INDENTIFICAÇÃO
Sou escritor, Jornalista e historiador nasci na cidade de Campinas, São Paulo, em 26 de agosto de 1972. Sou casado com Gláucia dos Reis Schali, e pai de três filhos.
Filho de Arlindo Luiz Schäli e de Ana Cecília Villas Bôas Schäli venho de uma família...Continuar leitura
INDENTIFICAÇÃO
Sou escritor, Jornalista e historiador nasci na cidade de Campinas, São Paulo, em 26 de agosto de 1972. Sou casado com Gláucia dos Reis Schali, e pai de três filhos.
Filho de Arlindo Luiz Schäli e de Ana Cecília Villas Bôas Schäli venho de uma família com bases no catolicismo romano, possuo três irmãos, sendo duas irmãs.
FAMILIA
Meu pai é Arlindo Luiz Schali e minha mãe Ana Cecilia Villas Bôas Schali. Pelo lado do meu pai a origem é Suíça e alemã. Meu avós eram filhos de Suíços. Do lado da minha mãe, o meu avô era filho de português e minha avó era do interior paulista da cidade de Ituverava. Toda a minha família, está na quarta geração, já é nascida na cidade de Campinas. O meu trisavô veio da Suíça, sozinho, não sei dizer. Chegou à uma colônia de imigração fundada por suíços Helvétia em Indaiatuba –SP., em 1888 - não sei a data correta. Depois ele se radicou aqui em Campinas, foi trabalhar numa propriedade rural nas imediações. Acho que talvez fosse à única
da cidade. Constituiu família e sempre trabalhou nessa parte rural. Meus avós também são comerciantes e a família continua. Meu avô materno, eu cheguei a conhecer, morreu quando eu tinha treze anos. Meu avô paterno morreu quando eu tinha 36 anos de idade, mas eu tenho boas lembranças dele. Agora minhas avós morreram bem mais tarde, eu conheci e convivi muito com elas, as duas. O pessoal contava que meu trisavô veio muito jovem para o Brasil. Começou a trabalhar.
Aliás, os avós todos tiveram muitos filhos; tenho muitos tios. Eu acredito que meu trisavô veio pra Campinas porque ele já devia conhecer alguma coisa relacionada ao progresso do Brasil no final e inicio daqueles séculos. Ele deve ter vindo por esse motivo. Campinas foi pólo de imigração suíça, alemã e italiana, mas principalmente nas cidades vizinhas, o pessoal veio pra trabalhar na área de agricultura, no café. E esse meu trisavô, eu acho que ele já deveria ter algum conhecimento, devia ter desenvolvido alguma atividade nessa área, então ele veio mais direcionado pra cidade, mesmo. Eu acho que o meu avô materno, que trabalhava na Policia Militar do estado de São Paulo, foi transferido pra cá. Não sei a companhia agora. Talvez a vinda pra Campinas tenha sido por opção ou até imposição de emprego, uma transferência. Só sei que também acabaram constituindo família aqui. Eu tenho três irmãos, um irmão e duas irmãs. O meu irmão mais novo é formado em administração de empresas. Ele trabalha nessa área. E minha irmã mais nova trabalha há mais de vinte anos no Centro Boldrini de Campinas, que é referencia nacional no tratamento do câncer infantil.
OPÇÃO PELA CONSTRUÇÃO CIVIL
Quando existe crédito pra construção, todo mundo começa a construir, existe investimento. O problema é sempre investimento. Quando tem dinheiro envolvido na construção, sobra pra todo mundo que está envolvido. Eu acho que isso depende de vários fatores. Eu não sou economista, eu não entendo muito disso, mas eu sinto quando está ruim ou está bom. E o que se tem que fazer quando está ruim e quando está bom.
