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Por: Museu da Pessoa, 5 de junho de 2017

Antes e depois da Fundação

Esta história contém:

Antes e depois da Fundação

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Desde pequeno, ali com os meus sei lá, 12 pra 13 anos, eu comecei a entender como que as coisas funcionavam, a minha ideia sempre foi de ter uma empresa. (...) Teve uma vez, eu tinha uns 12 pra 13 anos, e a gente vendia cartucho – minha madrasta fazia, e a gente vendia doce, meu tio começou a mexer com melancia. Aí, o meu tio sempre vinha da roça e deixava duas, três melancias lá na casa pra gente, eu falei: “Tio, como é que eu faço? Eu vendo as melancias pro sacolão, como é?”. “Não, nós entrega só quantidade grande.” “E o povo que vende? Como é que faz?” Aí acho que o meu tio percebeu: “Você quer vender?”. “Quero, quanto que é cada melancia?” “Vou vender por 50 centavos.” Aí ele deixou cinco ou seis melancias, eu comprei dele. Vendia cada melancia a um real, saía no carretãozinho, nas ruas perto e vendia as melancias. De dia, eu vendia cartucho; no final do dia, eu pegava o carretão, vendia as melancias. “Tio, quero dez melancias agora”, aí ele trouxe dez melancias, aí eu vendi, aí juntei com a grana que eu tinha e liguei para o meu tio: “Tio, pode trazer pra mim agora umas 30 melancias”, aí o meu tio: “Não, não posso levar melancia”. “Não, tio, eu vou comprar.” “Não posso vender, você só pode levar pouquinho, não posso levar muito, não”, aí acabou o meu negócio de melancia. Mas eu sempre tive a ideia assim, eu queria abrir uma empresa, não sabia de quê, mas eu queria vender alguma coisa, eu queria ter a minha empresa.

Quando a gente começou a vender cartucho, o meu pai sempre falava: “O homem tem que começar a trabalhar, o homem tem que aprender a trabalhar desde cedo”. E tinha uma loja aqui em Paracatu que vendia com 100 dias direto no cheque e meu pai levava a gente pra comprar a sua própria roupa, aí o que o meu pai fazia? Ele dava um cheque e falava: “Você tem 100...

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Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Alan Carlos Miranda Gonçalves

Entrevistado por Fernanda Prado e Marcelo da Luz

Paracatu, 05/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV05_Alan Carlos Miranda Gonçalves

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Queria agradecer por você ter aceitado o convite para essa entrevista.

R – Por nada. Eu fiquei feliz assim de saber que as pessoas lembram da gente.

P/1 – Que legal e aí, pra gente começar, pra valer, eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Alan Carlos Miranda Gonçalves, eu nasci aqui em Paracatu, no dia sete de maio de 1990.

P/1 – Tá certo, Alan, fala pra gente o nome dos seus pais.

R – José Afonso Gonçalves de Oliveira, meu pai e minha mãe, Iracema Tavares de Miranda.

P/1 – Fala pra gente um pouco da atividade deles, o quê que eles fazem, seus pais?

R – A minha mãe trabalha desde sempre para uma mesma família. Ela trabalha como doméstica na mesma família desde quando eu me entendo por gente, inclusive, é uma família que acompanhou o nosso crescimento e os filhos da patroa também acompanharam a gente, a gente acompanhou o crescimento deles. Eu não me lembro da minha mãe trabalhando em outro lugar, assim, até hoje. Meu pai trabalhava sempre na área de segurança, quando eu era mais novo, ele sempre trabalhou como vigia em alguns lugares e tudo, depois, ele entrou para uma empresa que chama DGE, que era prestadora de serviços do Grupo Rio Tinto, na época, que atualmente é a Kinross Paracatu e onde ele está já desde quando eu me entendo por gente. Acho que só de Kinross, meu pai tem uns 20 anos, sempre trabalhando nessa área de segurança e de segurança patrimonial e enfim, sempre trabalhou nessa área.

P/1 – E fala pra gente da origem da sua família, o que você sabe da família dos seus pais, de onde que elas vieram, se elas são daqui mesmo.

R – Todo mundo daqui, assim, a família inteira...

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Título: Antes e depois da Fundação

Data: 5 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Autor: Museu da Pessoa

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