IDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento Meu nome é Arli Fagundes da Silva. Nasci em 22 de Junho de 1968, em Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul.
TRABALHO Ingresso na empresa/Trajetória profissional Eu entrei em 1991. Entrei por acaso, que eu ia para Porto Alegre a ...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO Nome, data e local de nascimento
Meu nome é Arli Fagundes da Silva. Nasci em 22 de Junho de 1968, em Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul.
TRABALHO Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu entrei em 1991. Entrei por acaso, que eu ia para Porto Alegre a busca de um outro emprego e, no ônibus eu ouvi comentar que tinha vaga... que a Brahma na época estava contratando. Eu não sabia nem o endereço, aí eu segui a pessoa que disse que estava indo até a Brahma. Aí eu cheguei lá, tinha uma fila enorme e eu via que a parte daquela fila, 80% era dispensada, conversava com a assistente social e 80% saíam. Até que chegou na minha vez, aí o requisito que estava sendo exigido era dois anos, nos últimos dois anos a carteira deveria ter sido assinada por 22 meses, então tu poderia estar desempregado só por 60 dias. Mas eu nunca tinha trabalhado com carteira assinada, tinha vindo do interior, Santo Antônio. Aí eu perguntei, ela disse: "Não, pode. Se nunca trabalhou pode fazer a entrevista.” aí lá eu fiz a entrevista e peguei. Era uma véspera de carnaval, peguei uma quarta-feira após o carnaval, fui admitido antes, comecei a trabalhar na quarta após o carnaval. Entrei na antiga sacaria, hoje não existe mais, a matéria-prima chegava em sacos. Aí fiquei 62 dias contando saco, que era nas esteiras, pegando saco de açúcar, de arroz, de malte, né? Quando fez 62 dias o encarregado me chamou, perguntou se eu gostaria de... se eu tinha facilidade com matemática, essas coisas assim, né, tinha uma vaga um pouco mais leve, se eu estava interessado. Aí eu troquei, saí da sacaria para a fabricação, setor em que trabalhei, de 15 anos que eu tenho hoje, eu trabalhei 14 anos. Eu saí um ano só desse meio, da fabricação. Aí passei para lá antes do contrato, o meu contrato era 90 dias na época, ele disse: "Ó, se tu passar o contrato, tu vai ser promovido." terminei o contrato, fui promovido, trabalhei dois anos como ajudante na época, ajudante de cozinheiro como se chamava quem trabalhava na fabricação, aí depois passei a cozinheiro, aí trabalhei mais cinco anos. Isso na Filial continental.
Auxiliar de cozinheiro era quem fabricava a cerveja a um período atrás... Esse nome, eu acho que faz uns oito anos para cá que se trocou, que se chama hoje é o operador. Mas antes era, quem fazia a cerveja, elaborava o mosto era cozinheiro, quem filtrava era o filtrador, tinha os nomes específicos para cada função. Aí trabalhei até a fábrica fechar, no caso estava fechando, foi abrir a filial Águas Claras, aí eu fui transferido para lá. Nós éramos de 22, fomos em dois só. Tinha um grande receio que não ia dar certo, aquela cultura que tinha ali demais braçal,
o pessoal que trabalhava diretamente com o produto não iam se adaptar a trabalhar em uma fábrica totalmente automática, operar só por computador, então ia dar um choque muito grande. Mas fomos os dois para lá, um saiu em seguida, tinha uns problemas, saiu e eu continuei. Aí fui lá, como operador trabalhei cinco anos, de quatro anos para cinco anos, fui promovido a supervisor no mesmo setor. Aí trabalhei mais um ano de supervisor naquele setor, troquei para outro setor e trabalhei mais um ano. Voltei de novo para a fabricação que foi o setor de origem. Sempre trabalhei na parte de cerveja. E agora, recentemente, está fazendo no torno de 60 dias, fui promovido a staff. Aí sim, agora é toda a área de cerveja. São fabricação, adegas e filtração. Aí o staff fica responsável, no caso, pelo setor todo. Juntamente com a supervisão de cada setor. É onde eu estou agora.
