P/1 – Então, primeiro Karen, fala pra gente seu nome completo? Nome e sobrenome.
R – Karen Cristina da Silva Cruz.
P/1 – Agora a data, sua data de nascimento.
R – 13 de agosto de 1990.
P/1 – E o local de nascimento, onde você nasceu?
R – São Paulo.
P/1 – E o nome completo da sua mãe e do seu pai, você sabe?
R – Ai Jesus.
P/1 – Fala só, ou então pode ser só o primeiro nome.
R – Valdinei Lazinho da Silva Cruz e Edna Luzia Boldrin.
P/1 – Sabe inteiro então?
R – É.
P/1 – Seus pais são nascidos em São Paulo, também?
R – São. Os dois.
P/1 – E o que eles fazem de profissão? Com o que eles trabalham seu pai e sua mãe?
R – É, um trabalha.. é autônomo. E o outro... gosta de música, e o meu pai gosta de música, ele é músico e eu vou pro mesmo caminho que ele. E a minha mãe gosta de trabalhar autônoma.
P/1 – E teu pai ele é músico? Ele toca o quê?
R – Bateria. Aí ele me incentivou.
P/1 – Você toca bateria, também?
R – Teclado.
P/1 – E ele toca numa banda? Seu pai?
R – É, é o sonho dele.
P/1 – Conta um pouco como o seu pai e sua mãe são, assim, de jeito, como que é o jeito deles?
R – Quando está com raiva, bravo (risos). Quando está de bom humor, alegre.
P/1 – Você se dá bem com eles?
R – Dou. Apesar de todo mundo ter problemas, mas eu entrego tudo na mão de Deus, ai fica tudo certo (risos).
P/1 – E você tem irmãos, Karen?
R – Tenho.
P/1 – Qual que é o nome dos seus irmãos?
R – Eu não lembro.
P/1 – Não? É um irmão só?
R – É quatro.
P/1 – São quatro irmãos?
R – Isso.
P/1 – Conta pra gente, a casa onde você mora hoje, é a casa em que você nasceu? Em que você passou a infância?
R – Não.
P/1 – Não? Você se lembra da casa em que você passou a infância?
R – Lembro.
P/1 – Conta como é que era?
R – Tira a parte que eu falei de problema, que eu não gosto de falar de problema.
P/1 – Tá bom.
R – Você apaga?
P/1 – Tá bom. Não se preocupa, a gente não mostra não.
R – Tá bom.
P/1 – Conta um pouco então a casa então, que você passou a infância, você lembra?
R – No Jardim Mangaíba.
P/1 – E era casa, era apartamento? Como é que era?
R – Casa.
P/1 – E você lembra como é que era, assim? Como é que era? Conta um pouco.
R – Grande. E o portão era... o portão era dessa cor dessa, da mesma cor desse marrom. Era marrom e de ferro.
P/1 – Tinha quintal?
R – Tinha.
P/1 – Você gostava dessa casa?
R – Gostava.
P/1 – E até quantos anos você morou lá? Você lembra?
R – Eu falava que eu queria ser artista, a única coisa que eu falava era isso.
P/1 – Que você queria ser artista, quando crescesse?
R – É.
P/1 – E era música, já? Você já queria trabalhar com música?
R – Queria.
P/1 – E você tocava alguma coisa desde pequena, ou você aprendeu instrumento mais tarde?
R – Eu pegava o microfone e ficava cantando. Aí eu mudei, pedindo pra Deus, aí Deus graças a Deus ajudou.
P/1 – O que você ficava cantando? O que você gosta de música?
R – Desde pequenininha de rock, rock mesmo. Eu estou repetindo as palavras, porque é a primeira vez.
P/1 – É rock então, o que você mais gosta? Você tem uma banda favorita?
R – Gosto primeiro de Deus. Ai depois, do rock.
P/1 – E de grupo de Rock? Você tem um cantou ou uma banda favorita? Ou uma música?
R – É... eu não lembro.
P/1 – Não lembra agora?
R – Eu gosto de muitas, muitas.
