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História
Por: Museu da Pessoa, 8 de setembro de 2022

Enfrentei até onça

Esta história contém:

Enfrentei até onça
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Na carteira

Sr. José carrega esta imagem na sua carteira em todo lugar. Disse que para onde vai, carrega uma lembrança da mãe junto e vai fazer isso enquanto viver.

crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Caretas da Lagoa

Caretas da caretagem da Lagoa de Santo Antônio, povoado em Paracatu. S. Zé Pecado, como é conhecido, conta que a caretagem, uma dança folclórica para saudar São João Batista, é uma tradição que está acabando na comunidade, em é uma dança folclórica porque os mais velhos foram morrendo e os mais novos não tomaram a frente. Ele dançou por dois anos com esse grupo.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Donato Pereira da Silva Neto
tipo: Fotografia

Crianças caretas

Zé Pecado conta que as roupas da caretada são todas bordadas, coloridas. Pega uma calça comum e costura fitas e tecidos remendados, amarrando “polaque” nas pernas, para fazer barulho, além da sanfona e das cantigas. Eles carregam a bandeira de São João Batista. Ele lembra que todos participavam das celebrações, até as crianças.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Donato Pereira da Silva Neto
tipo: Fotografia

Cada um com o seu par

S. Zé conta que na caretagem tradicional somente dançam homens, homem com homem, mas um vestido de mulher e o outro vestido de homem. Ele diz que a dança lembra a quadrilha, a umbigada e a chula. Ele conta que tem mudança de par, cavalheiro na frente, damas atrás, “Vem chuva! É mentira!” e que eles formam filas para o “alinhavo” que é quando um pega na mão do outro e eles ficam trocando e “alinhavando”. Ele dançou por dois anos neste grupo.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Donato Pereira da Silva Neto
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Memórias das Comunidades de Paracatu

Entrevista de José Campos Pereira (Zé Pecado)

Entrevistado por Nataniel Torres

Paracatu, 08 de setembro de 2022.

Entrevista número PCSH HV 1301

Realização Museu da Pessoa

Transcrita por Monica Alves

Revisado por Nataniel Torres

P/1 - Qual o seu nome completo, seu local e sua data de nascimento, seu Zé?

R - Meu nome é José Campos Pereira, sou nascido em 25/03/1951 na cidade de Paracatu.

P/1 - O senhor tinha me contado que o senhor nasceu?

R - Pois é, na região de Paracatu, na região de Paracatu. Lá é Santa Rita, a fazenda é chamada Paraíso, Paraíso.

P/1 - E nessa época o senhor nasceu em casa ou nasceu no hospital? Como que era?

R - Não, eu nasci em casa, parteira. Quem foi a parteira foi a minha vó, Maria Ferreira de Moura.

P/1 - E te contaram sobre o dia do seu nascimento?

R - Contaram.

P/1 - E como é que foi? O que falaram para o senhor?

R - Falaram que eu nasci normal. Nasci bem né, não tive nada, “prejudicação” nenhuma no meu nascimento não, foi tudo normal.

P/1 - E qual o nome da sua mãe, seu Zé?

R - Rita Alves Campos.

P/1 - Sim, aí…

R - Meu pai, Henrique Crisóstomo Pereira.

P/1 - E como era a sua mãe? Vamos falar dela primeiro.

R - Boa demais!

P/1 - O que ela fazia, seu Zé?

R - Minha mãe?

P/1 - É.

R - Minha mãe era doméstica, mexia com a mesma coisa que nós mesmo. Mexia… ajudava meu pai na roça, fazia comida, levava comida na roça, ajudava na época de… quando terminava ela ia para roça e tirava um tempo ali, ia ajudar a gente a plantar feijão, você pegava… era na enxada, côvado na enxada, não tinha nem coisa, depois que veio matraca, plantadeira na mão, depois que veio, né. Aí já aliviou mais a minha mãe para poder plantar, porque a minha mãe, era o meu pai covando e a minha mãe sambiando o feijão e passando,...

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Título: Enfrentei até onça

Data: 8 de setembro de 2022

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Revisor: Nataniel Torres
Transcritor: Monica Alves
Pesquisador: Nataniel Torres
Entrevistador: Nataniel Torres
Autor: Museu da Pessoa
Vídeomaker: Click Filmes

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