TRANSPORTES
A principal rodovia que nós tínhamos, naquela época, era a ligação de São Paulo pra Campinas, a Via Anhanguera. Naquela época, tinha o trem da Paulista de passageiros e muitas pessoas iam a São Paulo de trem. A viagem era bem mais demorada do que de ônibus, mas assim mesmo tinha muita gente que preferia o trem pelo conforto e também pelo preço da passagem, já que o trem custava a metade do preço do ônibus. Depois criaram um sistema rápido, chamava Litorina, era um comboio de trem um pouquinho menor. Essa ligação São Paulo-Campinas se fazia muito através de trem. Só que era uma viagem muito longa porque parava em todas as cidades daqui de Campinas até São Paulo. Agora os ônibus paravam próximo da estação. Aquelas construções que ainda existem, funcionavam como uma estação rodoviária. Campinas tinha uma estação rodoviária, que ainda não estava terminada. É posterior a essa época a construção da estação rodoviária.
INFANCIA
Nós somos do centro. Depois mudamos para o bairro da Vila Padre Manoel de Nóbrega . Nessa época, na Vila, televisão poucos tinham. Então, as crianças brincavam na rua. Mal terminava o jantar, estava todo mundo na rua. As famílias também se reuniam na rua, cadeiras na calçada. Eu tenho muita lembrança disso. Eu morei até os 19 anos de idade na Vila Padre Manoel de Nobrega. E era muito diferente. Tinha uma relação com os vizinhos muito próxima. As pessoas se reuniam, conversavam mais.
Tinha pouca televisão, então, tinha que brincar na rua mesmo. Nós sempre recordamos do passado levando muito em consideração as coisas boas. As coisas ruins nós deixamos de lado. Se começar a falar muito do passado, ficamos muito saudosos, porque vemos mais o que era bom. As lembranças são muito boas. Eu tive uma infância maravilhosa junto com meus irmãos, minha família. Acho que a convivência familiar era muito mais estreita do que é hoje. É diferente. Mas foi uma infância muito boa. Gostávamos de jogar futebol na rua. Eu não sei como conseguíamos jogar bola, descalços, numa rua que já era asfaltada, e não estourar todo o pé. Mas conseguíamos. A bola também não era adequada. Eu lembro de várias brincadeiras especifica, como soldado ladrão, pega –ajuda e uma que quando a Companhia de Luz fazia poda nas ruas, nós juntávamos aqueles galhos que sobravam e fazíamos cabana. E ali fazíamos reuniões, fazíamos clube secreto, aquele negócio todo. E eu lembro uma vez que nós resolvemos fazer uma brincadeira dessas. À noite, estendemos a convivência nessa cabana improvisada e levamos umas velas pra iluminar o ambiente. Mas era esse tipo de brincadeira. Naquele tempo ainda não era politicamente incorreto soltar balões. Então, quando chegava o mês de junho, nós corríamos atrás de balão, soltávamos balão. Desconhecíamos o perigo disso, mas achávamos bonito. São essas as lembranças do tempo da Vila de Padre Manoel de Nóbrega.
COMÉRCIO DE CAMPINAS
Fazíamos compras em alguns armazéns no próprio bairro e no mercado central. Eu lembro perfeitamente que a embalagem, geralmente, era de papel e que o açúcar, o café e todos os gêneros alimentícios, eram numa embalagem como uma taça. Eram pesados numa balança, um a um. Era tudo no balcão, aquelas tinas enormes com todos os alimentos. Eu tenho muita lembrança disso. O Mercado Municipal aqui de Campinas é um prédio histórico, também existe há muito tempo e eu lembro muito bem das compras que eram feitas lá. Eram direto com o balconista ou com o dono do comércio. Alimento por alimento. O óleo era engarrafado em garrafas recicláveis. Pegava a garrafa e enchia de novo. Eu lembro muito bem disso.
