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Por: Museu da Pessoa, 4 de agosto de 2007

Cinema na igreja, paquera na praça

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Cinema na igreja, paquera na praça

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Eu nasci em 12 de outubro de 1942, em Pederneiras, São Paulo. Meus pais, até grande parte da vida deles, a minha mãe era dona de casa, e uma boa parte da vida do meu pai foi como produtor rural. Ele tinha fazenda e depois ele foi para a cidade e passou a ser comerciante, quando nós entramos em idade escolar, os três primeiros filhos – somos oito, mas quatro nasceram na cidade, os outros tinham nascido na fazenda.

Eu me lembro de uma cena marcante da minha infância: tomar leite tirado na hora, eu e minhas irmãs pequenininhas, ainda de camisolinha, bem cedo, de flanela, nós íamos com uma canequinha, e a minha mãe colocava Toddy na canequinha de alumínio, e o meu pai ordenhava a vaca diretamente na caneca. E a gente vinha tomava aquele leite que ainda estava quente, ordenhado na hora num cantinho da casa onde batia sol. Tomávamos o leite, eu e minhas irmãs, e depois tomávamos um café mais completo dentro de casa. E aí brincávamos, ajudávamos no que fosse possível. As famílias eram muito grandes, e a gente visitava muito os parentes. Então, a vida social era entre os parentes, com os primos, primas.

A minha mãe contava histórias de contos de fadas e ela costurava até altas horas. Ela dizia que ouvia às vezes um assobio, não tinha luz elétrica na fazenda, muito forte um assobio, porque diziam que era o saci que passava por ali e ela acreditava nisso. E, quando a gente ia para a fazenda, nós morávamos numa fazenda e íamos para a fazenda dos meus avós maternos, passávamos alguns períodos de festas familiares, de fim de ano, Natal. E a avó preferida era a mãe da minha mãe, porque ela reunia os netos todos ao pé do fogo, de noite, e contava história de assombração. A gente vibrava com as histórias de assombração, adorava ouvir e depois morria de medo na hora de dormir. Então, os primos todos se reuniam em volta da minha avó, e ela tinha um espírito assim muito alegre, ela era bastante desembaraçada, falava, era uma avó que...

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