Banco sonoro com acervo do Museu da Pessoa é instalado no Parque Ibirapuera no Dia Mundial do Meio Ambiente

    Neste sábado (5/jun), o Museu da Pessoa, a Tecer |Memórias e Legados|, o Atelier Hugo França e a Cordel Audio entregam um presente para os paulistanos em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. É o Banco Sonoro Raízes Negras, o mais novo mobiliário sonoro da capital paulista.

    Instalado no Parque Ibirapuera, em frente ao Museu Afro Brasil, a obra convida o público a se sentar em uma raiz de árvore, transformada em uma escultura/banco pelo artista Hugo França, e a ouvir histórias de representantes da cultura negra como Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil, Sueli Carneiro, escritora, filósofa e idealizadora do Geledés e Neon Cunha, ativista, questionadora da branquitude e cisgeneridade tóxicas. Rosane Borges, Dona Edite, Bel Santos Mayer, Hélio Menezes, Tião Carvalho e Geni Guimarães também estão na lista. Todos fazem parte da coleção Vidas Negras, do Museu da Pessoa. São nove histórias que também estão disponíveis no formato de
    podcast no Spotify.

    O material utilizado na obra é uma raiz de um eucalipto já tombada do próprio Parque Ibirapuera que, além da área verde, reúne alguns dos mais importantes museus brasileiros como o próprio Museu Afro Brasil, que agora abriga o banco sonoro em frente a sua fachada.

    Nas palavras de Karen Worcman, diretora e fundadora do Museu da Pessoa, “as vidas negras são patrimônio fundante do nosso país, verdadeiras raízes do Brasil. Escutar suas histórias é atuar para que este valor – histórico e humano –
    seja cada vez mais reconhecido”.

    As narrativas foram integradas à composição musical da Cordel Audio, e cada história, originalmente com mais de três horas de duração, foi cuidadosamente editada pelo Museu da Pessoa seguindo uma nova construção narrativa que explora a relação entre vida e morte, fé, saberes e fazeres, aprendizados, descobertas e transformações.

    O banco sonoro Raízes Negras faz parte de uma série de “totens urbanos” com o registro oral de histórias de vidas transformadoras dos brasileiros, como Raízes Indigenas e Raízes Femininas. Para Ana Maria Wilheim, responsável pela concepção e coordenação do projeto, tecer memórias e promover legados de grupos sociais de relevância para a história de nossa sociedade é fundamental para o conhecimento da história do Brasil.

    “Somos uma cultura predominantemente oral, e muitas vezes perdemos os fios das meadas dos fatos e transformações sociais que, se visíveis, nos ajudariam a entender melhor os fatos históricos”, conta Wilheim.

    Sobre proporcionar experiências em educação e cultura pela cidade, Ana reforça que é necessário criar espaços onde as pessoas estejam abertas para o sensorial e possam se surpreender com uma nova experiência.

    “Este projeto é de caráter sócio-educativo pela via da experiência cultural e ambiental. O uso de material orgânico da natureza, com tecnologia e histórias de vida narradas, proporciona uma experiência única e profunda. O conhecimento se faz a partir do sensorial, da curiosidade e da experimentação E é isto que propomos com este projeto”, conclui.

    Transformação da raiz em banco

    A raiz de eucalipto foi transformada no banco sonoro Raízes Negras pelo Ateliê do artista plástico Hugo França, designer que transforma resíduos florestais em esculturas mobiliárias que exaltam formas e texturas naturais das matérias-primas.

    “Este projeto tem um significado muito especial para mim, por prestar homenagem àqueles que formam as raízes mais fortes e importantes do nosso país”, diz França.

    Um QR Code foi instalado na placa que compõe o banco com créditos sobre o conteúdo sonoro. Desse modo, o público pode acessar mais informações sobre a própria peça e ouvir o conteúdo dos acervos do Museu da Pessoa e do
    Museu Afro Brasil.

    O mobiliário está sendo entregue ao Parque Ibirapuera e ao Museu Afro Brasil como um presente do Museu da Pessoa e da Tecer |Memórias e Legados| graças ao apoio do ex-vereador Daniel Annemberg (2017-2020) através de emenda parlamentar viabilizada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo. “Promover a história de nossa gente que faz este País ser tão diverso e bonito foi meu compromisso público como Vereador de São
    Paulo”
    , declara Annemberg.

    A partir de agora, a Urbia Parques, nova concessionária do Parque Ibirapuera, passa a tomar conta do novo patrimônio cultural do parque.

    O banco sonoro ficará por tempo indeterminado no Parque Ibirapuera, em frente ao Museu Afro Brasil.

    Ficha Técnica

    Banco Sonoro Raízes Negras 2021

    Ana Maria Wilheim
    Concepção e coordenação

    Atelier Hugo França
    Criação artística

    Cordel Áudio
    Produção musical e edição sonora

    Museu da Pessoa
    Acervo e edição de conteúdo

    Apoio
    Museu Afro Brasil
    Urbia/Parque Ibirapuera
    Cidade de São Paulo – Secretaria de Verde e Meio Ambiente
    Ex-vereador Daniel Annenberg (2017- 2020)

    Sobre o Museu da Pessoa

    O Museu da Pessoa (www.museudapessoa.org) é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades.

    Contato

    Equipe de Comunicação do Museu da Pessoa
    guilherme.mariano@museudapessoa.org
    anna.bernardes@museudapessoa.org

    Equipe de comunicação da Tecer |Memórias e Legados|
    anakajiki@gmail.com

    Equipe de comunicação da Urbia
    imprensa@urbiaparques.com.br

    Equipe de comunicação do Museu Afro Brasil
    sandra.salles@museuafrobrasil.org.br

    Equipe de comunicação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura
    de São Paulo

    svma_imprensa@prefeitura.sp.gov.br