P/1 – E além de brincar de cantar, do que mais você gostava de brincar quando era criança?
R – Dançar. Ballet.
P/1 – Você fazia ballet?
R – Fazia. Minha cunhada fazia ballet, aí ela me ensinou a fazer ballet.
P/1 – E tinhas outras brincadeiras, além do ballet?
R – Tinha.
P/1 – Que mais que você gostava de brincar?
R – Eu era alegre, que eu lembro eu era alegre. Era mais independente. Criança inteligente, sabe aquelas pessoas, sabe aquelas crianças ligeiras? Eu (risos).
P/1 – Você já ia na escola desde pequenininha, Karen?
R – Ia.
P/1 – Você lembra como é que era sua primeira escola?
R – Lembro.
P/1 – Como é que era?
R – Lontrinha.
P/1 – Chamava Lontrinha?
R – Chamava.
P/1 – E como é que era? Era uma escolinha pequena? Grande?
R – Grande. Acho que era grande.
P/1 – Você gostava?
R – Gostava.
P/1 – Tinha alguma professora preferida?
R – Eu sempre respeitei meu pai e minha mãe de pequena, até hoje.
P/1 – E professora? Você se lembra de alguma professora de quando você era pequena na escola?
R – Ah, eu não... ah mais deve ser bom, deveria ter sido bom. Com fé em Deus, dava tudo certo.
P/1 – Então, era a Lontrinha a primeira escola que você foi. E depois da Lontrinha, você se lembra onde você foi estudar?
R – Ah, vou ter que perguntar pra minha mãe pra te responder.
P/1 – É? Você tava comentando que foi pra Pestalozzi um tempo. Conta um pouquinho, pra gente, como é que era lá?
R – Eu sei que eu estudei na Lontrinha, depois, eu cresci depois, eu fui pra escola, em outra escola.
P/1 – E depois você foi pra Pestalozzi?
R – Fui.
P/1 – E como é que era na Pestalozzi? Conta um pouco pra gente, o que você fazia lá? Quais eram as atividades?
R – Ensina a trabalhar.
P/1 – E ensina a trabalhar com o quê? O que você aprendeu?
R – Pão. Ensina a trabalhar com pão.
P/1 – E aí o que fazia como pão?
R – Ah, ensinava tanta coisa que... ensinava bastante coisa legal.
P/1 – Você aprendeu a cozinhar lá?
R – Aprendi. Aprendi profissão. Porque eu falei: “É melhor eu fazer isso aqui agora que é pra não ter problema no futuro”. Daí eu ter uma profissão.
P/1 – E qual que era a profissão? Era de cozinheira? É isso?
R – Era. É na televisão. Aí ensinava como… colocar as pessoas na sociedade. Aí eu aproveitei.
P/1 – Você tinha várias aulas, lá?
R – Tinha.
P/1 – E aula de quê, assim?
R – Igual está aqui, agora.
P/1 – Igual no CIEJA?
R – Igual tá aqui. Sala de... como é que é o nome? Oficina.
P/1 – Você tinha oficina?
R – Tinha.
P/1 – E ai, aprendia a fazer o que, na oficina?
R – Um monte de coisa. Aquelas máquina que corta papel.
P/1 – E o que você mais gostava, lá na Pestalozzi?
R – Tudo.
P/1 – Não tinha uma coisa favorita? Uma aula favorita?
R – Não. Gostava de tudo.
P/1 – E, Karen, você falou um pouco das brincadeiras da infância. E brinquedo? Você tinha brinquedo quando você era criança?
R – Tinha. Boneca.
P/1 – E você gostava de brincar com boneca?
R – Gostava. Eu pedia pra Deus me ajudar e gostava de brincar.
P/1 – E com quem você brincava? Brincava com outras pessoas?
R – Brincava. Aí eu pedia pra Deus me dar o livramento.
P/1 – Você frequenta a igreja, desde pequena?
R – Frequento.
P/1 – E é perto da sua casa?
R – É.
P/1 – E que atividades que você faz lá na igreja, o que vocês fazem na igreja?
