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História
Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2020

A infância de um filho de ferroviário

Esta história contém:

A infância de um filho de ferroviário

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P/1 - Bom dia, senhor Carlos. Tudo bem?

R - Tudo bem.

P/1 - Vamos começar sua entrevista. A primeira pergunta é o seu nome completo, local e data de nascimento.

R - É Carlos Edegar Cândido Nunes, nascido em dezesseis de março de 1951 [em] Rosário do Sul.

P/1 - Qual o nome dos seus pais?

R - Adão Nunes e Ilma Cândido Nunes.

P/1 - Qual era a atividade dos seus pais?

R - Meu pai era ferroviário e a minha mãe era do lar.

P/1 - O senhor tem irmãos?

R - Tenho. Nós éramos seis irmãos, hoje estamos em dois, só.

P/1 - Quais os nomes deles?

R - Paulo Roberto, Luiz Alberto, Júlio César, Neusa Maria e Carmen Cecília.

P/1 - E onde o senhor se encaixava? Era o mais velho, mais novo?

R - Sou o primeiro, o mais velho.

P/1 - Gostaria que o senhor contasse um pouquinho sobre o cotidiano da sua família na sua infância. Como era o dia a dia de vocês?

R - A nossa história é a seguinte: meus pais moravam em Rosário. Minha mãe era de Livramento, meu pai era de Rosário. Vieram pra Cruz Alta pra trabalhar na viação férrea [e] de Cruz Alta mandaram pra Santo Ângelo - inclusive, eu nasci em Rosário do Sul e vim fazer um ano em Santo Ângelo.

Ficamos morando na beira dos trilhos; as casas dos ferroviários eram todas laterais aos trilhos. Os irmãos foram vindo, de acordo com o tempo; depois de mim, mais cinco irmãos.

Nossa vida era uma vida pacata, de gente pobre, ferroviários. Todos morando na beira dos trilhos, [em] casas pequenas. A diversão era jogar um futebolzinho, jogar bulheta, andar de bicicleta. Era essa a nossa convivência na beira dos trilhos.

P/1 - Seu pai trabalhava quantos dias por semana? Vocês tinham tempo pra passar com ele ou ele sempre estava trabalhando?

R - Às vezes tinha um tempo com o pai, porque ele viajava muito. O maior tempo era quando eles ficavam trabalhando na cidade e ficavam na manobra [dos trens], era a maioria do tempo que passavam com a família. ...

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Memórias da Linha Férrea de Santo ngelo

Depoimento de Carlos Edegar Cândido Nunes

Entrevistado por Genivaldo Cavalcanti Filho e Maurício Rodrigues

São Paulo/Santo ngelo, 25/09/2020

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV931

Transcrito e revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Bom dia, senhor Carlos. Tudo bem?

R - Tudo bem.

P/1 - Vamos começar sua entrevista. A primeira pergunta é o seu nome completo, local e data de nascimento.

R - É Carlos Edegar Cândido Nunes, nascido em dezesseis de março de 1951 [em] Rosário do Sul.

P/1 - Qual o nome dos seus pais?

R - Adão Nunes e Ilma Cândido Nunes.

P/1 - Qual era a atividade dos seus pais?

R - Meu pai era ferroviário e a minha mãe era do lar.

P/1 - O senhor tem irmãos?

R - Tenho. Nós éramos seis irmãos, hoje estamos em dois, só.

P/1 - Quais os nomes deles?

R - Paulo Roberto, Luiz Alberto, Júlio César, Neusa Maria e Carmen Cecília.

P/1 - E onde o senhor se encaixava? Era o mais velho, mais novo?

R - Sou o primeiro, o mais velho.

P/1 - Gostaria que o senhor contasse um pouquinho sobre o cotidiano da sua família na sua infância. Como era o dia a dia de vocês?

R - A nossa história é a seguinte: meus pais moravam em Rosário. Minha mãe era de Livramento, meu pai era de Rosário. Vieram pra Cruz Alta pra trabalhar na viação férrea [e] de Cruz Alta mandaram pra Santo ngelo - inclusive, eu nasci em Rosário do Sul e vim fazer um ano em Santo ngelo.

Ficamos morando na beira dos trilhos; as casas dos ferroviários eram todas laterais aos trilhos. Os irmãos foram vindo, de acordo com o tempo; depois de mim, mais cinco irmãos.

Nossa vida era uma vida pacata, de gente pobre, ferroviários. Todos morando na beira dos trilhos, [em] casas pequenas. A diversão era jogar um futebolzinho, jogar bulheta, andar de bicicleta. Era essa a nossa convivência na beira dos trilhos.

P/1 - Seu pai trabalhava quantos dias por semana? Vocês tinham tempo pra passar...

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