Meu avô ia muito ao Supermercado Eldorado na Avenida Senador Saraiva, especificamente, pra fazer compras, só eventualmente, para uma mudança de casa, comprar alguns móveis, alguma coisa diferente. Mas não era rotina, não era uma coisa do dia-a-dia ir ao centro já que moravam na área rural do bairro de Friburgo bem distante da cidade. Eu sei que muitas famílias tinham esse hábito, mas eu não assisti muito a isso. Era só em situações especiais
FORMAÇÃO
No meu tempo era o curso primário e demorava quatro anos. Eu fiz em um grupo escolar que tem aqui e que hoje é um colégio do estado, o Dr. Mario Natividade. Depois, o curso ginasial, demorou mais quatro anos e eu fiz num colégio também do estado Prof. Carlos Lencastre.
Na época eram escolas muito conceituadas. E a faculdade eu fiz aqui nas Faculdades Anhanguera de Campinas.
Meu irmão mais novo é administrador de empresas. Mas ele logo percebeu, logo no começo da minha vida, que eu não gostava muito de engenharia. Sou advogado. Minha formação também inclui Teologia, Jornalismo e filosofia
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
Comecei a trabalhar muito cedo, aos doze anos de idade no comércio devido. E eu tenho me empenhado, tenho gostado do ramo do Jornalismo. Mas meus irmãos então, a mudança maior foi minha mesmo. Minha e de minhas irmãs que tinham outra área de atuação. Mas ninguém está arrependido, não.
JUVENTUDE
Minha juventude foi muito agradável. Campinas hoje está bem diferente do que era na minha época. A minha juventude foi com muito estudo. Estudávamos, passeávamos e namorávamos. Coisa compatível, mais ou menos, com o que era a cidade daquela época. A cidade não tinha muitos restaurantes, bares. Então era mais convivência com os amigos de escola, reuniões, festas. Com o pessoal mais da escola. Meu lazer era muito voltado ao esporte. Gostava muito de jogar futebol e de outras atividades esportivas. Cinema era uma coisa muito comum na cidade. Tinha uns bons cinemas no centro da cidade. Desapareceram todos. Clube também. Freqüentava o clube. essa atividade. A música é sempre presente. Desde o tempo do meu pai. Meu pai e minha mãe sempre gostaram de música. Eu também gosto. Eu falo que eu canto... Eu não canto, não, é brincadeira, mas eu gosto muito de cantar. Sou apaixonado por música, mas eu não sou cantor. Queria ser. Quem sabe um dia. A minha família viajava anualmente. Às vezes, duas vezes por ano, nas férias, principalmente, nas férias de verão. Íamos pra Santos, no litoral de São Paulo, na casa de meus avós maternos, eles moravam ali naquela região conhecida como ponta da praia. A viagem era uma tragédia. São 170 quilômetros e levávamos, mais ou menos, três horas pra cumprir. Daqui até São Paulo já demorava uma hora, duas horas e pouco. Ali logo no comecinho da estrada que ia pra Santos, já parava pra fazer o piquenique, descia a família toda. Depois chegava lá em Santos e fazíamos a viagem de Santos até São Vicente, Guarujá. Não existia estrada, naquele tempo. Ia pela praia. Era uma verdadeira aventura. Às vezes, o carro não podia passar porque a maré estava muito alta, aquela coisa. Essas lembranças são muito agradáveis, são sempre presentes. Nós passamos as férias sempre lá. E sem os confortos que tínhamos aqui na cidade. Mas era muito divertido, muito agradável. Lembrança boa da juventude. Muito interessante.
