Gertrudes) e o menino Pedro Edelberto com alguns meses de vida. Seu companheiro no exército era Alfredo Jensen.
A convocação de Guido e Alfredo Jensen, abalava todas as famílias, que estavam começando vida própria, com crianças pequenas e significava embarcar no navio, cruzar o oceano, para enfrentar seus irmãos da mesma origem. Havia uma grande angústia em toda a comunidade, onde diversas opiniões foram levantadas.
A comunidade se compadecia e as pessoas davam sugestões.
Foi no comércio de Egolf Ern, que Guido e Alfredo tomaram a decisão de não atender a convocação, permanecendo escondidos no mato, durante 6 meses, para não serem encontrados como desertores. Todos ajudavam a esconde-los, até que a Guerra terminou.
Mas aquela decisão causava muitos problemas legais para ambos, sendo impossível realizar a maioria dos procedimentos com o governo, bancos, cartórios, justiça etc. Tempos depois, Manoel Correa de Negreiros conseguiu resolver estas questões pendentes, dando fim ao assunto.
Das características muito lembradas pelos vizinhos, sobre Evaldo Tillmann, uma se destaca, como canoeiro. Ele vivia fazendo a passagem das pessoas em tempos de rio cheio, de uma margem à outra, do Rio Itajaí do Oeste. Como morava próximo, era só chamar, que ele vinha fazer a travessia, independente do horário e do tempo. Mesmo de madrugada, ou dias de chuva, todos podiam contar com o serviço dele. Evaldo faleceu em Taió, com 84 anos de idade, rodeado de filhos e netos.Recolher