Foi na minha adolescência que tudo começou. Cabelos ao vento, reunido com a turma, na praça do suburbano bairro de Irajá, no Rio. Milton Nascimento entrou em minha casa pelas mãos do meu pai. Funcionário da Abril Cultural, chegou ele com um exemplar da História da MPB. Um disquinho com, se nÃ...Continuar leitura
Foi na minha adolescência que tudo começou. Cabelos ao vento, reunido com a turma, na praça do suburbano bairro de Irajá, no Rio. Milton Nascimento entrou em minha casa pelas mãos do meu pai. Funcionário da Abril Cultural, chegou ele com um exemplar da História da MPB. Um disquinho com, se não me engano, quatro faixas de cada lado. "Brasil está vazio na tarde de domingo". Esta frase de PaÃs do Futebol me contaminou. Tiro certeiro. "Travessia", "Morro Velho"... Milton foi a porta de entrada. Mas o jeitão hippie de Beto Guedes foi que definitivamente selou esse caso de amor. "Amor de Índio" foi a trilha sonora de um amor adolescente que até hoje me contamina. Beto e os mineiros embalaram um louco amor de dois anos. Nos separamos e, hoje, 20 anos depois, já pais de filhos - eu de um e ela de dois - nos reencontramos e somos ainda mais apaixonados. No nosso CD player e no velho e bom toca-discos, a turma do edifÃcio Levy é presença obrigatória.
Obrigado Clube da Esquina por ter-me ajudado a ver o mundo de forma diferente. Obrigado por embalar meus sonhos. Por ser a trilha sonora do meu grande amor.Recolher