MUNDO DO TRABALHO Cotidiano de trabalho
A parte do cozimento, foi o grande aprendizado para trabalhar na AmBev. Era onde a gente pegava a matéria-prima, o malte, que já vinha pronto da maltaria, e moía - na época, era com moinhos de água. Depois ia para uma tina de mostura, onde tu oferecia as temperaturas para que a cerveja começasse a ser elaborada - primeira temperatura em 44 - ativando as enzimas. Só que isso tudo era manual. Você tinha que ir lá e abrir uma válvula para entrar água. E para passar para a tina, tu ia lá e abria uma válvula. Quando tinha que ligar os agitadores dentro das panelas, das tinas, também você ia lá e acionava um botão. Quando fosse para parar também tinha que ir lá acionar um botão. E tudo anotado em planilhas, manualmente. Anotava: "Ah, levou dez minutos, levou 15 minutos. Ah, temperatura 44, temperatura 52." E ao mesmo tempo ia formando gráficos das temperaturas, que são feitos para ir se formando o histórico de como a cerveja tinha sido elaborada. A gente trabalhava em dois: um cozinheiro e um ajudante. Aí, depois dela pronta nessa tal tina de mostura, que ela saía de 44, 52... de 52 pra 76... a 72, onde é transformado em açúcar, a formação do açúcar, aí sim passava para a tina de qualificação, onde ia separar o sólido do líquido. Aí depois tu passava para a fervura, aonde ia adicionar lúpulo, que é o responsável pelo aroma e pelo sabor característico da cerveja, e depois resfriava essa cerveja para ir para a fermentação. Aí, a partir da fermentação já era outro setor. A gente fazia, na época, em Águas Claras, em torno de... eram duas salas, cada sala fazia em torno de 8 bateladas, são oito fabricações por dia, de 200 hectolitros. Hoje se faz muito mais do que isso. Eu participo de todo este processo. Todo dia. E repetitivo, né? A questão da braçagem é um processo, da fabricação da cerveja é muito repetitivo. Quando faz oito fabricações em um dia, tu faz oito vezes a mesma etapa e ela tem que ser sempre igual. Então, o ideal que você faça, se ela é de duas horas, a cada duas horas tu fazer o mesmo processo, para que chegar no final, se você fabricou um dia todo, você vai ter a mesma Brahma ou a mesma Skol ou a mesma Antártica. Se você começar a esperar em determinados períodos, pode começar a oferecer sabores diferenciados.
Aí passando para, digamos, Águas Claras, foi, não nego, foi um choque, né? A gente costumava ver a cerveja fervendo ali, tu via a cerveja sendo filtrada, a matéria-prima... aí fomos para lá e tu não consegue ver nada. Os equipamentos são todos fechados e é tudo através de computador. E aquilo que eu fazia manualmente de, a cada fabrico lá é anotar o tempo, a temperatura, abrir vapor para chegar até a temperatura que eu queria, isso é tudo feito automático. E os dados que eu anotava são feitos com uma coleta automática, no MES. Então ela ficou muito mais confiável, porque o Arli poderia ir lá e se enganar, era 45 e ir lá e botar 45.3, de acordo, no momento que você olhou. Já o MES não, o MES vai olhar a temperatura, vai coletar, não vai ter interferência nenhuma manual. Então os dados que você tirar de um relatório hoje são 100% confiáveis, porque é feito mecanicamente, não tem influência da mão-de-obra e, por outro lado, abriu-se aí a chance da gente aprender mais em outras coisas. Antes o operador não sabia nem ligar um micro. Passando para lá a gente passou a cuidar de toda a gestão, cuidar da parte de, digamos, de ganhos de matéria prima, de perda