Identificação
Meu nome é Clara da Cruz Alcântara, nasci em Portugal, dia 25 de abril de 1951.
Família
Meu pai, Eduardo da Cruz Farves, é aposentado e minha mãe, Maria da Piedade Martins, também. Eu vim de Portugal em 1955. Não tenho lembranças, só de fotos, porque meus pais sempre retor...Continuar leitura
Identificação
Meu nome é Clara da Cruz Alcântara, nasci em Portugal, dia 25 de abril de 1951.
Família
Meu pai, Eduardo da Cruz Farves, é aposentado e minha mãe, Maria da Piedade Martins, também. Eu vim de Portugal em 1955. Não tenho lembranças, só de fotos, porque meus pais sempre retornam para passear e trazer fotografias, mas nunca voltei lá.
Cotidiano de trabalho
Minha área é de Recursos Humanos, eu sou coordenadora de pessoal. Coordeno toda essa área de Departamento Pessoal, folha de pagamento, férias, a parte de direito dos funcionários, legislação.
Ingresso na Unimed
Trabalho na Unimed desde 10 de abril de 1984. Eu vim para cá de uma maneira bem interessante. A Unimed estava comprando o prédio de Benfica, na Rua Capitão Félix, número 34. Eu trabalhava na empresa que funcionava neste prédio, que estava à venda. O Doutor Bomfim, junto com outras pessoas, foi visitar o prédio, eu estava na recepção atendendo ao telefone e ele perguntou: “Você não gostaria de trabalhar na Unimed? Nós temos uma telefonista e precisamos de outra." Como a empresa estava vendendo o prédio e estava em situação financeira bem difícil, dispensando os funcionários, eu respondi: “Sim, gostaria Doutor Bomfim.” “Então você vai procurar o José Carlos, que é o chefe de DP, vai entrar em contato, ver o que precisa e você vem trabalhar conosco.” Aí eles fizeram obras no prédio, reformaram do jeito que eles gostariam que ficasse e, quando estava tudo pronto, eu entrei em contato com o José Carlos, fiz a minha ficha, minha entrevista e fui admitida na Unimed.
Trajetória na Unimed Rio
Durante seis anos eu fiquei como telefonista. Tinha uma telefonista de manhã, a Dulce, e eu ficava de 13 às 19 horas. Com o tempo, a gente passa a conhecer os colegas, a criar amizades e, então, as pessoas começaram a me convidar para ajudar em horários de sufoco no trabalho, se eu poderia ajudá-los na parte da manhã. Assim, eu passei por vários setores, departamento médico, cadastro, pelo RH como auxiliar, trabalhando em hora extra. Um dia o gerente administrativo da época, Senhor César Mateus, perguntou se eu não gostaria de ficar de vez, trocar de função, sair de telefonia e passar para os recursos humanos. Eu aceitei, feliz da vida, e passei para o RH, como auxiliar de pessoal. Fui aprendendo, depois passei a supervisora e hoje sou coordenadora de pessoal. Quando entrei na Unimed, eu tinha terminado meu curso, em 1976, e já tinha minhas filhas também. Era casada, tinha minhas três filhas. Na realidade, eu não era telefonista na outra empresa, eles tinham dispensado a maioria dos funcionários e tinham ficado com um grupo bem reduzido, inclusive eu fazia parte deste grupo. Na época, o Doutor Bomfim estava visitando, para minha felicidade eu estava no telefone e recebi o convite.
Edifícios sedes
A gente sempre fica muito ansiosa, porque se acostuma com o lugar em que está e fica acomodada, fica tranquila e segura. Quando se fala em mudança, vem aquele medo, aquela coisa de como vai ser. A gente sempre acha que não vai ser tão bom quanto, mas depois, a gente confirma que é. De Benfica para a sede da Rua do Ouvidor foi a mesma coisa. Benfica é um lugar paradinho, não exigia muito da gente, não tinha lugar para andar. O Centro era aquele local onde tudo acontece, ainda mais na Rua do Ouvidor, perto da Avenida Rio Branco. Então, fomos meio receosos de como seria nosso desempenho lá. No princípio, eu não gostei, porque era muito movimento e quando ia atravessar vinha aquela multidão e você também junto, aquilo foi, durante algum tempo, difícil aceitar. A viagem de metrô também, muito lotada, e eu tinha medo daquela confusão, mas me habituei. Do Centro para a Barra foi a mesma coisa, é muito longe e não sei o quê, mas estou gostando demais de estar na Barra, apesar da distância ter aumentado. A qualidade de vida é bem melhor, o prédio é excelente, as instalações estão muito boas. A minha ambientação aqui já está concreta, estou gostando muito. Estamos há uma semana, praticamente, e eu já estou completamente adaptada.
