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História
Por: Museu da Pessoa, 16 de maio de 2011

Entre a história e a memória: conquistas do neto de dona Genoveva

Esta história contém:

Entre a história e a memória: conquistas do neto de dona Genoveva

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Como em tantos outros lugares, naquele havia uma padaria. Como em tantas outras padarias, naquela havia um português. Como em tantos outros encontros, naquele que se deu entre a mocinha e o homem da padaria, deu namoro. Por cinco anos. Como em tantos outros namoros, deu casamento. Por dois anos. Nesse meio tempo, eu nasci: poucos meses antes do casamento acabar. Ou, mais precisamente, em 3 de agosto de 1989. Fui criado pela minha avó materna, porque minha mãe precisou ir à luta. Tudo isso em Osasco, São Paulo.

Já conheci minha avó idosa e um pouco doente. Desde cedo, peguei ônibus e trem, sozinho, pra comprar remédio e marcar consulta. Ela cuidava de mim e eu cuidava dela.

Mas havia uma contradição: pegar ônibus sozinho eu podia, ir a pé pra escola não. Minha mãe acabou com isso: “Ele precisa ser independente”. E, na escola, eu sempre me dei bem com todos, apesar de ser meio ‘nerd’ - mas lembro que evoluí: a partir da oitava série, virei um ‘nerd’ popular. A propósito, a escola, e particularmente algumas professoras, contribuíram muito para eu amadurecer.

Eu era assim meio bebezão. Mas também, pudera: criado por vó...

Lembro de muita coisa boa na infância: as brincadeiras na rua; os meus aniversários com muita carne louca feita pela minha avó; ir pela primeira vez a um museu, ao cinema, à escola; ouvir as histórias que minha avó contava sobre a infância dela, com um detalhamento incrível. Mas tenho duas más lembranças também: uma, criança ainda, foi uma queda de um muro - cinco metros; a outra, já adolescente, uma queda durante uma trilha que, por milagre, não me custou a vida em um precipício. Outra recordação muito forte é da minha casa, sempre a mesma desde sempre; conheço-lhe cada detalhe, até os cheiros, as reentrâncias, os defeitos - descobri, durante uma obra, que tem paredes feitas de blocos assentados no barro.

Durante o ensino médio, fiz um curso de Informática, dos mais...

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Projeto Conte Sua História

Depoimento de João Luís Veronezzi Pacheco

Entrevistado por Giselle Rocha

São Paulo, 16 de maio de 2011

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV286 João Luís Veronezzi Pacheco

P/1 – Obrigado por ter vindo, João. Para começar, eu gostaria que você dissesse seu nome completo, onde nasceu e a data de nascimento.

R – Meu nome é João Luís Veronezzi Pacheco. Eu nasci em Osasco, em 1989, no dia 3 de agosto. Queria aproveitar para agradecer a oportunidade de dar essa entrevista aqui, de ter sido convidado; acho isso fantástico. Então, muito obrigado!

P/1 – Para começar a sua história de vida, a gente vai falar primeiro sobre os seus pais. Queria que você me dissesse os nomes deles.

R – Minha mãe era Maria Aparecida Veronezzi. Na verdade, tem um problema porque no meu RG está Maria Aparecida Veronezzi Pacheco, o nome de casada. Então, tecnicamente, esse era o nome da minha mãe, mas como ela não é mais casada, o nome correto é Maria Aparecida Veronezzi. E o nome do meu pai é João Carlos de Medeiros Pacheco. Meu pai é descendente de portugueses, minha avó paterna, que ainda está viva - Eduarda de Medeiros Pacheco - é portuguesa. E tanto a minha mãe quanto a minha família por parte de mãe eram descendentes de italianos; muito longínquo, mas são descendentes de italianos.

P/1 – E já que você falou do seu pai e da sua mãe, e do casamento deles, conte mais um pouquinho. Você sabe alguma história? De como eles se conheceram?

R – Meu pai, português, tinha uma padaria. E a padaria ficava próximo à casa da minha mãe, ficava duas ruas abaixo. Então, eles se encontraram. Quando ela foi lá comprar alguma coisa, viu que ele estava no caixa; e os dois começaram a conversar, e deram aquela paquerada sem jeito, aquela cantada sem vergonha. E dali rolou um clima, eles se conheceram e começaram a sair. Namoraram durante dois anos, se não me engano. Não, namoraram durante cinco anos e...

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Título: Entre a história e a memória: conquistas do neto de dona Genoveva

Data: 16 de maio de 2011

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Giselle Rocha
Autor: Museu da Pessoa

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