R – É... ensina a palavra de Deus e depois me dá conselho. Aí eu aceito. Entendeu?
P/1 – E você me contou que você toca teclado. Quando você começou a tocar teclado? Faz tempo, já?
R – Faz. Eu toco, eu acho que desde pequenininha. Eu não sei... Deus não dá um dom pra cada um? Aí Deus deu um dom pra mim de teclado. Entendeu?
P/1 – E onde que você toca? Você toca em casa, na igreja?
R – Na igreja não, porque tem teclado lá na igreja. Toco fora, mas se eu for convidada pra tocar na igreja, eu vou.
P/1 – E onde que você toca, então?
R – Na minha casa. Tocava. Fazia aula de canto. Essas coisas de... essas coisas de música.
P/1 – E que músicas você gosta de tocar?
R – Da Sandy. Não estou repetindo as palavras não?
P/1 – Não, não está repetindo não, está ótimo. Tem uma música favorita da Sandy? Você tem música favorita dela?
R – Tenho.
P/1 – Qual que é?
R – “Imortal”, mas eu não lembro pra cantar aqui agora, eu tenho que ensaiar primeiro.
P/1 – Não, não tem problema. Você ficou na Pestalozzi um ano, você me contou, e aí aprendeu a profissão lá. E depois, você mudou de escola foi pro CIEJA, foi isso?
R – Foi.
P/1 – E como é que é lá no CIEJA?
R – É legal. Eu procuro me espelhar na lição, que tudo que hoje a sociedade cobra hoje em dia, muito estudo. Quem não tem estudo não é nada, não sabe falar. Aproveito bastante.
P/1 – Você tem uma matéria, uma aula lá no CIEJA que você gosta mais?
R – Tenho.
P/1 – O que é que você mais gosta?
R – É... Geografia.
P/1 – Por que você gosta mais de Geografia?
R – Porque ensina a mexer com a... eu não lembro o que é que é, mas eu sei que é Geografia.
P/1 – E os professores lá? Você tem um professor preferido no CIEJA?
R – Não, todos. Todo mundo é igual, aí não tenho preferência por professor, não. A gente está lá pra aprender.
P/1 – E além das matérias, Karen, assim, tem Português, Geografia, Matemática, você faz outras atividades assim, além da escola?
R – Faço.
P/1 – O que mais você faz?
R – Eles ensina a cantar, extra classe, eles ensinam a cantar. E tem auditório, tem palco, aí eu gosto.
P/1 – Você já se apresentou lá, já?
R – Já. Não na televisão, mas eu já me apresentei lá.
P/1 – E como é que foi?
R – Legal.
P/1 – Era uma ocasião especial, assim? Final do ano? O que era a ocasião, quando você se apresentou?
R – Pra falar do desmatamento do mundo.
P/1 – Mas aí você cantou, também? Não?
R – Não.
P/1 – Era mais falar sobre o assunto?
R – Era. De cantar ainda estou correndo atrás.
P/1 – Quando você fez… lá na Pestalozzi, quando você aprendeu a profissão, você chegou a trabalhar um pouco?
R – Cheguei. Eu ia arrumar emprego na Record, mas como eu não posso trabalhar. Eu deixo tudo na mão de Deus.
P/1 –Mas lá na Pestalozzi sim, lá trabalhava?
R – Trabalhava.
P/1 – Lá trabalhava. E você gostava de lá?
R – Gostava. Era legal. Ah, até hoje em dia é legal, porque está lá ainda. Eu acho que as pessoas deviam ter mais consciência daquilo que quer pra vida.
P/1 – Tá bom. Eu vou te fazer duas perguntas que a gente faz sempre no final e queria saber se você quer falar alguma coisa que eu não tenha perguntado. Você quer contar alguma coisa pra gente, que eu não tenha perguntado?
R – Eu estudo na Promove, que ensina também uma profissão.
P/1 – Hoje em dia, você estuda na Promove?
R – Vou estudar. Vou me colocar lá.
P/1 – E que profissão você quer aprender lá?
R – Artesanato.
