Aí comecei. Fiz uma base boa. Naquele tempo eu ajunatava. Só de vez comprei 40 sacos de cimento. Um caminhão de brita (...) Aí eu preparei o terreno. E naquele tempo, você convidava os vizinhos e fazia mutirão. “- Domingo é o meu mutirão!” Eu ia convocando. Reunia o povo ai na f...Continuar leitura
Aí comecei. Fiz uma base boa. Naquele tempo eu ajunatava. Só de vez comprei 40
sacos de cimento. Um caminhão de brita (...) Aí eu preparei o terreno. E naquele tempo, você convidava os vizinhos e fazia mutirão. “- Domingo é o meu mutirão!” Eu ia convocando. Reunia o povo ai na frente, 20, 30 homem. Minha esposa fazia feijoada. Aí a turma veio e metia a mão na massa. Pra fazer a base toda num dia todo. Era um trabalho danado aquilo lá. Aí fizemos a base. Aí eu fiz a base e resolvi fazer a casa em cima da base (...)
Fiz a casinha, coisa e tal. Fiz o térreo. Daí quando foi fazer a laje foi outro mutirão. Uns quinze homens. Uns passavam cimento, outros carregava. Então todas as 3 lajes foram de mutirão. E os outros faziam e a gente ia. Quando eu chegava nas construção dos outros eles diziam: “- Mas você não pode não”, porque eu era o mais velho, não precisava pegar no pesado. Mas ajudava, incentivava. Que aqui também era assim, todo mundo ajudava. A turma comprava e trazia
Sabe como era que eles comemoravam? Os ajudantes comemoravam o término do trabalho? Dando um banho de cimento no dono da casa (...) Pegava aquele caldo de cimento duro (...) Sim, e pra gente continuar a história, eu cheguei pra aqui, vim morar. E estava era muito bom, porque eu tinha que sair daqui no escuro, pisando na lama. Não tem muita luz. O aterro só vinha até a padaria.Recolher