EMPRESA E FAMILIA
CIDADES / CIDADE DE CAMPINAS
Aqui em Campinas já tinha algumas faculdades. Não existia ainda a universidade, estavam criando a católica. Eram algumas faculdades e tal. Acho que nessa época já estava criada a Universidade Católica de Campinas, que depois se transformou na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUC Campinas. A primeira faculdade da Unicamp foi a Faculdade de Medicina. Ela foi criada, acho que, nos anos 60. A Unicamp é posterior a isso, uns quatro ou cinco anos depois. Então, a primeira faculdade que a Unicamp teve foi Medicina. Ela funcionava em um prédio aqui na cidade, primeiro na Maternidade de Campinas, depois na Santa Casa de Misericórdia. Muito tempo depois foi construído o Hospital Universitário. Inclusive minha formação toda foi na Santa Casa; a Unicamp funcionava na Santa Casa. A Unicamp, naquele tempo, tinha poucos cursos, poucas faculdades. Tinha a faculdade de Medicina, a faculdade de Engenharia, de Matemática, alguma coisa ligada às Ciências Exatas e só. Aí, durante o tempo de faculdade, eu fui testemunha do crescimento da universidade, da criação de vários cursos. E se transformou hoje numa grande universidade. Campinas se orgulha muito da universidade que tem. Das duas, aliás, da PUC e da Unicamp. Eu acho que todos os campineiros, de alguma forma, têm muita relação com uma das duas universidades: ou estudaram ou foram docentes ou se especializaram ou fizeram uma pós-graduação. Então, as duas universidades estão bem participantes da vida da cidade, sem dúvida. Acho que elas foram fundamentais para o desenvolvimento da cidade, de agregar, de trazer pessoas, trazer cabeças. Vejo isso como essencial. Sem contar o número de pessoas. Eu posso estar errado, mas eu acho que o número de estudantes das duas universidades passa de 30 mil pessoas. Tem toda essa população que vem pra Campinas, de todas as partes do Brasil e do exterior também, muita gente dos países vizinhos vem fazer especialização aqui. A cidade tem um ganho extraordinário. Eu me lembro que
certa vez vi na imprensa que foi feita uma campanha pra que Campinas fosse contemplada com uma Faculdade de Medicina, no começo dos anos 60. Acho que não foi em vão. Só trouxe coisa boa aqui pra cidade. Campinas tem um reconhecimento muito grande por causa das suas universidades.
FUNCIONARIOS
As pessoas que trabalham na recepção ou na parte administrativa, geralmente, são pessoas que tem uma formação técnica e superior. O pessoal que trabalha como, mestres de obras, encarregados, pedreiros e serventes são pessoas também com formação técnica. Todos procuram fazer cursos de especialização na sua área. O sonho de todo pedreiro é um dia ser mestre de obra da construtora. Então existem vários cursos pra isso, várias instituições promovem. Eles estão sempre fazendo, tentando se especializar pra melhorar. Quando melhoram, vão para uma construtora maior e de categoria complexa.
MUDANÇAS
A necessidade de modernização, de transformação pra atender o cliente é crescente. Então é uma adaptação que você tem que fazer, você tem que entender o seu cliente. Ele não quer mais um produto comum, ele quer um produto de qualidade. Mesmo sendo uma construtora tradicional. Então o cliente é cada vez mais exigente e você tem que fazer adaptações para atendê-lo. Na medida do possível, você tem que ir fazendo. Estamos sempre modernizando, sempre deixando a empresa com uma aparência moderna. Equipamentos, também, estão sendo sempre renovados. Em 40 anos a construtora já passou por tudo. Atualmente, nós estamos passando uma fase de terceirização. Nosso restaurante é terceirizado. O nosso café da manhã é próprio, mas o nosso restaurante é terceirizado. É uma fase, não sei se melhor, se pior. Mas nós já vivemos todas as fases. A quantidade de funcionários tem que ser muito maior, o trabalho é maior. Eu percebo que há muitas empresas na cidade que tem seus serviços são a maioria terceirizada. Outros mantêm, até fazem do seu produto o ponto principal de sua empresa. O ponto fundamental de sua empresa.
