"A Barra era um lugarzinho onde vivianos todos felizes. Se amavam e se respeitavam uns aos outros". Conta D. Cecy. Ela conta que conheceu ainda na Barra, senhoras que se vestiam com saias nos pés, além da saia existia uma combinação. Anágua, blusa de manga três quartos. Perguntei sobre a prime...Continuar leitura
"A Barra era um lugarzinho onde vivianos todos felizes. Se amavam e se respeitavam uns aos outros". Conta D. Cecy. Ela conta que conheceu ainda na Barra, senhoras que se vestiam com saias nos pés, além da saia existia uma combinação. Anágua, blusa de manga três quartos. Perguntei sobre a primeira Igreja Católica da Barra, que provavelmente foi construída pelos portugueses na primeira vila da comunidade e foi "devorada" pelo mar. " A Igreja, eu não conheci,
mais lá no costão ouvi contar que quando o mar a derrubou, as pessoas, crianças e adultos, fizeram um tipo de mutirão e carregavam pedras para a construção da atual Igreja da Imaculada Conceição, terminada em 1929. Eu só alcancei a nova vila, onde tinha
uma rua de frente, existia um grande pé de tatagiba onde era
situada a nossa Escola Municipal Idial Manoel Rocha,
eu e muitas pessoas do meu tempo, aprenderam a assinar seus nomes, o que para mim é um orgulho. Naquele tempo nossos governantes não se preocupavam com nada, a minha mãe comprava papel de embrulho, cortava no meio, costurava para fazer o nosso caderno. Quantos e quantos dias eu e meus irmãos íamos para escola sem tomar café".Diz D. Cecy. A senhora Cecy Dantas do Nascimento relata sobre as histórias de seus avós
a respeito da caça das Baleias Jubartes. Os pescadores saiam do porto da Barra em uma lancha com os tripulantes. Tinha o mestre, um arpuador, um timoneiro e outros usavam faca, arpão, lança, fisga bicheiro e dois tambores. Quando voltavam pra casa, vinham tocando para anunciar que tinham apanhado baleias. Chegando no porto, todos os pescadores cortava a carne do animal e todo toucinho era derretido em um tacho grande. o óleo, exportado com os nomes: Santa Efigênia, São Benedito e outros. "Muitas pessoas moravam em barracas de taipa.
Existia a rua da palha. Rua da palha porquê? Porque lá as casinhas eram todas de palha. A rua do meio sempre existiu, assim como o tamarineiro. Alí onde está o bar rosa e verde, perto da sede da Filarmônica, era o mais antigo ribeirinho. Indo para o alto, tínhamos outro ribeiro de muito prestigio, pois, nós não tínhamos água encanada, nosso recurso era o ribeiro de onde não nos faltava água para cozinhar, tomar banho, lavar roupa, Rica piscina... a maior riqueza da Barra, que um desconhecido sem pensar destruiu". Relata D. Cecy. "Existia também a cacimba
de beber, situada na praia do Grauçá. apanhávamos água com latas de 20 litros na cabeça ou com rolos feitos com 4 ou 6 latas que eram puxadas para fora. mesmo com todo esse sacrifício transformávamos em uma só família onde todos se respeitavam, crianças eram obrigadas a respeitar seus pais, como todos os mais velhos, principalmente seus professores". Comenta.
Dona Cecy desabafa que senti saudades daquele tempo. tempo do
respeito. Comenta que se senti envergonhada com que um jovem pode dizer ao ser chamado a atenção. Que a palavra respeito, foi embora junto com a palavra Senhor e Senhora.Recolher