Projeto: “Qual é o seu Centro?” - Centro Cultural Banco do Brasil.
Realização: Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Leia Vieira Pinto de Oliveira
São Paulo, 19 de maio de 2001
Código: CCBB_CB193
Revisado por: Mylena Fernandes de Carvalho
P/1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 – ...Continuar leitura
Projeto: “Qual é o seu Centro?” - Centro Cultural Banco do Brasil.
Realização: Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Leia Vieira Pinto de Oliveira
São Paulo, 19 de maio de 2001
Código: CCBB_CB193
Revisado por: Mylena Fernandes de Carvalho
P/1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 – Por favor, seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Leia Vieira Pinto de Oliveira. São Paulo, 23 de fevereiro de 1940
P/1 – Dona Leia é uma das moradoras aqui do centro de São Paulo, do Edifício Copan. Então, dona Leia, conta pra gente qual é o seu centro? Quais são os locais que a senhora frequenta aqui no centro de São Paulo?
R – Bom, como eu moro bem no centro mesmo, a minha atividade física, eu faço ginástica no Hilton [Hotel localizado no Morumbi- São Paulo], na parte da manhã, eu frequento muito a rua do Arouche [Localizada do distrito da República], o Shopping Light [Localizado no Centro Histórico de São Paulo]...Geralmente esse centrão mesmo. Eu vou também no Shopping de Higienópolis, mas aí já é fora aqui do centro. Eu frequento a igreja da Consolação, eu faço compras em alguns supermercados aqui perto, aqui na Barão também. Frequento farmácias. Agora, médicos, alguns médicos também aqui no pedaço.
P/1 – Como é que é morar no centro? Porque as pessoas normalmente vêm pra trabalho, vem pra lazer. Como é que é morar no centro?
R – Eu como já morei em bairro e depois que eu me casei eu vim pro centro, eu acho muito bom. Justamente porque é central. Nós temos o metrô aqui na Praça da República e ele dá uma facilidade pra gente ir pra outros lugares. Eu acho isso bem interessante. Chega sábado e domingo, é muito calmo, e você pode frequentar praças. Não tem problema. Você tem a Praça da República. Hoje está meio complicado, mas há uns tempos atrás, era muito bom. Tem muitos cinemas, muitos restaurantes. Então você consegue... bastante área de lazer. Hoje em dia já precisa mais classificar, porque é meio problemático. Mas, eu gosto muito de morar no centro.
P/1- Dona Leia, e um personagem típico desse centro, qual a senhora escolheria.
R – Personagem?
P/1 – Personagem de rua, de praça. Alguém que chama a atenção. Um anônimo mesmo.
R- Olha, vou ser sincera, não me chama a atenção nada. Pra dizer francamente pra você, durante a semana, quando eu saio, é muito corrido. A gente sai com aquela finalidade, pra fazer uma compra. Eu realmente não tenho uma personalidade que eu pudesse falar pra você agora.
P/1 – E uma história acontecida aqui no centro, ou com a senhora, ou que a senhora presenciou ou mesmo lá onde a senhora mora, no edifício que é quase uma cidade.
R - Realmente é muito grande. Não teria nada pra contar pra você. Realmente não.
P/1 – E agora a senhora conta pra nós de uma música que lembra o centro da cidade, ou um som. Como a senhora mora aqui há muito tempo, qual é um som característico do centro?
R – Eu acho que é samba. Tem uma música da Av. São João...
P/1 – Tem. Do Caetano?
R – É.
P/1 – E agora, sobre essa exposição que está tendo aqui?
R – Acho fantástica. Acho muito interessante porque eu acho que, esse pedaço que tem o banco tem construções lindíssimas. Então as pessoas acabam nem olhando porque vem mesmo a trabalho. Mesmo quem trabalha aqui passa e não faz observação nenhuma. Então, eu acho que aqui vai ser um ponto de referência, principalmente porque é um lugar que você pode entrar, você fica à vontade, não tem perigo de nada. Porque a gente hoje em dia fica muito preocupada com esse tipo de assalto, essas coisas. Aqui, você chega e está bem. Toma um café... Eu achei muito bom mesmo, inclusive eu sou sócia da Associação dos Executivos da Boa Vista, e sou conselheira, como eu venho às vezes em reunião, eu passo sempre por aqui. Acho super interessante. Acho que foi uma ideia sensacional, esse centro cultural.
P/1 – Está certo então, dona Leia. Muito obrigada pela sua colaboração.
R – Obrigada vocês.
FIM DA ENTREVISTARecolher