Buscar nossa energia e nunca desistir

P – Boa tarde, Flávio. R – Boa tarde. P – Você poderia falar o seu nome completo, data e local de nascimento? R – É Flavio Alves Antunes, eu estou com 30 anos e nasci 2/9/1976. P – Você nasceu no Rio? R – Nasci no Rio. P – E quanto tempo faz que você está na companhia? R – Tem ...Continuar leitura

P – Boa tarde, Flávio.
R – Boa tarde.
P – Você poderia falar o seu nome completo, data e local de nascimento?
R – É Flavio Alves Antunes, eu estou com 30 anos e nasci 2/9/1976.
P – Você nasceu no Rio?
R – Nasci no Rio.
P – E quanto tempo faz que você está na companhia?
R – Tem 3 anos e 3 meses.
P – E como que foi assim que você chegou a vir trabalhar na companhia?
R – Eu comecei na companhia foi com, fazendo eventos. Trabalhando em uma agência de eventos, comecei a fazer eventos aqui para a companhia. Na época quando eu comecei foi até o projeto Ponto Azul. Isso é bastante antigo. Aí eu saí da agência de eventos e vim trabalhar aqui na companhia no caminhão. Fazendo entrega. Mas não é de bebidas não. Era de refrigeradores, mesa, cadeiras. Aí fiquei mais ou menos um ano e meio. Aí surgiu a oportunidade para mim trabalhar em uma empresa terceirizada que prestava serviço para o AS. Aí eu fiquei lá um ano. Aí saí. Fui trabalhar em uma outra empresa. Depois de um tempo apareceu uma oportunidade, eu me inscrevi. Fui chamado. Aí passei pela seleção, aí estou aí.
P – E você veio, quando você passou pela seleção, foi para vendedor?
R – Não. Foi para auxiliar de marketing quando eu comecei.
P – Não. Auxiliar de marketing.
R – Aí eu comecei auxiliar de marketing na sala da Brahma, e aí quando eu fui promovido a vendedor foi para o projeto. Quando começou o projeto Marcas, aí me chamaram. Fizeram uma outra entrevista, perguntaram se eu estava interessado em passar para o projeto, ver se era uma coisa legal para mim. Foi aonde eu parti para o projeto que foi começando na Ilha, que estamos até hoje lá.
P – E, Flávio, assim, quando você era terceirizado, né, logo no começo que, assim, você gostava do que você via? Assim, é um lugar que você pensava em trabalhar mesmo?
R – É, com certeza. Desde quando eu comecei lá na agência de eventos já era uma meta, assim, uma vontade muito grande de trabalhar na companhia. Infelizmente nesse período que eu trabalhei terceirizado não surgiu oportunidade nenhuma. Para você ver que é uma coisa assim de destino, né? Estava escrito eu ter que vir para cá. Porque eu saí, fiquei um ano fora trabalhando em uma outra empresa. E, de repente, eu acabei sendo iluminado.
P – E quando você trabalhava com o caminhão também era terceirizado?
R – Era, eu trabalhava como motorista.
P – E foi uma coincidência também vir para trabalhar com a Ambev?
R – É, foi assim. Eu comecei, como eu te falei, trabalhando com eventos junto da companhia. Comecei fazendo montagem dos ponto azul, aqui no Rio de Janeiro. Foi, eu fui um dos primeiros a começar o projeto aqui. Como eu tinha a ambição de entrar para a companhia surgiu a idéia de que, de repente, eu trabalhando mais próximo da companhia eu pudesse entrar para a empresa que prestasse serviço. De repente até vim para a Ambev. Só que isso não aconteceu. Eu vim para trabalhar no caminhão para ficar alguns meses para poder fazer uns contatos. E, de repente, só que isso não aconteceu. Eu fiquei um ano e meio. Aí depois eu fiz uma inscrição pela empresa que prestava serviço, aí fui chamado. Um ano depois eu saí e não voltei mais. Aí ficou mais um pouquinho. Aí fiz uma inscrição e acabei entrando.
P – E quando você entrou, assim, você falou: é isso mesmo que eu quero, é aqui? Era o que você esperava?
R – Era o que eu esperava, sim. Era um sonho. Foi uma coisa assim de realização. Uma coisa que você sempre espera. Está sempre assim, querendo mais. E foi o que aconteceu comigo. Depois desse tempo eu consegui realizar o meu sonho e a minha vontade de vir trabalhar aqui.
P – E como que é seu dia-a-dia, assim? Eu queria que você falasse um pouquinho do teu trabalho de vendedor? Como que é isso.
R – É, o dia-a-dia, né, normal como todos os outros trabalhos. Só que assim, a gente faz o algo a mais. A gente sempre busca o melhor para a gente e até mesmo para a companhia. Que é assim: a gente preza muito aqui o nome da companhia, que a gente tem que mostrar na rua o que realmente a companhia é. E assim, algo diferente, cada dia é um dia. Nunca é um dia igual ao outro. A gente está sempre buscando algo diferente, sempre mostrando o melhor possível.
P – E qual é a sua rota?