SERVIÇOS
Acho que é o que tem de melhor nas nossas empresas é o café da manhã. Nós caprichamos muito. Porque nós percebemos que os funcionários gostam muito de um bom café da manhã. A maioria dos funcionários. Tem funcionário que nem liga muito, mas a grande maioria gosta, é prazeroso. Às vezes, o empregado não gosta muito de uma tarefa ou serviço, reclama de uma coisinha aqui, de uma coisinha ali, mas se ele tem um bom café da manhã, ele até releva as outras pequenas coisas que pode ter desagradado e ele fica satisfeito. Então, realmente, nós caprichamos no café da manhã.
CLIENTES
Existe fidelidade dos clientes, sem dúvida. Eu estou falando de uma maneira um pouco genérica, mas existe esse público um pouco diferente na Schali Infraestrutura S.A. Existe um pouco de diferença. O pessoal que dá cursos em indústrias e especialização. Então o perfil de um pra outro é um pouquinho diferente. Os dois trabalham, mais ou menos, na mesma categoria.
PROPAGANDAS
No início, não havia necessidade nem de fazer publicidade. A demanda por hóspedes era tão grande que não havia necessidade. Depois, mais tarde, com concorrência e tudo... Eu acho que já foram feitas várias formas de publicidade. Faz um tipo, não tem o retorno esperado, muda pra outro tipo, etc., mas eu acho que nessa área, tudo o que era possível fazer dentro das possibilidades, foi feito. Hoje se faz muita mala direta via internet, via e-mail. Isso tem tido um resultado muito grande. Qualquer promoção que se faça dispara pras malas via internet. Está se investindo muito nisso porque é uma propaganda relativamente barata. Fazemos também publicações em alguns jornais, revistas. Não se pode fazer propaganda aqui na cidade porque o nosso público é de fora. Mas o grosso da propaganda hoje é por via eletrônica.
DESAFIOS
No comércio há concorrentes e você tem que ir atrás. Se não você sai fora. Tem que correr atrás de tudo. Eu acho bem mais difícil ser empresário do que ser médico. Essa é uma empresa da minha família, que foi fundada por mim pai, tenho 47 anos e estou em atividade. As empresas nascem, crescem e morrem, como tudo. Eu acho que o desafio é não permitir que ela morra, permitir que ela continue. É um desafio, uma luta constante. As coisas mudam, a realidade muda, existem fases. Por exemplo, no ramo da construção, tem um período que se constrói muito, então existe uma facilidade pra você trabalhar, você trabalha com preço adequado, tem lucro satisfatório. Outra fase não. Você tem que fazer uma matemática toda pra manter a sua empresa, não desativar nesses períodos que não tem serviço. É um desafio constante.
COMERCIO DE CAMPINAS
Campinas cresceu bastante nesses últimos 20 anos, 30. Mudou muito. É completamente diferente do que era há 30 anos atrás. E com a criação da Região Metropolitana, mais ainda. Existe mais gente passando, vivendo e comercializando em Campinas com a criação da Região Metropolitana. Parece que existe uma integração melhor. As feiras, os negócios, a facilidade de deslocamento das pessoas entre as cidades da região, o transporte metropolitano que melhora também. Eu acho que o comércio é favorecido com a Região Metropolitana, sem dúvida.
FUTURO
Espero que as empresas continuem e que possam ampliar. Reativar áreas que estavam paradas. A minha perspectiva é de crescer, de ampliar. A perspectiva de aumento que eu tenho é por causa da situação econômica do país. Essa área econômica do país é a das mais importantes. Em ampliação, nós não estamos pensando, porque a quantidade de empresas
que se instalou na cidade, nos últimos anos, foi muito grande e eu acho que a demanda não aumentou na mesma proporção. Em particular, uma das nossas empresas, fica muito próximo da região sudoeste da cidade. Nós não temos nenhuma perspectiva de construir novos edifícios na cidade porque eu acho que a cidade não está necessitando de novos prédios. Principalmente, no tipo de que nós temos. Talvez no futuro.
