A minha entrevista foi com o filho de nossos vizinhos, seu nome é Marcos, ele nasceu no hospital Vital Brasil, no bairro Novo horizonte, rua 74, bairro que morava, onde ainda residem seus pais, e, que é a mesma rua e bairro onde eu moro atualmente. Ele gostava de brincar de pega-pega, corrida de tampinha porque não tinha eletrônicos como celular e videogame. Marcos adorava praticar futsal, natação e judô.
Marcos era amigo do irmão do meu pai, Carlos Magno, antes dos meus avós irem morar no Pará.
Aos 19 anos se mudou para Estados Unidos, lá, ele sofreu bullying e racismo, mas um dia uma garota não fez isso com ele, ela se chamava Daniele que hoje é sua esposa, eles têm três filhas. Nos anos 2000 se mudou para Worcester, no estado de Massachussetts e está lá há 24 anos.
Eu escolhi entrevistar Marcos porque mesmo que ele tenha sofrido racismo e bullying, não se abateu, continuou a viver como ele queria. Ele disse que toda pessoa negra sofre racismo, preconceito e bullying, mas, só que no caso dele, o importante é como ele recebe essas atitudes, que muitas vezes não está na outra pessoa e sim, no próprio negro, porque ele nunca sentiu nos seus amigos, que eram em maioria brancos, que ele era menos ou pior do que eles, sempre sentiu no coração que eram todos iguais, então, para ele, a questão do racismo está muito ligada ao que a própria pessoa pensa a respeito dela mesma, porque se ele pensa que é igual a qualquer outra pessoa, independentemente da cor, raça ou classe social não vai se importar com o que as pessoas pensam sobre ela.
Ele disse que a melhor forma de encarar o preconceito ou racismo é sabermos os nossos próprios valores, quando sabemos que somos filhos de Deus, quando sabemos que temos a mesma capacidade que qualquer outra pessoa tem, independentemente de qualquer coisa, não ficamos nos importando com o que acham da gente. Mesmo que na época da juventude dele essas questões eram piores por...
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A minha entrevista foi com o filho de nossos vizinhos, seu nome é Marcos, ele nasceu no hospital Vital Brasil, no bairro Novo horizonte, rua 74, bairro que morava, onde ainda residem seus pais, e, que é a mesma rua e bairro onde eu moro atualmente. Ele gostava de brincar de pega-pega, corrida de tampinha porque não tinha eletrônicos como celular e videogame. Marcos adorava praticar futsal, natação e judô.
Marcos era amigo do irmão do meu pai, Carlos Magno, antes dos meus avós irem morar no Pará.
Aos 19 anos se mudou para Estados Unidos, lá, ele sofreu bullying e racismo, mas um dia uma garota não fez isso com ele, ela se chamava Daniele que hoje é sua esposa, eles têm três filhas. Nos anos 2000 se mudou para Worcester, no estado de Massachussetts e está lá há 24 anos.
Eu escolhi entrevistar Marcos porque mesmo que ele tenha sofrido racismo e bullying, não se abateu, continuou a viver como ele queria. Ele disse que toda pessoa negra sofre racismo, preconceito e bullying, mas, só que no caso dele, o importante é como ele recebe essas atitudes, que muitas vezes não está na outra pessoa e sim, no próprio negro, porque ele nunca sentiu nos seus amigos, que eram em maioria brancos, que ele era menos ou pior do que eles, sempre sentiu no coração que eram todos iguais, então, para ele, a questão do racismo está muito ligada ao que a própria pessoa pensa a respeito dela mesma, porque se ele pensa que é igual a qualquer outra pessoa, independentemente da cor, raça ou classe social não vai se importar com o que as pessoas pensam sobre ela.
Ele disse que a melhor forma de encarar o preconceito ou racismo é sabermos os nossos próprios valores, quando sabemos que somos filhos de Deus, quando sabemos que temos a mesma capacidade que qualquer outra pessoa tem, independentemente de qualquer coisa, não ficamos nos importando com o que acham da gente. Mesmo que na época da juventude dele essas questões eram piores por não terem leis como tem hoje, as pessoas chamavam de macaco, de preto, ele não se importava porque sabia que ele não era nada daquilo que o chamavam. Também achei ele corajoso por ter ido tão novo, com 19 anos, morar nos EUA e lá construiu sua família e vivem felizes lá, não deu desculpas por ser negro, para viver uma vida ruim, mas sim, vive uma vida boa a qual todos tem direito.
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