Estudei meu primeiro grau no colégio Santa Julia, no bairro do mesmo nome, que hoje é conhecido como Expedicionários. Era um estabelecimento de ensino publico portador de boas acomodações, boas salas de aulas, um grande auditório, um páteo enorme para os recreios e nos fundos um Clube Agrícola.
Quanto ao corpo docente, tinha boas professoras, como seja Hercília Fabrício – Professora Maria de Lourdes – Professora Nevinha e outras que não me lembro no momento. Sim Tinha também Professora Miriam, que apesar de não ensinar muito, tinha o lado bom da amizade. Era cordial e boa para nota. Certo dia chamou vários colegas ao quadro negro para escrever a palavra “Exceção”. Rui foi e escreveu “Esssessão – Odete foi e escreveu – Ecessão - Lauro foi e escreveu – Exessão Eu já estava nervoso por que não sabia como escrever e estava chegando minha vez, o que não tardou. Diante do quadro negro, tomei o giz e escrevi – ECEÇÃO. Vocês estão vendo,Exclamou a Mestra é assim que se escreve. Marinaldo é um aluno aplicado e estudioso.
Fiquei nas nuvens pelo elogio recebido. Escrevi sem saber, se acertei foi por acaso.
Meu pai era Inspetor Técnico do Ensino e ao chegar em casa relatei o acorrido, pensando em ser também elogiado. Escreva aqui nesse papel a palavra que você escreveu no quadro? Quando escrevi ECEÇÃO e disse que a professora me elogiou ele deu uma bronca e foi no outro dia, contra minha vontade, chamar a atenção da Dona Miriam. Deus sabe como fiquei chateado com a atitude do meu pai.
Para agradar a minha Mestra, fiquei sabendo que gostava de comer Jurubeba e todo dia sem EXCEÇÃO levava pacotes da fruta amarga.