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Personagem: Brasílio Martins
Por: Museu da Pessoa, 31 de março de 2010

"Eu sei fazer isso aí também"

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"Eu sei fazer isso aí também"

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P/1 – E o seu nome completo?

R – Brasílio Martins.

P/1 – E onde o senhor nasceu?

R – Em Boa Esperança do Sul. É uma cidade vizinha de Araraquara, araraquarense.

P/1 – E seus pais eram de lá de Boa Esperança?

R – Posso contar um caso ‘pro cê’, assim? Eu ia contar. Meu pai, naquela época que a Itália mandava o pessoal pra vir pra trabalhar. Era navio. Levava quatro meses pra vir da Itália aqui. Hoje é, que nem se fossemos lá agora, por exemplo, daqui na Itália são dez horas. São dez mil quilômetros. Na Espanha. São mil quilômetros por hora. Então dez horas de viagem, certo? Naquele tempo eram quatro meses. Tinha gente que nascia no navio e não sabia se era italiano ou era brasileiro, né? Eu não. Ele contava o caso. E eu vou falar pra vocês. Ele se perdeu do pai dele no desembarcar do navio. Que era muita gente. Hoje você pega uma criança aí, dois, três anos e fala: esse aqui é seu pai e sua mãe. Isso, né, mais naquele ano, acho que foi mais ou menos de 1870 pra 1880, um menino vindo do exterior, da Itália, sem saber o idioma daqui nem nada, se vê sem o pai e sem a mãe! Quer dizer. Aí pegaram e o levaram pra esta fazenda. Uma fazenda em Boa Esperança do Sul, chama, não sei se ainda chama Santa Tereza. E lá ele foi crescendo. Acho que foi ficando na casa de umas pessoas morenas lá e foi crescendo. Aí passou a ser carroceiro.

P/1 – Mas este período de criança ele trabalhava na fazenda?

R – Não, ele foi menino pra lá. Que pegaram no navio perdido do pai e da mãe. Certo? Uma família de gente morena, não sei se tratou dele um pouco e depois ele começou a trabalhar. Tinha disposição e começou a trabalhar de carroceiro. Só que a idade dele, não sei, não sabemos. Mudar o nome, mudaram, devia ser Martino, puseram Martins aqui. Martins é nome espanhol. Ele passou a carroceiro e depois começou a alambicar pinga, e foi ser alambicador de pinga....

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