R – Ah, hoje eu faço aí é, um pedaço ali da praia. Praia da Bica, que eu passei para lá tem um mês agora. Praia da Bica, é a Colônia, faço ali a Ribeira, entendeu? Esses pedaços assim. Faço ali na Estrada Cambaúba. E fico assim. A rota é bem. Bem pequena. Não é uma rota assim muito grande não.
P – E é Skol.
R – E eu vendo Skol.
P – Você, assim, aqui no Rio a Skol tem uma região que ela vende mais, ou ela é uma preferência mesmo assim, carioca? Como que é isso?
R – É, realmente o Estado do Rio de Janeiro é muito consumidor de Skol. Acredito que lá na Ilha seja um dos lugares que mais venda Skol. Lá na Ilha eu acho que é o que mais consome Skol, sim. Diferente da Baixada, que eu moro na Baixada, e na Baixada a gente, quer dizer, lá a gente consome Antarctica, né? Que o pessoal vai, eu paro para beber também, a gente acaba bebendo Antarctica, porque vamos lá, né? É oito querendo Antarctica e dois querendo Skol. Aí a gente acaba bebendo Antarctica. Mas lá na Ilha do Governador é predominante a marca Skol.
P – Mas, assim, você acha que no Rio de Janeiro o carro chefe é Skol, da companhia?
R – Skol, com certeza. Com certeza é que manda.
P – E você acha assim, que tem um pouco a ver com essa coisa de juventude?
R – Ah, tem, porque é aquele negócio, né? A Skol tem bastante tempo no mercado, mas uma coisa voltada para os jovens, assim. Na hora que tu está na noite é uma azaração, tu está com uma Skol, usando um Skol Beats também. Tu não vai aparecer lá com uma outra marca querer impressionar uma mulher que tu não vai conseguir nunca, porque... (riso) vai ficar lá: "Esse cara aí está duro. Eu vou sair de perto dele que não dá não." Aí acho que a Skol é a que está voltada mesmo para a juventude daqui do Rio.
P – E, assim, eu acredito que parece que todo dia é igual, mas ele não é.
R – Não, com certeza.
P – Principalmente na companhia. Você lida com pessoas totalmente diferentes, mil clientes. Deve acontecer muita coisa. Você lembra de alguma coisa assim, alguma pegadinha, alguma coisa que aconteceu em algum ponto que você foi?
R – É, tinha um ponto de venda lá na Ilha, é? O, ele estava fazendo uma obra lá. Aí eu cheguei para atender ele, né, aí eu chamei: "Oh, seu Sebastião." Aí ele:"Opa, espera aí que eu já vou aí." Só que ele tentou passar assim, estava tudo fechado. Não tinha como ele passar. Ele:"Pô, espera aí que eu vou pular." Eu: "Calma aí, seu Sebastião." Ele falou: "Não, espera aí que eu pulo." Deu três passinhos para trás, correu. Quando ele foi assim ele não veio, só veio a dentadura dele, voando. Fez:"plac!" Aí caiu. (riso) Aí eu: "Pô, seu Sebastião, eu falei para o senhor não tentar pular. Olha só." "Não, pode deixar, se quebrar eu colo com superbonder." (risos)
P – (risos) Ele resolveu, assim.
R – Mas ele pulou aí veio me atender. Eu falei: "Eu passava aí." Ele estava fazendo um murinhozinho. Acho que era para fazer um balcão, né? Estava cheio de entulho. Nisso que ele veio, aí. Quer dizer, ele ficou e a boca veio.
P – Bom, não dá para esquecer nunca, isso.
R – Não tem como. (risos)
P – (risos) E, Flávio, na sua trajetória na companhia tem alguma coisa que tenha te marcado muito?
R – Na companhia?
P – Assim, algo que você sempre lembra.
R – Poxa, assim, que seja muito forte? PÔ, foi, assim, que eu lembro sempre é uma coisa que eu fiquei profundamente triste. Um companheiro nosso que estava indo para a rota e ele se acidentou, né? Não, ele está bem, não morreu. Mas infelizmente está afastado até hoje, já faz quase 2 anos já. E ele não está podendo trabalhar.
P – Hum, hum.
R – Assim, que a gente sempre lembra. A gente sempre quando passa ali na Linha Vermelha, a gente passa até com um pouco mais de cautela com relação a isso. Sempre lembrando nele, que é uma pessoa muito bacana.
P – E, assim, todo dia é um desafio na companhia, né? Mas assim, tem um desafio maior que você lembra?
R – Poxa, tem umas coisas que são meia, um pouco difíceis de estar se fazendo. Tem sempre um cliente ou outro que é um pouco enjoado. Às vezes a gente precisa fazer uma cobertura ou então aumentar o volume dele. Assim, eu acho que isso é uma dificuldade maior. Porque assim, o cliente não te dá espaço a gente tem que cativar o cliente, fazer um lobbiezinho de vez em quando. Eu acho que essa é a maior dificuldade que a gente tem aqui.
P – E, Flávio, você acha que trabalhar na companhia é um diferencial?
