Eu nunca gostei de exatas, então falei: “Vou pra área de humanas!” Nessa área, comecei a procurar o que me interessava - e encontrei a comunicação: falar com as pessoas, trocar experiências; tudo isso foi desabrochando essa vontade. Trabalhei um tempo numa editora e tinha uma coisa...Continuar leitura
Eu nunca gostei de exatas, então falei: “Vou pra área de humanas!” Nessa área, comecei a procurar o que me interessava - e encontrei a comunicação: falar com as pessoas, trocar experiências; tudo isso foi desabrochando essa vontade. Trabalhei um tempo numa editora e tinha uma coisa em mente, que era trabalhar na área farmacêutica.
Fui para uma distribuidora trabalhar como telemarketing de medicamento, então eu fazia atendimento às farmácias. Eles ligavam e a gente anotava o pedido. Trabalhei uns cinco anos e era bem gostoso, você aprende um pouquinho sobre cada medicamento; e também a convivência com vários clientes, você sabia quem era o mais bravo, quem era o melhorzinho, às vezes você tinha que bater meta: “Ah, se eu falar com o fulano de tal, eu vou oferecer pra ele determinados produtos” – que a gente conseguia bater a meta e conseguia um prêmio lá a mais. Então era bem interessante!
A área farmacêutica é um mercado que abre os horizontes, que está muito voltado pra saúde, para o benefício de paciente - e eu acho isso gratificante. Inclusive é uma área que reconhece muito o funcionário. Mas eu comecei a mandar meu currículo pra vários laboratórios, chegou uma hora que eu falei: “Eu não quero mais telemarketing, eu preciso sair disso”. Até que em uma das oportunidades eu mandei para a Allergan e fui chamada pra participar de um processo seletivo. Isso foi em 2000, um ano de mudanças: entrei na Allergan e também me casei! Claro, mudanças para melhor!
Na Allergan, entrei como analista de marketing, então eu ia atender os clientes da toxina botulínica. Você aprende um pouco sobre materiais promocionais, o que você faz pra incentivar a venda do produto e também, por outro lado, você tinha contato com os médicos, porque era uma fase que a toxina botulínica estava sendo descoberta. Então a gente fazia muito workshop: na área estética, o que a mulher gosta de ver é um rosto lisinho, sem ruga. Na área terapêutica, que a gente acompanhou até algumas aplicações dentro da AACD, dentro de alguns hospitais, que eu acho que é a parte mais gratificante, é você ver uma pessoa com uma síndrome, ou até com AVC, e a pessoa conseguir depois da aplicação fazer voltar movimentos, coisas que podem ficar muito tempo sem fazer, o braço atrofiado, uma perna atrofiada. Então é a qualidade de vida do paciente, eu acho que isso é fundamental.
Eu lembro uma vez que nós fomos para o Rio de Janeiro e um desses workshops tinha uma criança toda atrofiada. E com a aplicação da toxina botulínica, ela conseguiu segurar um copo… Pra gente é bem gratificante ver o desempenho da criança, ou até poder brincar, pegar um carrinho, coisa que não podia fazer. Então eu acho que é bem importante isso.
Faço parte desse patrocínio que eu tô repassando pra sociedade. Eu transformo isso em coisas que vão dar benefícios tanto para o médico quanto pra Allergan. Então são coisas que só vão agregando valor, não é simplesmente eu ir lá, repassar a verba e pronto, não tenho mais nada a ver com isso. Não, você está sempre tentando trazer o melhor tanto pra Allergan, quanto para a sociedade, porque isso tem que ser recíproco. Pra minha vida pessoal foi muito importante a Allergan, porque abriu um mundo que eu não conhecia. Você começa a conhecer e ter que lidar com vários tipos de pessoas, pessoas boas, pessoas que não são tão boas, mas que você vai ter que conviver. Então isso é um grande aprendizado. Assim, eu vejo isso como uma constante atualização.Recolher