de extrato que se chama quantidade de matéria prima que tu usou para produzir aquele x de cerveja, quanto você perdeu naquele meio, trabalhar em cima disso para tentar reduzir, aumentar o ganho da Companhia. A parte da própria gestão do setor, o operador passou a ter mais acesso a tudo, né, ao PeopleSoft, os seus dados, o portal como um todo, poder acessar, ter todas as informações na mão. Então, e ter tempo para isso, porque quando você estava com uma planilha na mão, você corria o tempo todo anotando, era uma pessoa alienada, você saía dali e o que tu tinha feito no dia era abrir válvula e anotar valores. Já lá não, tu tem tempo para pensar, tu tem tempo para ir atrás daqueles dados para sugerir melhorias, analisar um processo, saber aonde pode vir a ter um ganho, né? Então acredito que mudou um pouco o perfil, mas, digamos, as chances para quem quer crescer, para quem quer aprender, ampliou bastante porque aí tu tem como fazer. Tu bota cabeça a pensar. Antes era só as pernas e os braços, né? E olhando como um todo, para mim, eu conhecia muito pouco os outros setores. Eu acho que é o que refletia antes quando eu disse que a pessoa ficava o dia todo anotando uma planilha, tu não conhecia como é que uma adega funcionava, como é que um Packaging, a parte de envaso funcionava. Então, para fazer uma comparação eu, digamos assim, teria até dificuldade para fazer uma comparação do antes para o depois. Agora depois de indo para lá, em pouco tempo aprendi a parte de adegas, como é que funciona, embora tu não tendo aquele acesso de ver a cerveja ali, mas através de informações, de dados, de relatórios de metas, porque aí tu tem acesso a toda a Companhia, não é ter acesso a tua planilha não, é acesso a tudo. Então tu consegue consultar, basta ter vontade e curiosidade. Trabalhei na filtração que aí é um setor que fica... uma interface entre a cerveja e a parte de envaso. É super complicado, a gente precisa, muito pouco depende do setor para que a cerveja chegue lá com qualidade, a cerveja tem chegar ali com qualidade e tu não pode deixar faltar cerveja nunca para o Packaging lá na frente. É uma pressão bem considerável, a gente fica o tempo todo super atento para não deixar faltar a cerveja e a responsabilidade, não é, porque quem trabalha na filtração e a adega de pressão, é ele que libera a cerveja com o oxigênio dentro, com o CO² dentro, com a concentração dentro de faixa, porque tem o PTP, tem que respeitar, então não é só tu filtrar ela: "Ah, tá filtrada.” Não. Tem todo um PTP para ser atendido e a hora que tu liberar para o Packaging, tem que estar 100% dentro de faixa, né? Então é uma pressão bem considerável em estar ali, a responsabilidade é enorme.
UNIDADES DE PRODUÇÃO Águas Claras do Sul (RS)
A gente, aqui em Águas Claras, estamos começando esta semana a fabricar a Bohemia, mas até o momento a gente vinha fabricando Skol, Brahma, Antarctica e Polar. Porque a fábrica é para grandes volumes. A gente produz, uma linha de lata que produz 90.000 por hora e a retornável hoje, estão dando em torno de 63.000 por hora. Então, para dar conta, ela já foi projetada para isso, para envazar os volumes que mais rodam, né? Ela abastece o Rio Grande do Sul todo, mas, em caso de necessidade, é transferido cerveja. Às vezes é transferido tanto dessa produção, produz aqui no Rio Grande do Sul para fora, como pode vir de fora. E principalmente a lata, que tem uma capacidade superior à capacidade de consumo nossa aqui.
