A entrevistada de hoje e também homenageada para o projeto Museu da Pessoa do Colégio Católica é Indianara Cristina Gomes Souza Carvalho, conhecida como Indy pelos seus amigos próximos. Indianara é fisioterapeuta e trabalha como servidora pública em Ipatinga há quase 20 anos. É casada e mãe de um lindo rapaz. A família da Indianara é conhecida de longa data da minha família. Seu pai trabalhava na mesma empresa que meu avô materno e sua irmã estudou muitos anos com minha mãe durante o colégio.
Atualmente, minha mãe faz parte da mesma equipe de reabilitação que a Indianara, conhecendo de perto seu empenho no cuidado com os pacientes no setor de Fisioterapia. Indianara se destaca por ser extremamente técnica e eficiente, desempenhando seu trabalho com maestria e humanidade. Sua educação e o sorriso sempre estampado no rosto são sua marca registrada. Depois de conhecer um pouco sobre a Indianara, vamos agora saber sua opinião sobre o dia da Consciência Negra, racismo e igualdade racial:
1) O dia da Consciência Negra é sempre celebrado no dia 20 de novembro, mas este ano terá um grande diferencial, pois pela primeira vez na história do Brasil será feriado nacional. Qual a importância desta data para você?
Nos dias atuais é muito comum lidarmos com situações de racismo na nossa sociedade. A partir do momento que a data 20/11 torna-se feriado nacional, fica mais evidente a importância do combate ao racismo, de refletirmos sobre o período da escravidão, da falta de oportunidade que os negros ainda enfrentam no mercado de trabalho e da necessidade da valorização de uma raça que já foi tão desvalorizada.
2) Todos os dias, presenciamos no nosso cotidiano situações de preconceito racial e racismo, seja através das mídias sociais ou por relatos de pessoas próximas. Você já vivenciou alguma situação assim?
Tenho um relato que aconteceu comigo em 2005, durante meu trabalho. Ao entrar na sala de atendimento...
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A entrevistada de hoje e também homenageada para o projeto Museu da Pessoa do Colégio Católica é Indianara Cristina Gomes Souza Carvalho, conhecida como Indy pelos seus amigos próximos. Indianara é fisioterapeuta e trabalha como servidora pública em Ipatinga há quase 20 anos. É casada e mãe de um lindo rapaz. A família da Indianara é conhecida de longa data da minha família. Seu pai trabalhava na mesma empresa que meu avô materno e sua irmã estudou muitos anos com minha mãe durante o colégio.
Atualmente, minha mãe faz parte da mesma equipe de reabilitação que a Indianara, conhecendo de perto seu empenho no cuidado com os pacientes no setor de Fisioterapia. Indianara se destaca por ser extremamente técnica e eficiente, desempenhando seu trabalho com maestria e humanidade. Sua educação e o sorriso sempre estampado no rosto são sua marca registrada. Depois de conhecer um pouco sobre a Indianara, vamos agora saber sua opinião sobre o dia da Consciência Negra, racismo e igualdade racial:
1) O dia da Consciência Negra é sempre celebrado no dia 20 de novembro, mas este ano terá um grande diferencial, pois pela primeira vez na história do Brasil será feriado nacional. Qual a importância desta data para você?
Nos dias atuais é muito comum lidarmos com situações de racismo na nossa sociedade. A partir do momento que a data 20/11 torna-se feriado nacional, fica mais evidente a importância do combate ao racismo, de refletirmos sobre o período da escravidão, da falta de oportunidade que os negros ainda enfrentam no mercado de trabalho e da necessidade da valorização de uma raça que já foi tão desvalorizada.
2) Todos os dias, presenciamos no nosso cotidiano situações de preconceito racial e racismo, seja através das mídias sociais ou por relatos de pessoas próximas. Você já vivenciou alguma situação assim?
Tenho um relato que aconteceu comigo em 2005, durante meu trabalho. Ao entrar na sala de atendimento (consultório), me apresentei como fisioterapeuta para a pessoa que me aguardava e falei o meu nome. Ela
me observou por completo e em silêncio e depois falou:
“- Pensei que você fosse diferente, esperava uma profissional loira e de olhos azuis.”
Respondi que sim, eu era negra e uma fisioterapeuta pós-graduada; tão capaz como qualquer outro profissional da área.
3) Na sua opinião, como a escola pode contribuir para a construção de uma sociedade menos preconceituosa e sem discriminação racial?
A escola pode contribuir para a construção de uma sociedade menos preconceituosa incentivando a leitura de livros que possuam personagens negros, escritos por autores negros e promover o diálogo sobre racismo. Orientar sobre a importância de abolir as expressões racistas. Estimular sempre o respeito entre as pessoas; indiferente da raça, religião ou preferência política. Saliento que essas atividades podem ser realizadas até de forma lúdica para que tenha adesão de todas as crianças.
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