Ano: 2007
Baixe a publicação – (PDF) 3MB Baixe o encarte – (PDF) 441 KBEsta publicação teve como objetivo registrar e divulgar nacionalmente a história de um saber e de um fazer inventado em terras brasileiras: o cultivo e o beneficiamento do guaraná. Escolhemos a cidade de Maués, comunidade da Amazônia brasileira, porque ela é síntese dessa cultura. Lá podemos encontrar o uso de técnicas tradicionais de produção, herança dos pioneiros indígenas sateré-mawé, convivendo com alguns dos mais sofisticados métodos de cultivo.
O Guaraná de Maués faz parte do Projeto Memória dos Brasileiros, desenvolvido pelo Museu da Pessoa com o objetivo de promover uma nova reflexão sobre a história do nosso país. Faz parte do compromisso que essa organização, com mais de 15 anos de existência, tem com a sociedade brasileira.
Ao longo de sua trajetória, o Museu da Pessoa registrou, preservou e transformou em informação a história de vida de milhares de brasileiros. O Projeto Memória dos Brasileiros promove um recorte temático em seu amplo acervo e contempla quatro linhas: “O Brasil Que Muda”, com narrativas de empreendedores sociais e lideranças comunitárias; “O Brasil Que Precisa Mudar”, que apresenta histórias de pessoas permeadas pelos conflitos sociais do país; “O Brasil Urbano”, que evidencia o crescimento e as modificações nas cidades e nas relações de trabalho; e “Saberes e Fazeres”, que reconhece o valor da tradição oral e busca preservar o conhecimento presente nas mais diferentes culturas brasileiras.
É dentro desta última categoria que se enquadra este livro. Os 23 personagens, cujas narrativas contam esta história, são homens e mulheres que vivem ou se relacionam com a cultura do guaraná em suas mais diversas manifestações: do cultivo tradicional ao processo de clonagem; dos relatos da antiga Maués misturados ao imaginário de uma cidade moderna; das lendas aos usos do produto como bebida, remédio e artesanato.
Durante o projeto, foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica. No entanto, foi a coleta dos depoimentos realizada em Maués e em São Paulo– cerca de 40 horas de gravação – que garantiu a multiplicidade de vozes sobre esse tema que agora entregamos aos leitores.
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