Cooperativismo
A Unimed é uma cooperativa, tem as suas características próprias, mas o funcionamento dela não deixa a gente perceber a diferença de uma empresa para uma cooperativa. O tratamento com os funcionários, o cuidado, o crescimento, é uma cooperativa de ideias bem arrojadas. Tanto que, cada vez mais, ela vem crescendo, vem se mostrando ao mercado. Então, é um ponto que não nos deixa perceber as diferenças que existem e são muitas. Você conhece a cooperativa, você vê que tem umas particularidades só dela, mas, no tratamento geral, no funcionamento, não deixa nenhuma diferença.
Casos pitorescos
Eu tenho um caso pitoresco do qual não participei, não estava na sala no momento, mas minhas colegas me contaram e acharam muita graça e eu também. Nós tínhamos um funcionário, que era gerente de uma área, e o Doutor Bomfim, que era o presidente na época, chamou esse funcionário na sala dele. Esse funcionário tinha mania de andar descalço, ele tirava os sapatos e ficava descalço. Os colegas esconderam os sapatos dele nesse dia e na hora de ir para a sala do Doutor Bomfim: “Meus sapatos, meus sapatos” Foi aquela confusão e ninguém entregou o sapato e ele foi só de meia. O Doutor Bomfim conversou o que tinha que conversar e ele voltou irado, dizendo que ia mandar meio mundo embora se o sapato não aparecesse. Aí os colegas, meio sem graça, entregaram os sapato. A gente riu muito com ele nesse dia.
Cotidiano de trabalho
Não tem muitos problemas, é o dia-a-dia, são as coisas que acontecem. A Unimed cresceu muito e nosso departamento também. Por exemplo, a marcação de ponto era no cartão de cartolina, o mecânico, hoje nós temos o Cronos, que é o eletrônico. Acho que na Barra já tem o projeto para identificação por leitura ótica. A nossa folha de pagamento, ao longo tempo, foi evoluindo, os softwares foram sendo trocados. Hoje nós temos um R.M. Sistemas, que é um software muito bem utilizado. Os projetos da nossa área foram crescendo ao longo do tempo e todos eles são uma satisfação, uma vitória, sabendo que a gente está crescendo junto com a empresa, que ela tem o cuidado de saber se os seus funcionários estão sendo bem estruturados. A Unimed sempre se preocupou em treinar os funcionários. Eu fiz dois cursos referentes à minha área, legislação trabalhista e previdenciária, na Fundação Getúlio Vargas. Internamente também, volta e meia, eles têm projetos onde há um treinamento dado por funcionários ou convidados. Eu fiz alguns e outros por minha conta, porque a gente também tem sempre que estar se preparando, não pode parar no tempo. Tem que estar sempre evoluindo, porque as coisas mudam muito, ainda mais legislação, que hora é de um jeito, hora já não é mais assim. Então, a gente tem sempre que estar com o treinamento em dia, sempre se esforçando para não estar fora.
O que penso da Unimed
Difícil definir em uma frase ou palavra. Pode ser até assim: em busca do sucesso. Ela sempre foi muito importante, porque é dela que eu sempre fiz as minhas coisas. Criei as minhas filhas, possibilitei a elas uma boa vida, um padrão bom. Hoje a Unimed é muito importante para mim. Você fica quase que se sentindo dona da Unimed, é como se fosse a minha casa, porque são 20 anos e a gente vê todo dia aquela rotina. Então é como se fosse realmente a casa da gente e ela é realmente muito importante na minha vida.
Projeto Memória
Eu senti uma satisfação de poder falar da Unimed e de poder colaborar com esse trabalho bonito que é o de fazer uma memória. Senti-me bem, feliz de poder dizer alguma coisa que vai acrescentar, vai formar esse projeto, que é bem interessante e legal. A gente nunca deveria perder a memória de nada, tanto de família, país, empresa. Eu acho super interessante.Recolher