De tempos em tempos, me presenteio – especialmente durante meu renovo anual. Gosto de simbolismos e, ao presentear as pessoas ao meu redor, sempre reflito sobre o significado dessas escolhas. Da mesma forma, acredito que os presentes para mim devem ir além da simples comemoração; eles precisam carregar um propósito mais profundo. O que esse presente realmente me oferece?
Descobri que novas experiências podem marcar uma vida inteira. Por isso, passei a investir tempo e recursos em vivenciar o desconhecido. Há em mim um desejo constante de nutrir o vigor de viver. Sinto-me verdadeiramente viva quando encaro meus medos, seguro minha própria mão e me lanço ao mundo de possibilidades infinitas.
No entanto, também aprendi que nada nos pertence por completo, nem mesmo essas vivências. Elas se tornam mais valiosas quando as compartilhamos com os outros. E agora, já conto os dias para me adentrar na Mata Atlântica e iniciar mais uma imersão.
Ao me afastar do cotidiano e mergulhar na vastidão da floresta, sinto-me imersa não apenas no contexto espiritual, mas também em mim mesma – nos meus pensamentos e, principalmente, nos meus novos sonhos.
Meu presente este ano será a peregrinação \\\"Caminhos da Sabedoria\\\".
Caminhar 108 km pela Mata Atlântica, sozinha e imersa em meus pensamentos, será uma das maiores experiências da minha vida. Este circuito, que começou no ano em que nasci, 1987, é um diálogo entre o Budismo e o Cristianismo, sendo considerado o primeiro caminho de peregrinação espiritual no Brasil. A caminhada totaliza 108 km de imersão e dura, em média, cinco dias. O número 108, carregado de simbolismo, é um lembrete de cura e conexão. Assim como nas saudações ao Sol na prática do yoga, onde realizo 108 repetições, cada desafio é um ciclo que tem seu fim. Quando saúdo o Sol, sinto o corpo cansar, tremer, e a purificação da alma acontece junto com o suor que escorre. Para quem vive práticas espirituais...
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De tempos em tempos, me presenteio – especialmente durante meu renovo anual. Gosto de simbolismos e, ao presentear as pessoas ao meu redor, sempre reflito sobre o significado dessas escolhas. Da mesma forma, acredito que os presentes para mim devem ir além da simples comemoração; eles precisam carregar um propósito mais profundo. O que esse presente realmente me oferece?
Descobri que novas experiências podem marcar uma vida inteira. Por isso, passei a investir tempo e recursos em vivenciar o desconhecido. Há em mim um desejo constante de nutrir o vigor de viver. Sinto-me verdadeiramente viva quando encaro meus medos, seguro minha própria mão e me lanço ao mundo de possibilidades infinitas.
No entanto, também aprendi que nada nos pertence por completo, nem mesmo essas vivências. Elas se tornam mais valiosas quando as compartilhamos com os outros. E agora, já conto os dias para me adentrar na Mata Atlântica e iniciar mais uma imersão.
Ao me afastar do cotidiano e mergulhar na vastidão da floresta, sinto-me imersa não apenas no contexto espiritual, mas também em mim mesma – nos meus pensamentos e, principalmente, nos meus novos sonhos.
Meu presente este ano será a peregrinação \\\"Caminhos da Sabedoria\\\".
Caminhar 108 km pela Mata Atlântica, sozinha e imersa em meus pensamentos, será uma das maiores experiências da minha vida. Este circuito, que começou no ano em que nasci, 1987, é um diálogo entre o Budismo e o Cristianismo, sendo considerado o primeiro caminho de peregrinação espiritual no Brasil. A caminhada totaliza 108 km de imersão e dura, em média, cinco dias. O número 108, carregado de simbolismo, é um lembrete de cura e conexão. Assim como nas saudações ao Sol na prática do yoga, onde realizo 108 repetições, cada desafio é um ciclo que tem seu fim. Quando saúdo o Sol, sinto o corpo cansar, tremer, e a purificação da alma acontece junto com o suor que escorre. Para quem vive práticas espirituais como o yoga, sabe o poder de completar as 108 saudações – corpo, mente e espírito em perfeita sincronia.
Eu, que tenho trilhado tantas jornadas espirituais nos últimos anos, sinto que esta poderá ser uma das experiências mais profundas da minha caminhada. Vou em busca da sabedoria interna para lidar com antigos fantasmas que ressurgiram, lembrando-me de que nada está completamente resolvido. Há sempre uma gaveta emocional precisando ser arrumada.
Coragem é necessária não apenas para começar longas caminhadas, mas para se manter nelas. Não falo apenas da peregrinação, mas da pressa com que buscamos alcançar certos lugares na vida. Iniciamos um projeto e, nos primeiros passos, já queremos resultados imediatos. Mas é preciso mais do que a coragem de dar o primeiro passo; é necessário coragem para continuar na estrada. 108 km se percorrem um passo de cada vez.
Então, pergunto a você: Está realmente atento ao seu caminho?
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