Museu da Pessoa e Kinross lançam exposição sobre os quilombolas de Paracatu

A exposição “Memórias das Comunidades Quilombolas de Paracatu” realizou 20 entrevistas com residentes de cinco comunidades da cidade e será inaugurada no dia 18 de novembro.

Com o intuito de retratar as histórias de vida de quilombolas de Paracatu, especificamente das comunidades de Amaros, Cercado, Machadinho, Pontal e São Domingo, o Museu da Pessoa desenvolveu o Projeto “Memórias das Comunidades Quilombolas de Paracatu”. A iniciativa conta com o patrocínio incentivado da Kinross, e é realizada com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Os resultados do trabalho, baseado nas metodologias de pesquisa do Museu da Pessoa, poderão ser conferidos a partir de hoje, 18 de novembro, às 14 horas, na FAOP Paracatu (Rua Temístocles Rocha, 125 – Paracatu (MG). Além do lançamento da exposição, o evento de lançamento contará com cerimonial, entrega de certificados e distribuição de livros do projeto.

A exposição física na FAOP fica em cartaz até o dia 19 de janeiro de 2023. A entrada é gratuita e horário de visitação é de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 18h. Nos finais de semana a FAOP só funciona com agendamento prévio.

As atividades do projeto envolveram uma formação das comunidades quilombolas de Paracatu voltada para a construção de um projeto de memória por meio do registro audiovisual de 20 histórias de vida de pessoas das suas próprias comunidades. Como resultado desse trabalho, foram editados 20 vídeos curtos dessas histórias, uma exposição e um livreto educativo destinado às escolas da região para que os educadores possam desenvolver atividades pedagógicas com seus alunos em sala de aula. Clique nos links a seguir e confira os vídeos com trechos das histórias de vida dos quilombolas de Paracatu:

Se preferir, acesse a playlist do Youtube com todos os vídeos clicando aqui.

“Paracatu é uma cidade conhecida pela sua agricultura, sua pecuária e a sua mineração, mas com uma característica rara e valiosa, ela possui comunidades de remanescentes de quilombolas que, em graus diferentes, mantêm laços de união, memórias e tradições. Buscamos realizar o registro dessas histórias de vida para que elas se tornem verdadeiros patrimônios da humanidade”, conta Eduardo Valente, gestor de relacionamento com parceiros do Museu da Pessoa. 

Para Ana Cunha, diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social, “O município de Paracatu tem uma cultura muito rica e, entre tantas peculiaridades, a história local é marcada, de forma especial, pela existência de comunidades quilombolas tradicionais. Os quilombos de Paracatu estão entre os mais importantes de Minas Gerais. É fundamental contribuir para resgatar essas memórias e disseminar as história e costumes dessas comunidades. Essa é a intenção desse projeto. A memória coletiva tem uma importante função de contribuir para o sentimento de pertinência desse grupo. Trata-se de memórias comuns, que garantem o sentimento de identidade de toda uma comunidade”. 

A produção desta exposição foi viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, no contexto do Plano Anual de Atividades do Museu da Pessoa (PRONAC 20.4741), por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, com patrocínio da Kinross, realização do Museu da Pessoa e apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu e da FAOP Paracatu.