P/1 – Que coisas você quer fazer de artesanato, assim?
R – Ah...
P/1 – Você gosta de trabalho manual, assim?
R – Gosto.
P/1 – É? E do que você gosta?
R – Mexer com jardinagem. Não, mexer com artesanal é mexer com arte, mexer com a arte mesmo. Aí errei.
P/1 – Não, não errou, não. Tá certo. Tá certo. Você vai ficar no CIEJA e na Promove, ao mesmo tempo, é isso?
R – É. Aí vou mexer com artesanato e na Pestalozzi, eu fiquei lá um ano, eu trabalhava com abordar as pessoas.
P/1 – Como é que era? Conta um pouco? Como é que era abordar as pessoas?
R – Tá passando na rua, não na rua, na rua não vou abordar ninguém que é perigoso. Mas lá ensinava... mas lá ensinava... a profissão que eles ensinavam lá era como abordar as pessoas quando está nas câmeras.
P/1 – E ai como é que era? Como é que faz pra abordar?
R – Fica parado, aí sai correndo.
P/1 – Sai correndo?
R – É, sai correndo atrás das pessoas. Uma coisa assim.
P/1 – No CIEJA, você sabe em qual ciclo você está, agora?
R – No módulo três.
P/1 – No módulo três, falta pouco então.
R – Falta. Ah, mas eu não tenho pensamento negativo não, mas eu achei que eu não fui bem na escola. Como é que eu vou fazer, como é que eu vou ser uma coisa aqui fora, se nem na escola eu não consigo ir bem? Tem que ver onde eu errei pra acertar.
P/1 – Mas dá tempo ainda. Você está aprendendo ainda.
R – Dá.
P/1 – Dá tempo de melhorar. E agora, você mora aonde, Karen? Onde você está morando, hoje em dia?
R – No Jardim Brasil.
P/1 – E como é que é lá sua casa, hoje?
R – Grande.
P/1 – É grande também?
R – É.
P/1 – Mas é outra casa. Não é aquela casa que você morava quando era criança?
R – Não.
P/1 – E você gosta de lá?
R – Gosto. Quando eu era criança, eu tinha um monte de coisas que eu fazia naquela casa. Que as crianças gosta de fazer de hoje em dia, entendeu?
P/1 – O que você fazia?
R – Eu ficava cantando, brincando, falando que eu queria ser cantora e hoje graças a Deus (risos) estou aqui.
P/1 – E quais são seus sonhos, Karen? Com o que você sonha? Qual é seu sonho?
R – Ser cantora.
P/1 – Ser cantora?
R – É.
P/1 – Tá bom.
R – E... tocar, cantar. Tudo que um artista é, mas estudar também certo.
P/1 – Tá certo.
R – Entendeu?
P/1 – Entendi. Você quer acrescentar mais alguma coisa, antes da gente terminar? Tem mais alguma coisa que você gostaria de falar?
R – Você é alegre. Tudo de bom porque eu sei que Deus quer que a gente seja mais que vencedor na terra.
P/1 – Tá certo. E você gostou de dar entrevista aqui hoje? Como é que foi? O que você achou?
R – Gostei. Eu acho que a gente deve tomar cuidado com aquelas pessoas daí de fora que é invejosa. Que a inveja não vai levar o ser humano a lugar nenhum. É por isso que eu entrego tudo na mão de Deus.
P/1 – Tá certo.
R – Pra ter a consciência de que a gente não deve ficar perdendo, a gente deve pensar, pra falar da outra pessoa, pra depois não ter prejuízo, entendeu?
P/1 – Entendi.
R – E saber procurar, pedir pra Deus dar mais sabedoria pro ser humano. Não deixar que a inveja tomar conta, que isso não é bom. Vê como é que o mundo tá. A gente não pode mudar o mundo, mas deve procurar pedir pra Deus.
P/1 – Tá certo. Tá bom, Karen. Muito obrigada, viu?
R – Nada.
P/1 – A gente vai encerrar então, tudo bem? Obrigada.
FINAL DA ENTREVISTA
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