PROCESSOS INTERNOS DA EMPRESA Fusão
Quando eu entrei na AmBev em 1991, no caso eu era Brahma na época, depois houve a fusão, eu acho que ali já tinha começado um processo assim de mudança da cultura da Companhia, né? Quando começou a se pensar mais em qualidade e olhar mais para o lado humano, né? A gente percebia os comentários que a gente tinha de colegas mais velhos, o relacionamento que tinha entre supervisão e operação, era algo muito frio. Os caras... era motivo de comemoração o dia em que um supervisor ou um encarregado na época, que foi mudando as estruturas um pouco, na época tinha o encarregado do setor, cumprimentava, dava um bom dia ou apertava na mão, o cara ficava, ou desconfiado ou muito faceiro, né? Que não era costume, não era costume de, digamos, essa cultura de tratamento e relacionamento, eram bem separadas as coisas assim. E naquela época começou, a gente começou a participar de reuniões, primeiro foi passada esta proposta que a Companhia estava enxergando dessa forma, que queria uma equipe e para isso precisava um entrosamento legal entre operadores, supervisores, gerência, todo mundo trabalhando unido. Aí, em 1994, foi três anos depois que eu tinha sido admitido, a gente ganhou um PEF em Águas Claras...
Aí em 1994, a gente ganhou um PEF, a filial Continental, e o PEF é o prêmio de excelência fabril para a filial que mais... conseguiu se destacar mais nas metas durante o ano, teve o melhor resultado, né? E isso já é montado aonde que, faz com que a participação operacional seja enorme. Então ali foi a primeira prova, assim, que a coisa estava mudando, foi o primeiro prêmio que a gente ganhou e o pessoal começou a acreditar mais, ter mais uma confiança naquilo que a empresa estava passando. E foi só evoluindo, aí começou a entrar padrões, no dia-a-dia a participação da operação foi mais valorizada, e aí foi uma evolução contínua, né? Aí passando lá para Águas Claras, foi contratada uma equipe toda ela técnica, com exceção de alguns da continental que tinham já um bom histórico na fábrica, que foi considerado com uma formação técnica, um bom conhecimento, mas acabou ampliando muito a capacidade dessa equipe de operação participar, como um todo, da Companhia. A Companhia evoluiu muito em planos de saúde, uma coisa que, digamos assim, envolve mais a família junto porque quando tem um plano de saúde é para todos e essa cultura e esse trabalho foi desenvolvendo durante o ano, eu acho que tem uma grande diferença entre o que se pensava e o que houve, porque quando aconteceu a transferência de continental para Águas Claras, o grande receio era que aquelas pessoas já viciadas que diziam: "Ah, já está há muito tempo na Companhia, coisa e tal..." fossem levar uma cultura que não fosse ser aceita dentro dessa equipe. Que foi bem pelo contrário. Aquelas pessoas que foram para lá se sobressaíram, porque a Companhia já tinha feito um trabalho aonde as pessoas, em vez de arrumar uma cultura, digamos, com vícios ruins que fossem causar prejuízo para a Companhia, causar desconforto, acabam sendo os carros fortes dentro da Companhia porque já está inserido no sangue aquela cultura AmBev, aquela cultura que, para quem quer e quem acredita dá certo, foi quem puxou o barco no início para que a coisa desse certo, foi essa operação mais velha, essa operação mais antiga. Então, por mais automática que fosse a fábrica, por mais diferente que fosse, cerveja é feita, sempre vai sair cerveja no final. E compromisso, responsabilidade com aquilo que está fazendo, aquela pontualidade, o espírito de equipe, isso aí nada muda, pelo contrário, precisa mais ainda. Quanto mais o setor tem como funcionar automático, mas é necessário as pessoas que estão lá serem unidas e enxergarem as coisas juntos, porque o sistema pode, assim como pode ser a solução para um problema, também pode ser um problema em um processo, porque outros sabem trabalhar ele e tudo que acontece tem que ser dividido, porque é uma coisa que tu não está enxergando, tu não está vendo, não tem aquela... palpável ali de ver a cor de uma cerveja, de ver a reação no momento ali, tu vai ver lá no final de uma fabricação, então precisa ter todo um espírito de todos querendo fazer a coisa dar certo. E eu acho que, em termos de cultura, entre o que foi transferido da época que eu saí da continental para lá, eu não vejo grandes alterações. Bem pelo contrário, senão as pessoas que estavam na continental não teriam dado certo lá, né? E deu super certo. Todos que foram para lá se destacaram, a maior parte, hoje, é supervisão. Principalmente aquelas pessoas que foram atrás de informação, que a Companhia sempre pregou, desde lá em 1993, 1994, para estudar, para se formar. Ajudou, está ajudando até hoje e aquelas pessoas que demonstraram interesse, que foram atrás, que estudaram e tal, todas elas cresceram dentro da Companhia. Tudo é supervisão, alguns já são gerentes, todo mundo cresceu dentro da Companhia.
