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Por: Museu da Pessoa, 16 de dezembro de 2013

Emoção ao entrevistar o Rei Pelé

Esta história contém:

Emoção ao entrevistar o Rei Pelé

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Meu nome é Wagner de Oliveira Prado, nasci em 9 de outubro de 1960, em São Paulo. Meu pai é Benedicto da Silva Prado e a minha mãe, Alzira de Oliveira Prado. Ambos nascidos também em São Paulo. O meu pai, ele era gari, que é uma palavra que nunca se usou dentro da minha casa, a gente sempre falou “lixeiro” e a minha mãe era passadeira de roupa. Minha mãe começou a trabalhar eu tinha 13 anos e a minha irmã, 11 anos. Meu pai, um camarada bravo, mas uma figura muito marcante na minha formação, um cara perseverante e que me passou um valor que eu trago até hoje. A minha mãe, uma figura muito doce, mas em certos momentos muito impositiva, extremamente carinhosa e que tinha uma paixão por rádio.

O bairro que cresci é o Jaçanã, a Vila Nilo e era um terreno com três casas. A casa da frente era a casa onde vivia a minha avó, dona Lazinha, olhando o terreno de frente, do lado direito, a casa da minha madrinha, Benedita, Ditinha e à esquerda, nos fundos da casa da minha avó, a nossa casa, onde morava Benedicto, Alzira, eu, o filho mais velho, Wagner e a Glay, a minha irmã. Casas extremamente simples. O futebol entrou na minha vida só com dez anos de idade, eu digo: “Só com dez anos”, porque eu comecei a jogar futebol na escola já perto dos dez anos, oito, nove anos de idade, eu comecei a jogar na escola, no primário ainda. Era aquela coisa de sair para o pátio na hora da recreação e aproveitar aqueles dez, quinze minutos de intervalo, os meninos jogando bola. Meu pai gostava de futebol, mas meu pai era ruim de bola. Ele torcia para o Santos Futebol Clube. Ele acompanhava, mas não era uma coisa que fazia parte daquele cotidiano dele, de ser um torcedor que acompanhava tudo. Isso, eu vim ter por parte do meu padrinho, Nelson, que era mecânico e negro, mas torcia para o Palmeiras. Meu pai, até os meus dez anos, nunca havia me levado a um jogo de futebol, do Santos. O Santos jogava na Vila Belmiro e para ir para Santos...

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Projeto A Gente na Copa – História de Gente que Faz o País do Futebol

Depoimento de Wagner de Oliveira Prado

Entrevistado por Teresa Ruiz

São Paulo, 16/12/2013

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV_434_Wagner de Oliveira Prado

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Então primeiro, Wagner, eu queria que você dissesse para gente o seu nome completo, data e o local de nascimento.

R – Wagner de Oliveira Prado, nasci em 9 de outubro de 1960, em São Paulo.

P/1 – Agora o nome completo dos seus pais e data e local de nascimento também, se você souber.

R – Meu pai, Benedicto, com “c”, Benedicto da Silva Prado e a minha mãe, Alzira de Oliveira Prado. Ambos nascidos também em São Paulo.

P/1 – O que é que os seus pais faziam, Wagner?

R – O meu pai, ele era gari, que é uma palavra que nunca se usou dentro da minha casa, a gente sempre falou “lixeiro”, meu pai recolhia lixo nas ruas de São Paulo, trabalhou muitos anos com isso e a minha mãe era passadeira de roupa. Minha mãe passava roupas em uma fábrica na Rua Prates, na região do Bom Retiro, ali, região da Luz. Então, sou o filho de um lixeiro e uma passadeira.

P/1 – Você sabe o nome da fábrica?

R – Eu não vou lembrar o nome da fábrica que a minha mãe trabalhava, mas era na Rua Prates. Talvez eu lembre ao longo aí, agora eu não estou lembrando.

P/1 – Não tem problema. E como é que você descreveria os seus pais, conta um pouco para gente como é que eles eram.

R – Olha, meu pai, aquela coisa do provedor, minha mãe começou a trabalhar quando nós tínhamos… eu, 13 anos e a minha irmã, 11 anos. Meu pai, um camarada bravo, mas uma figura muito marcante na minha formação, um cara que perseverou, perseverante e que me passou um valor que eu trago até hoje. Meu pai gostava muito de ler e gostava muito de cinema, e certa vez ele me falou e falou ao longo da vida: “Não é importante você ter dinheiro para você adquirir cultura, é possível você ter...

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Título: Emoção ao entrevistar o Rei Pelé

Data: 16 de dezembro de 2013

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo, Sp

Autor: Museu da Pessoa

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