AEROPORTO DE VIRACOPOS
A importância do Aeroporto de Viracopos como um aeroporto internacional, não é só para os hotéis. Seria muito importante pra cidade de Campinas. É uma luta que várias pessoas travam pra trazer de volta o aeroporto pra cá. Eu lembro quando o Aeroporto de Viracopos era aeroporto internacional. Não existia Cumbica e Viracopos era muito importante pra cidade. Para os hotéis, a vinda do aeroporto também seria fundamental. Não só pelo aumento de fluxo de passageiros, mas como pessoas que seriam deslocadas pra trabalhar no aeroporto. Enfim, seria bom pra cidade toda e para o ramo hoteleiro também. Acredito que todos os hoteleiros da cidade vêem com muito bons olhos essa tendência que está havendo novamente de reativação, de ampliação do aeroporto.
HOTÉIS
A história de muitos hotéis da cidade de Campinas, se confundem com a própria história da cidade, é o caso do Hotel Opala Avenida não foi feito pra ser um hotel. Era um prédio pra quitinetes que foi adaptado pra hotel. Isso trouxe alguma vantagem porque os quartos são amplos, muito arejados, todos eles com sacada. E é uma construção no estilo moderno. Começou a ser construído no final da década de 50 e começou a funcionar como hotel no ano de 1967. Depois ele foi ampliado e todas as ampliações acabaram sendo desativadas. Então ele continua com aquela estrutura, com amplos apartamentos, desde aquela época. 40 anos se passou até 2007, desde 67 que ele funciona assim. O Opala Barão foi adaptado pra hotel em 1974. De lá para cá ele vem funcionando assim. Os apartamentos têm tamanhos variados, dependendo do número de hóspedes que eles vão receber e têm suas características próprias. Os dois hotéis tem, mais ou menos, as mesmas características, vamos dizer assim. Eles trabalham juntos, então tem as mesmas diárias.
Outros hotéis importantes fazem parte da cidade como o Nacional Inn, o Hotel Vila Rica e o Royal Palm Plaza de Armindo Dias.
RODOVIÁRIA DE CAMPINAS
Com relação à rodoviária, ela é, particularmente, importante para a cidade de Campinas, por causa da sua localização. Estaria muito próximo dessa rodoviária e, pelo projeto original, a rodoviária integraria um trem metropolitano que cobriria todas as cidades da região de Campinas, pelo menos desse eixo. E talvez um terminal direto com Viracopos aqui para o centro da cidade. Fala-se também da integração do trem, direto da cidade de Campinas pra São Paulo, integrando o aeroporto de Viracopos com Congonhas e Cumbica. Então, se todo esse projeto realmente se estabelecer vai ser uma coisa muito importante para o comércio de Campinas. A rodoviária, particularmente, pra mim, porque eu estou estrategicamente muito bem colocado, próximo da nova rodoviária. A nova rodoviária vai fazer parte desse complexo que existe que é a estação ferroviária. É nessa região aqui, na região onde era o pátio ferroviário. Campinas tinha três empresas de trem e tinha um pátio muito grande nessa região. A rodoviária vai ser localizada ali, bem próxima do Sesc. Acho que é só atravessar uma ou duas ruas e nós estamos próximos da nova rodoviária.
MEMÓRIAS DO COMÉRCIO DE CAMPINAS
Eu acho que esse projeto é muito importante. Eu acho que a gente precisa ter memória, as cidades precisam ter memória. Eu fui um pouco pego de surpresa, porque eu não sou um comerciante nato, eu não me dediquei a isso sempre. Não é a minha atividade principal. Mas eu acho muito bonito resgatar. Só quem conhece a história passada pode propor uma coisa nova, importante para o futuro. Então a preservação dessa memória, das coisas, das transformações que ocorreram na cidade, acho uma coisa muito interessante. Eu tive oportunidade de agora conhecer os outros trabalhos envolvidos, em outras cidades, achei muito bonito, achei muito interessante. FundamentalRecolher