PRODUTOS Cerveja Polar/Cerveja Skol
A Polar é mais concentrada. É feita aqui no sul. Eu... não é uma coisa assim que é uma informação oficial que eu tenha, é uma coisa que eu imagino que é o que mais deu certo para a Polar é que a Brahma que era produzida na continental era uma cerveja diferente, digamos assim, era... uma Brahma produzida no Rio Grande do Sul era diferente da Brahma produzida em São Paulo. Ela era um pouco mais forte, era característica da cerveja produzida no sul e essa Polar tem muito a ver com essa Brahma que era produzida aqui no sul. Que é por característica da própria fábrica. A gente tinha fábricas muito diferentes, cada um trabalhava de uma forma, acabava saindo cerveja diferente. Hoje não, a Skol, se você tomar Skol, pode tomar Skol em todo o Brasil, ela vai ser igual. Foi a parte sistemática da Companhia foi modelada para isso, para tentar ter o mínimo de diferença para que não seja percebido. E a Polar, ela é diferente porque a concentração dela é diferente. E tem mais o toque do gaúcho, né, que é bairrista para caramba, e acho que aí é um mate, para o meu ver, é um mate que o gaúcho... quando a coisa é daqui valoriza mais, mas é uma cerveja especial.
Eu acho que o caro-chefe é a Skol. Skol é bem vendida em todos os Estados.
AÇÕES DE COMUNICAÇÃO Campanhas da Skol
Olha, eu não sou muito bom de memória, mas eu, esses dias, agora nesse semestre, eu faço administração na ULBRA e a minha professora de marketing levou para a faculdade para a gente fazer um trabalho entre a Skol e uma concorrente. E aí passaram ali, ela tinha compactado, eu acho que uns 15 comerciais da Skol. Muito criativo, um humor enorme, do redondo, né, e de praia mostrando, fazendo analogias com mulheres bonitas... então foi muito interessante, eu via que dali eu achei, assim, dos mais dez que, normalmente quando se põe um filme em uma faculdade, a maior parte: "Ah, não gosto uma coisa, não gosto por outra..." e todo mundo adorou ver aqueles comerciais que eles já viram mesmo na televisão, ficaram ali olhando e depois vários comentaram a criatividade... muito interessante. E aí depois, passou, eu acho que uns dez dias, eu vi um e-mail criticando um produto para emagrecer, que é de uma guria da faculdade também e ela dizia, no cabeçalho do e-mail dizia assim: "Se vende tudo na televisão, desde os comerciais criativos das cervejas que nos fazem rir, não sei o que..." aí faz um baita de um comentário positivo e aí depois fala mal desse comercial lá de produto para emagrecer que achava que era uma babaquice o que estava escrito no comercial. Então é bem... sabe, eu fico contente, com orgulho de participar da Companhia e de ver a forma que as pessoas estão vendo fora a Companhia em um todo, porque quando fala, desde comercial até a parte de produção, né?
