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Por: Museu da Pessoa,

Acordar para a vida

Esta história contém:

Acordar para a vida

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Adélia de Jesus Almeida, nasci em Boa Nova, Bahia, no dia oito de maio de 1960.

Ah, da minha infância eu tenho assim boas lembranças, não da cidade mesmo, que eu morava no sítio, mas eu tenho boas lembranças. Por mais de ser uma vida sacrificada, mas eu tenho muitas recordações que hoje eu falo: “Naquele tempo, a gente era feliz e não sabia.”

Olha, a gente trabalhava. Na verdade, a gente começou a trabalhar na roça antes dos oito anos. O meu pai era muito rígido com a gente. A gente trabalhava muito, mas a gente brincava. A gente brincava de roda, os finais de semana a gente ia pro rio tomar banho de cachoeira, pescar, fazer piquenique em cima dos lajedos. Então, era uma vida muito gostosa. Lá a gente pescava, a gente pegava os peixes, a gente fazia as comidinha, brincava de boneca em cima das pedras, fazia batizado das bonecas, fazia casamento. Assim, o dia a dia, meu pai viajava, aí deixava eu de castigo tomando conta dos trabalhador e eu ficava. Mas no final de semana a gente tinha a liberdade pra viver a vida da gente tranquila. Graças a Deus, eu não tenho o que reclamar da minha infância.

Morei na Bahia até 21 anos. Aí, com 21 anos eu me casei, aí... Vinte e dois anos, porque com 21 anos me casei, aí fiquei lá um ano. Aí, vim pra aqui pra São Paulo, fiquei um ano aqui. Aí, um ano e cinco meses, fui embora pra Bahia, fiquei mais dois anos lá, aí voltei pra aqui, aí não fui mais. Fiquei 17 anos sem ir lá passear. Com 17 anos aí eu fui passear. Aí, depois disso eu já fui duas, três vezes já. Porque ele [meu marido] foi criado aqui, ele veio pra aqui ele era pequeno, ele foi criado aqui. Aí, ele foi prá lá, a gente ficou noivo, casamos, só que ele não conseguia se adaptar lá. Aí, ele veio pra cá, aí eu o acompanhei.

Ah, eu achei muito diferente. A vida diferente assim, cheguei aqui, eu com a menina pequena, não tinha quem cuidasse pra mim trabalhar. Eu tô acostumada a trabalhar. Aí, pra mim já foi...

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Dados de acervo

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Minha Casa, Minha Cara, Minha Vida - Cabine São Bernardo do Campo

Depoimento de Adélia de Jesus Almeida

Entrevistada por Márcia Trezza e Cremildes da Silva

São Bernardo do Campo, 08/03/2014.

Realização Museu da Pessoa.

ASP_CB02_Adélia de Jesus Almeida

Transcrito por Iara Gobbo.

P/1 – Adélia, fala seu nome completo.

R – Adélia de Jesus Almeida.

P/1 – Você nasceu em que cidade?

R – Boa Nova, Bahia.

P/1 – Que data?

R – Dia oito de maio de 1960.

P/1 – E você tem que lembranças da sua infância, Adélia, nessa cidade?

R – Ah, da minha infância eu tenho assim, não da cidade mesmo, que eu morava no sítio, mas eu tenho boas lembranças. Por mais de ser uma vida sacrificada, mas eu tenho muitas recordações que hoje eu falo. Naquele tempo, a gente era feliz e não sabia. Que era feliz e não sabia.

P/1 – Como que era o seu dia a dia, assim?

R – Olha, a gente trabalhava. O meu pai era muito rígido com a gente. A gente trabalhava muito, mas a gente brincava. A gente brincava de roda, os finais de semana a gente ia pro rio tomar banho de cachoeira, pescar, fazer piquenique em cima dos lajedos. Então, era uma vida muito gostosa. Lá a gente pescava, a gente pegava os peixes, a gente fazia as comidinha, brincava de boneca em cima das pedra, fazia batizado das boneca, fazia casamento. Então era muito legal, tenho muitas boas lembranças. Assim, o dia a dia, meu pai saía pra... Viajava, aí deixava eu de castigo tomando conta dos trabalhador e eu ficava. Mas no final de semana a gente tinha a liberdade pra viver a vida da gente tranquila. Graças a Deus, eu não tenho o que reclamar da minha infância.

P/1 – Você criança já tomava conta?

R – Já, eu com dez anos... Na verdade a gente começou a trabalhar na roça antes dos oito anos, a gente começou a trabalhar. E com dez anos meu pai saía e eu ficava tomando conta dos peões na roça.

P/1 – E você morou na Bahia até que época?

R – Até 21 anos. Aí, com 21...

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Título: Acordar para a vida

Local de produção: São Bernardo Do Campo

Autor: Museu da Pessoa

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