R – Com certeza. Isso conta bastante. Em qualquer lugar que você chega você fala assim: "Pô, trabalho na Ambev." "Pô, trabalha na Ambev? Você faz o quê?" "Eu sou vendedor de Skol." Então as pessoas já vêem diferente. É que nem chegar em uma festa tu não vê ninguém comentando assim: "Pô, vendi 50 quilos de prego aí." Tu só vê assim: "Pô, a Skol está vendendo muito. Pô, a Skol está boa. Pô, a Skol está..." Só se fala nisso, né? E ninguém fala em prego, ou vendi 5 quilos de carne. Ou outra coisa parecida. Então é um diferencial muito grande trabalhar aqui na Ambev.
P – E você acha que ela está sempre incentivando para que o funcionário cresça, tanto profissional como pessoal?
R – Com certeza. Isso aí a empresa chega junto mesmo, assim, já tive já algumas dificuldades aqui. O pessoal da área de gente me ajudou bastante. O meu supervisor também chegou junto comigo também. Foi muito bacana. O gerente também. Assim, eu vejo que se preocupa muito com o lado pessoal mesmo do vendedor. Então as vezes que eu precisei não tive com o que me decepcionar.
P – E como que você vê a companhia hoje com esse incentivo que ela teve, de iniciativa. De estar montando um acervo, de estar ouvindo os funcionários, de estar juntando um pouquinho da sua história?
R – Pô, isso é, eu acho que é bacana até porque assim, a minha história ela fica, e eu vou embora. A gente não sabe o que pode acontecer. Cada dia, como você disse, é um dia. E cada dia é diferente um do outro. E assim, são poucas pessoas que nós temos aqui. Que muitas já da antiga, já alguns foram se aposentaram, outros já se aposentaram e faleceram. Então não temos muitas histórias assim para ser contada. Então esse é um meio de estar perpetuando a história mesmo da companhia. E assim, de repente, as pessoas interessadas poderiam estar até tendo oportunidade de estar conhecendo essa história, assim, a satisfação que cada funcionário tinha na época que trabalhava.
P – Nós estamos indo para o final da nossa conversa. Tem alguma coisa que você acha interessante você estar falando, contando?
R – Contando a respeito de que? Da minha vida assim?
P – Aqui, da companhia. Alguma coisa que aconteceu que a gente acabou não falando?
R – Acho que a parte que aconteceu comigo mesmo, que ficou marcado minha foi essa história de, da onde eu ter vindo, entendeu? Do que eu fazia, que eram coisas que não têm nada a ver com a venda em si. Eu trabalhei como repositor de mercado, motorista de caminhão, entendeu? Montador de ponto azul. Não são profissões, assim, que a gente tem que desvalorizar. É muito valorizada, tá? Mas assim, é difícil tu ver uma pessoa que, acho que, vem de baixo assim e alcançar o que eu alcancei, assim. E eu tive a oportunidade aqui na companhia assim acredito que vou continuar tendo as oportunidades.
P – Essa sua trajetória até você realmente ser contratado, ter ficado aqui dentro, foram quantos anos isso?
R – Olha, foi bastante tempo. O ponto azul quando começou, acho que 2002, por aí. Não, perdão, 2002 não. Foi antes. Foi bem antes. Eu não me recordo bem, mas eu acredito que tem assim uns 6 anos, mais ou menos quando começou isso. Eu já estou em 3...
P – Quer dizer, você é perseverante, que é um pouco da cultura da companhia, né?
R – E, bastante. Eu esperei bastante mesmo. Tive que agüentar lá, esperando, mas eu consegui.
P – E, Flávio, você queria deixar um recado para os seus colegas, para a companhia, falar alguma coisa para eles?
R – Acabou a luz.
P – Opa. Flávio eu queria que você falasse um pouquinho do ponto azul. Como é que era esse projeto.
R – É, começou aqui no Rio de Janeiro, né? Era uma estante grande, de cinco prateleiras, que vinha a testeira, né? Da Pepsi. Aí no fundo vinha um luminoso, né, um pano azul até em cima, assim, como se fosse uma tela. Um relógio. E era chamado O Ponto Azul, que a gente direcionava ele sempre para os melhores lugares do ponto de venda. Ali a gente colocava todos os nossos refrigerantes de 2 litros de cima em baixo. Já arrumado já no layout já. Foi esse o projeto. Depois desse ainda veio o ponto verde. Aí no ponto verde eu participei pouco tempo e saí. Que eu fui para essa empresa terceirizada já, prestar serviço para a companhia.
P – E o ponto verde eram todos os...
R – O Ponto Verde era voltado para o Guaraná Antarctica. O Azul era da Pepsi, o Verde o Guaraná Antarctica.
P – Ah, tá.
R – Na estante verde.
P – E, Flávio, eu queria que você falasse um pouquinho assim, deixasse um recado para os seus colegas, para a companhia. Uma coisa...
R – É, falar para os companheiros que nunca desistam. Quem desiste é porque está fraco. Então vamos buscar nossa energia e nunca vamos desistir.
P – Você quer falar mais alguma coisa?
R – Eu posso mandar um beijo para a minha mãe, para o meu pai, para o meu tio e todo mundo? (risos)
P – (risos) Então nós te agradecemos por você ter vindo.
R – Obrigado.
P – Obrigada, viu.Recolher