TRABALHO Momentos marcantes
Ontem, quando o meu gerente ligou e eu comentei com ele, eu acho que eu veria vários momentos marcantes para falar, porque eu não comento muito mas eu sinto muito orgulho em saber que eu entrei lá carregando saca na cabeça e hoje eu sou destaque de processo, né? Um passo a passo assim que quando eu começo a pensar, eu fico super contente, né? Uma, eu acho que eu fiz a minha parte, corri atrás, procurei informação que é o que toda a Companhia exige hoje, mas por outro lado, fui reconhecido também, quer dizer, a gente sabe, a gente vê muitas pessoas que, às vezes, lutam a vida toda e nunca são reconhecidas e lá eu fui reconhecido. Mas eu acho assim, foi mais marcante para mim foi quando eu passei o meu contrato na Companhia, porque tinha vindo do interior para cá, não sabia nem certo onde é que era Porto Alegre, e quando eu entrei estavam demitido muita gente, a Companhia estava passando por uma reformulação grande, então trocando muitas pessoas antigas, pessoas que não estavam aceitando aquela mudança de cultura que a Companhia começou a implantar, achavam que o modo antigo é que era o certo, então muitas pessoas estavam saindo e aí disseram para mim: "Não, tu entrou em fevereiro, tu vai trabalhar essa parte, essa parte que está vendendo bem, agora em fevereiro, março, em abril vai cair a produção bem quando vai vencer o seu contrato. Não faça muito, digamos assim, planos, expectativas, porque você mas acabará se decepcionando." aí eu continuei fazendo o meu trabalho, aí quando fez 60 dias o gerente me chamou, perguntou para mim: "Ah, tu é um cara interessado. Quais são seus objetivos?” aí eu disse: "Não, quando eu entrei aqui, fiz a entrevista, você disse que tinha esse setor aqui que você era encarregado, que era o menor salário, depois tinha um outro setor aqui que teria um ajudante que ganhava o dobro do que eu estava ganhando e que os caras bons passavam a cozinheiro e que ganhava o dobro do operador. Então que eu ia ganhar em torno de 300% do meu salário. Não sei se vai levar um mês, dois , três, um ano, dois anos, não sei quanto tempo vai levar. Vou fazer de tudo para um dia chegar lá." aí ele olhou para mim e disse assim: "Não, eu estava pensando em te por de auxiliar aqui." eu disse: "Não, tudo bem. Pode ser um auxiliar." "Não, mas depois do comentário que tu fez, eu vou dar uma chance para ti. Vai pegar de noite, na segunda-feira, e se tu passar o contrato, tudo está promovido." para mim, que estava em uma perspectiva que poderia ser demitido, quando não passaria o contrato, acabei, no dia em que passei o contrato, ganhando uma promoção. E dali para frente foi tudo mais fácil. Tudo mais fácil, né, porque de um para um lado, eu confiei que bastava fazer por onde e a Companhia aproveitava as melhores pessoas, estava atenta a isto e, por outro lado, pensando isso aí eu fui correr atrás para poder vir a me chamar a Companhia.
PROJETO MEMÓRIA VIVA AmBev Importância da história/Importância dos depoimentos
Olha, vamos dizer assim que eu fique surpreso com a gravação, com a iniciativa da Companhia, porque a cada ano que vem passando, a Companhia vem evoluindo no tratamento com seus funcionários. Isso é constante. Eu, para quando entrei para hoje, vejo uma diferença enorme em tudo e claro que cada vez, quanto mais vai passando essas diferenciações terão que ser mais ousadas. Então, eu acho assim, excelente porque mostra para quem está hoje no meio, digamos, de uma carreira aqui, tem mais 10,15 anos para frente, que a Companhia está procurando, digamos, tratar com o maior carinho as suas pessoas e isso dá uma confiança da gente continuar investindo pela vida afora e para quem está começando vê todo o tratamento de quem está dentro da Companhia, que é só investir que um dia elas estarão passando por isso, né? então eu acho excelente, para mim que hoje sou supervisor, isso me ajuda bastante porque é uma forma da gente incentivar, usar para incentivar quem está trabalhando com a gente, mostrando a visão que a Companhia tem porque é difícil de você fazer as pessoas acreditarem, ter fé, acreditar naquilo que nunca viu. Agora o exemplo prático, estando na frente é bem mais fácil da gente convencer qualquer um, né?Recolher